A crise derrubou no último ano o aluguel de imóveis comerciais e o preço
de compra e venda na cidade de São Paulo. Apesar da queda, a quantidade de
lojas e escritórios vazios continua em níveis recordes. Esse quadro é visível
para quem percorre as principais vias de comércio da capital paulista e se
depara com inúmeras placas de aluga-se ou vende-se
Um indicador inédito, apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe) em parceria com a Zap, mostra que, em 12 meses até maio, o
valor pedido pelo metro quadrado do aluguel de salas comerciais caiu 9,1%. Se for considerada a inflação do período,
a queda no aluguel passa de 19% e para venda, vai a 12,5%.
“Com dois anos seguidos de queda do PIB, é natural que as empresas fechem
as portas e que haja um excesso de oferta de imóveis para locação e venda”, diz
o coordenador da pesquisa, Eduardo Zylberstajn.
Mesmo com esse recuo de preços, a quantidade de imóveis comerciais vagos
se mantém em níveis elevados e aparece nos índices de vacância. No primeiro
trimestre deste ano, 25,9% dos escritórios de alto padrão destinados a locação
estavam vagos na cidade de São Paulo, segundo a Cushman & Wakefield,
empresa especializada em administração desses imóveis.
“Esse indicador é um dos mais elevados dos últimos dez anos”, afirma André
Germanos, executivo associado de mercado de capitais da Cushman. Apesar da
menor oferta de novos escritórios, ele não acredita em recuos significativos
nos índices de vacância de escritórios neste ano e no próximo.
O quadro é semelhante no caso das lojas de rua. Marcos Hirai,
sócio-diretor da GS&BGH, calcula que entre 13% e 15% das lojas estejam
vagas. “Esse índice é gritante. De um ano para cá, o quadro piorou e se
estendeu para outros setores.”
Um ano depois de ter percorrido os principais corredores comerciais de São
Paulo, o Estado voltou na semana passada aos seis imóveis vagos visitados na
época. Apenas dois estão alugados e por um preço menor do que o pedido
inicialmente.
Há três anos esperando comprador
O imóvel que fica na altura do número 3.000 da Avenida Rebouças, um dos
principais corredores comerciais de São Paulo, continua vazio. Faz quase três
anos que a loja com cerca de 3 mil metros quadrados, onde funcionava uma
revenda de carros da Citroën, está à espera de uma proposta de compra. Os
sinais do tempo de encalhe são evidentes: mais pichações no tapume que cerca o
imóvel.
Um ano atrás, o preço pedido pelo Grupo SHC, do empresário Sergio Habib,
dono do imóvel, era R$ 25 milhões, conforme informações fornecidas grupo ao
Estado na época. Agora o SHC informa que o preço é R$ 24 milhões.
A empresa não dá detalhes se tem alguma proposta para compra do imóvel e
se está mais flexível nas negociações. Mas, levando-se em conta o longo período
que a loja está desocupada e a fraqueza do mercado imobiliário, especialistas
do setor supõem que existe espaço para negociar.
O tombo nas vendas de veículos no mercado brasileiro, um dos primeiros
setores a sentir a crise que agora atinge outros segmentos, foi o principal
fator que levou o grupo a encerrar a atividade da loja. Na época, Eduardo
Cambraia, diretor de expansão do grupo, afirmou que a operação nesse endereço
não valia a pena porque os custos ficaram elevados.
No mês passado, por exemplo, o número de carros zero-quilômetro comercializados
estava 21,2% abaixo do mesmo período do ano passado, apontam dados da
Fenabrave.
Mesmo com preço menor, negócio não
saiu
Apesar de ter reduzido em cerca de um terço o preço do aluguel, o imóvel
localizado na altura do número 2.700 da Avenida Rebouças, um dos principais
corredores comerciais da capital paulista, continua vazio.
Um ano atrás, quando a reportagem esteve no imóvel de 320 metros quadrados
(m²) erguido num terreno de 360 m², o preço pedido para venda era R$ 3 milhões.
Para locação, R$ 15 mil mensais. Segundo o corretor da Camargo Prime Wagner
Ponciano, responsável pelo imóvel, o aluguel baixou para R$ 10 mil, mas o valor
pedido para venda foi mantido.
“Tivemos algumas propostas para locação, mas o dono do imóvel não aceitou
porque faltava documentação”, conta o corretor. Ele explica que a maior
dificuldade na locação é a apresentação do documento do seguro-fiança, no qual
o inquilino deve depositar o equivalente a um mês e meio do valor do aluguel
para obter sinal verde para fechar contrato. “Isso ninguém quer pagar.”
Com um mercado imobiliário com muitas ofertas, esse imóvel da Rebouças
está vago há quase dois anos. O último inquilino foi uma empresa especializada
em molduras, que ainda exibe o seu letreiro na fachada do imóvel. Um ano atrás,
o antigo locatário optou por outro imóvel com aluguel mais barato.
Diante da dificuldade de fechar um novo contrato de aluguel, o corretor
diz que há disposição para reduzir ainda mais o valor. “O preço pedido é R$ 10
mil, mas estuda-se proposta de R$ 8,5 mil”, afirma o corretor. Ele acredita que
até julho consiga fechar negócio.
(Estadão - Economia - Notícias - Geral - 05/06/2016)
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vamos baixar o preço q o mercado vai voltar...
ResponderExcluirtanto aluguel quanto venda de imovel subiu absurdamente
se antes aluguel era 4k comercial hj está 15k
se antes imovel era 150k hj está 450k.
Como estamos no brasil, dificil algo que subiu tanto cair...pq sempre tem algum doido q paga.
So que doidos estao escassos tambem,otarios endividados e sem emprego de qualidade.
ExcluirTrabalho no brasil sera tico-tico no fubá....uma hora aqui, outra hora la....so no sapatinho gastando sola, se quiser comer...QUEM PUDER E SER JOVEM, RECOMENDO SE MANDAR DAQUI RUMO, PARAGUAY,COLOMBIA.CANADA...ESSES PAISES TEM EMPREGOS DE QUALIDADE E FUTURO COM CERTEZA ABSOLUTA, POIS CONHEÇO.