Em 2014, vieram à tona problemas econômicos que afetaram milhares de pessoas. Nos últimos dois anos, teve a história reduzida à recuperação judicial, com dívidas próximas a R$ 1 bilhão, 93 obras inacabadas e 8,8 mil consumidores lesados em 19 cidades dos dois Estados. Além disso, o fundador e dono da companhia foi preso e afastado do comando
A cada metro quadrado construído, a Criciúma Construções erguia um
patrimônio aparentemente inabalável. Com menos de 20 anos de atividades, partiu
da ambição de um corretor imobiliário para alcançar a liderança entre as
empresas de construção civil do sul do Brasil. Espalhava obras por Santa
Catarina e, mais tarde, se expandiu para o Rio Grande do Sul. Com preços mais
baixos do que os tradicionalmente praticados no mercado, atraía clientes
interessados em comprar a casa própria com a chancela de uma marca consolidada.
Os tempos de bonança, porém, acabaram.
Em 2014, vieram à tona problemas econômicos que afetaram milhares de
pessoas. Nos últimos dois anos, teve a história reduzida à recuperação
judicial, com dívidas próximas a R$ 1 bilhão, 93 obras inacabadas e 8,8 mil
consumidores lesados em 19 cidades dos dois Estados. Além disso, o fundador e
dono da companhia foi preso e afastado do comando.
Rogério Cizeski, 53 anos, criou a construtora no começo da década de 1990.
Apostou em venda de lotes e imóveis de baixo valor. Expandiu-se rapidamente com
foco em financiamentos próprios até 2010, quando a empresa fortaleceu as vendas
com ajuda dos parcelamentos bancários. Investiu forte em divulgação, fez
publicidade até mesmo fora do país. Chegou ao topo e lá se manteve por sete
anos consecutivos, quando a empresa foi considerada a maior construtora do sul
do Brasil em metros quadrados pelo ranking da ITC.
Calote, fraude e lavagem de dinheiro
Mesmo com 400 imóveis vendidos por mês e uma marca reconhecida, a
construtora confirmou os rumores que circulavam de que os negócios não iam bem
e foi ao fundo do poço. Em fevereiro de 2015, decretou recuperação judicial e
demitiu 400 trabalhadores. Rogério foi impedido pela Justiça de trabalhar na
empresa, dois meses depois, poucos dias após ser levado para o Presídio de
Santa Augusta, em Criciúma, onde ficou por 70 dias em uma operação do
Ministério Público que apurou crimes como lavagem de dinheiro.
O empresário creditou o malogro nos negócios a dois motivos: crise
econômica e inadimplência. Fontes ouvidas pelo DC, porém, apontam outros
problemas, como a venda de imóveis abaixo do valor praticado no mercado, falta
de controle contábil e o uso de dinheiro destinado a uma obra para pagar
outras.
Além do impacto econômico, o fracasso da Criciúma Construções aumentou o
desemprego no setor. Para piorar, as demissões ocorreram da pior forma.
– A empresa não pagou salários, aviso prévio, multa, FGTS e
férias. Estimamos o valor em torno de R$ 8,5 milhões. Foi muito abrupto,
ninguém estava esperando – afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Ceramistas, do Fibrocimento e da Construção Civil, Itaci de Sá.
A entidade espera receber ao menos uma parte para pagar os profissionais.
Segundo ele, após as demissões, empresas do setor ajudaram os trabalhadores
ofertando empregos. Mas alguns precisaram ajuda do próprio sindicato com cestas
básicas.
– A gente sabia que a empresa estava com dificuldades muito sérias, mas
não tinha atrasado nada – relembra Itaci.
Os rompimentos de contratos, porém, contrastam com momentos de destaque da
construtora. Antes da quebradeira, a empresa fazia eventos anuais para premiar
os funcionários que se destacavam. Em um deles, os melhores profissionais em
vendas recebiam motocicletas.
(Diário Catarinense - Notícias - 17/08/2016)
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Olha a história semelhante à do Corvo safado que contei que queria comprar até avião e alguns diziam ser mentira.
ResponderExcluirA audácia, avareza, ganância não tem limites para essa classe.
kkkkkk é q pra mim comprar avião é um desperdício tão boçal q duvidei mesmo... Mas é, parece q subestimei os 666 kkkk
ExcluirTriste sina...sem imovel, sem empregos, sem rumo...A matematica e ciencia exata,nao admite erros.
ResponderExcluirBrazuka quer as coisas na base de credito fiado,nao poupa,nao pensa no amanha, e malandro e gosta de levar vantagem em tudo....agora chupaaaaaaaaaaaaa....pois a cana e doce...issspertosss....
Outra matéria em que o título é melhor do que o conteúdo. Desde quando uma construtora/corretora entra em falência devido à inadimplência. Tá nessa situação porque venderam imovéis com m2 mais caro do que nos EUA, enganaram milhares de pessoas que não tem o mínimo de conhecimento financeiro (não tenho dó, bem feito) e acharam que a farra era eterna (30% de valorização ao ano de tijolo). Agora estão pagando a conta.
ResponderExcluirO Dono mesmo não tá pagando a conta. Deve ter muito dinheiro guardado na suiça etc.
Passa um tempo abre outro negócio com outro nome e começa tudo de novo.
Não temam, Temer tem à solução!😂😂😂
ResponderExcluirkkkk solução de Temer e seus aliados provavelmente será, considerando a ceguez da doutrinação ideológica neoliberal, privatizar os pombais kkkkkk ou então quem sabe terceirzam os corretores kkkk anotem aí, em 2018 ainda estaremos em crise, com deficit fiscal e ainda não teremos um centavo da exploração do pré-sal.
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