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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Valor: Distratos seguem como principal problema do setor

"A extensão do tamanho dos distratos demorou a ser reconhecida pela indústria" [...] No trimestre, o setor teve prejuízo líquido de R$ 1,172 bilhão, mais de quatro vezes superior à perda de 278,3 milhões de um ano antes. A receita líquida caiu 28%, para R$ 4,572 bilhões, impactada pelo encolhimento de 24% das vendas líquidas, para R$ 2,77 bilhões 

Os resultados do segundo trimestre apresentados pelas incorporadoras de capital aberto confirmaram que os distratos são, sem sombra de dúvida, o maior problema do setor. As rescisões prejudicaram as vendas líquidas, a receita, a margem bruta e, consequentemente, a última linha dos balanços da maioria das empresas. O impacto foi sentido, principalmente, pelas incorporadoras focadas nas rendas média e alta, que tiveram desempenho pior do que os esperados pelo mercado, conforme analistas.

"A extensão do tamanho dos distratos demorou a ser reconhecida pela indústria", afirma o presidente da Rodobens Negócios Imobiliários (RNI), Mauro Pereira Bueno Meinberg. Não há um valor consolidado, pois nem todas as empresas revelam o montante pago referente a distratos.

No trimestre, o setor teve prejuízo líquido de R$ 1,172 bilhão, mais de quatro vezes superior à perda de 278,3 milhões de um ano antes. A receita líquida caiu 28%, para R$ 4,572 bilhões, impactada pelo encolhimento de 24% das vendas líquidas, para R$ 2,77 bilhões. As incorporadoras lançaram R$ 2,94 bilhões, o que representa queda de 5%.

No semestre, o setor lançou R$ 5,048 bilhão, valor estável ante os seis primeiros meses de 2015, e vendeu R$ 5,393 bilhões, com retração de 24%.

Cenário
Há expectativa que os distratos comecem a diminuir a partir do fim do ano ou em 2017. De acordo com o presidente da Rodobens, o desempenho da incorporadora ainda será pressionado por distratos no segundo semestre, devido ao volume de entregas previsto. A companhia tem feito trabalho de gestão ativa de sua carteira de clientes para mapear potenciais distratos em decorrência de inadimplência, de desenquadramento da renda do comprador às condições de financiamento bancário e de perda futura de capacidade de crédito.

Além de acelerar os distratos que já iriam ocorrer, para revender as unidades, a Rodobens busca encontrar maneiras para que o cliente possa ser financiado pelos bancos, por exemplo, antecipando parte do pagamento para antes das chaves ou sugerindo a troca do imóvel por unidade mais barata. "Os agentes financeiros estão se preparando para maior produção de crédito imobiliário no segundo semestre", acrescenta Meinberg.

A Cyrela divulgou que espera o início da redução das rescisões no primeiro semestre de 2017. Os cancelamentos de vendas têm impactado, fortemente, a geração de caixa da companhia. A Cyrela consumiu caixa de R$ 29 milhões, no trimestre, e de R$ 42 milhões no primeiro semestre. Na avaliação do diretor financeiro e de relações com investidores da Cyrela, Eric Alencar, a dinâmica dos distratos, no segundo semestre, tende a ser semelhante à da primeira metade do ano, pois ainda há entregas no Norte e no Nordeste.

No trimestre, os distratos da Cyrela se concentraram em produtos com margem bruta elevada. Alencar ressalta que é preciso haver taxas de juros menores para que as rescisões caiam.

A Even Construtora e Incorporadora também registrou, no trimestre, impacto em suas margens da concentração de distratos em unidades de projetos antigos. "Ainda vão ocorrer distratos, mas serão decrescentes", diz o co-presidente da Even Dany Muszkat. A melhora será sentida "em algum momento de 2017", segundo o executivo.

Na Rossi Residencial, houve aumento de 51% nas recisões, levando a um consumo de caixa de R$ 112,7 milhões

Muszkat afirma que a propensão de distratos é "muito menor" nas vendas realizadas nos últimos 18 meses, e que as próximas entregas se concentram em produtos focados no consumidor final. A redução do volume de entregas nos próximos dois anos contribuirá para a tendência de queda dos distratos. As vendas brutas da Even cresceram mais de 15% no semestre. "Os clientes estão comprando imóveis", diz.

A EZTec registrou queda da margem bruta de 50,3%, no segundo trimestre de 2015, para 43,4%, devido aos distratos. A maior concentração de entregas ocorreu do último trimestre do ano passado para o segundo deste ano. "Daqui para frente, o volume de entregas será bem menor. Esperamos diminuição nominal dos distratos", diz o diretor financeiro e de RI, Emilio Fugazza, ponderando que ainda haverá três trimestres de resultado operacional pressionado pelas rescisões.

A divisão Gafisa, da companhia de mesmo nome, teve margem bruta de 12,3%, muito inferior aos 25,9% do segundo trimestre de 2015, como reflexo, principalmente, de distratos de projetos comerciais e de diferenças de preços na revenda de unidades.

Os distratos da Helbor também têm crescido. Sem considerar o pagamento de dividendos, a Helbor consumiu caixa de R$ 90,4 milhões no trimestre, em decorrência dos cancelamentos de vendas, de liberações de crédito para concluir das obras e de desembolsos para pagar terrenos.

A Rossi Residencial registrou vendas líquidas 94,1% menores, diante de aumento de 51,6% nos distratos e queda de 52,1% nas vendas brutas no trimestre. No período, consumiu caixa de R$ 112,7 milhões.

A Rossi espera retomar a geração de caixa nos próximos trimestres, de acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores, Fernando Miziara de Mattos Cunha.

Na Tecnisa, a combinação de distratos, queda nas vendas brutas e falta de lançamentos levou ao prejuízo de R$ 92 milhões de abril a junho. Os distratos tiveram impacto relevante, apesar da queda de 12,6%, para R$ 153 milhões. Conforme o diretor financeiro e de relações com investidores da Tecnisa, Vasco Barcellos, sem lançamentos, a empresa fica mais vulnerável às rescisões. "Desde 2013, distratamos mais de 7 mil unidades, o que equivale a quase metade das vendas do período", disse o presidente da Tecnisa, Meyer Nigri.

A MRV Engenharia - que tornou-se a maior incorporadora do país no ano passado, superando a tradicional líder Cyrela - registrou queda de 27,1% nos distratos do trimestre e, com isso, elevou vendas líquidas, apesar da redução das vendas brutas. Mesmo assim, sua receita líquida caiu 16,1%, para R$ 1,097 bilhão, devido ao menor volume de unidades em produção. A MRV gerou caixa de R$ 144 milhões, no trimestre, chegando ao recorde de R$ 324 milhões no primeiro semestre. De acordo com o co-presidente da companhia, Rafael Menin, há tendência de manter os níveis de geração de caixa dos últimos trimestres.

(Valor online - Empresas - 18/08/2016)

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15 comentários:

  1. Mais uma matéria falaciosa, poucos perceberão. Não! O problema do setor não é o número de distratos. Isso é uma consequência do problema, é um sintoma. O problema real é a inadequação dos preços ao mercado consumidor, gerando gerando uma superoferta pra imóveis com preço de 250mil ou mais. Justamente pelas construtoras terem esse pensamento q elas não saem do vermelho, não há saída, quando se tem desequilíbrio de oferta com a demanda, o preço deve cair.

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    1. Verdade!! Comeram demais e agora está dando dor de barriga!! O remédio é para de comer muito!

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    2. Concordo..que e uma consequencia da ganancia das destrutoras e "analfabetismo do povao" eleitolo, que nao sabe matematica e pensa que credito e poder de compra.

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  2. Tirem a TR do financiamento que eu faço um de 500k agora...
    Se não tirarem, não faço nem de 50, certeza que lá na frente não aguento pagar...kkkkkkkkkkkkk
    País da inflação e juros altos.

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    1. TR era inofensiva no plano real, agora é um leão com a inflação, tá inchando a dívida.

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  3. Quem precisa de corretor?
    Quem precisa de imobiliária?
    Esses passa fome arrogantes enganou o povo brasileiro com suas mentiras.
    Agora chegou a hora dos corvos, filhos de Satã, virar concreto para poder comer um mingau de couve.

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  4. Quem precisa de corretor?
    Quem precisa de imobiliária?
    Esses passa fome arrogantes enganou o povo brasileiro com suas mentiras.
    Agora chegou a hora dos corvos, filhos de Satã, virar concreto para poder comer um mingau de couve.

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  5. Isso mesmo ! Comeram bastante brigadeiro, beijinho, feijoada, carne com mandioca, pizza e agora estão reclamando do colesterol? Bem feito ! Quero que esse povo se exploda! Nunca tiveram piedade de ninguém. Tomara que todos ( corvos, construtores, especuladores ...) se infartam e morram.

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  6. Eu tenho um amigo Corvo, coitado, ele me reclama que não está vendendo absolutamente nada.
    Disse que há dois anos, pensava até em comprar um avião.
    Esnobava os amigos e parentes... com seus carrões e mulheres lindas.
    Agora, coitado, anda de Fiat Uno rsrs me pediu dinheiro emprestado kkkkk e eu não deixei escapar e imendei: mas imóveis dá tanto dinheiro?
    Ele respondeu quase chorando: o povo está acordando e descobriram que um apartamento de 40m não pode custar mais que 25.000.
    O povo brasileiro comprava tudo, até prédio trincado, agora o dinheiro sumiu.
    Fiquei com tanta dó do corvo.
    QUEM PLANTA COLHE VIU GUILHERME!
    PLANTA MENTIRA, COLHE MISÉRIA.

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    1. kkkk Achei sua história um pouco exagerada, mas tb vejo gente assim.
      Aqui onde moro, uma vizinha, q era dona de casa (por opção, ela tinha diploma de engenharia elétrica) começou a fazer "bicos" com corretagem. Isso foi na época q corretor de imóveis era carreira de sucesso (kkkkk). Ela vendia praticamente todas as casas do condomínio e tb dos condomínios ao redor, fazendo mt grana com isso. Tratou logo de comprar uma sportage zerinho, só pra tirar onda com os vizinhos (eles tinham dois carros kkkkk). Tiravam onda com meus filhos (só pq não tinham um videogame da moda), jogavam na cara viagens pra Disney (mesmo q falar o inglês q é bom não falavam), queriam aparecera qualquer custo, então adoravam gastar com coisas superficiais.
      A família esnobe-gastona hj, vive um pesadelo: o marido era engenheiro civil e perdeu o emprego, a esposa não vende mais nada (tb né, por 300m2 de casa quer 1 milhão). A filhinha deles, segundo as fofocas, não continua na mesma escola pro ano q vem. A casa deles está com condomínio atrasado faz tempo, já estão cogitando cobrança judicial (afinal, como eles dizem, tem dinheiro para dois carros kkkk). Não vi mais a sportage nesses dias, devem ter vendido ou não seguraram as parcelas. Já estão com placa de vende-se na casa deles, já penduraram na portaria e inclusive em alguns postes pela rua principal. Mas sendo bem sincero, até q eles merecem sim o q estão passando, foi mt esnobismo. Por outro lado, tenho pena, não creio q alguém mereça isso. Mas como se diz o velho ditado: ao q se faz, ao q se paga. Essa crise só está começando...Q ardam!!!!

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    2. Serão muitas histórias assim!
      O mercado, entre de 2009~2013, melhorou. Mas a melhora fez com que as pessoas mergulhassem em dívidas e ainda com aquele empurrão do vendedor/corretor. As pessoas achavam que iam ficar ricas comprando imóveis. Já contei essa história aqui: meu vizinho comprou 2 carros, trocou de apto e alugou o que morava. E ainda queria que eu fizesse a mesma coisa! Mas eu fiz contas e a conta não fechava. Ainda avisei a ele do perigo mas chegou um momento que não me ouvia mais e eu ainda era o chato. Hoje ele está de volta! Vendeu um carro e o novo apto devolveu a construtora antes de terminar a obra, não conseguiu pagar. Triste! Mas...

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  7. Tem um monte de terrenos em Miami USA, de 15 a 20.000 US, e aqui essa merda toda, parece que tem ouro e petróleo embaixo do minhocal...
    Estão subestimando exageradamente a inteligência dos miscigenados brazucas...
    Querem boicote?
    Pensam que tá cheio de idiotas a se meter num indexadão de 30 anos para cobrir seus prejuízos?
    A paciência tá no fim...

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    1. Nem precisa de boicote, não tem mais fôlego na demanda. Mesmo se td mundo q tem cash, o q é 0,00001% das pessoas, resolvesse pagar por um bolhudo xexelento, ainda sobraria muita caixa de fósforo pra desovar. kkkkk Chorem corvos, chorem empreiteiras! Só avisando aos corvos de plantão, estão contratando cortador de cana aqui em Ribeirão!!! Oportunidade imperdível, se não pegar agora, só vão ter menos vagas depois hein!!!! Corra, últimas vagas!!! kkkkkkkkk Vão fazer um trabalho de verdade, para de reclamar q ninguém compra, vai aprender o valor do dinheiro!!!

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    2. O povo aqui e analfabeto,nao sabe matematica,acredita na midia golpista,..o peao ganha 3 mil e compra carro 40 mil em 60 pagtos,adora pagar juros sobre dividas, adora pagar 10 mil o m2, que nao vale 1500 reais... vive caçando pokemon igual um debiloide...e muita burrice acumulada..e o desgovermo agradece.Coisa de pais falido ja.

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  8. A história do corvo comprar avião é verdade.
    Ele era um desses laranjas que uma construtora famosa construía dezenas de empreendimentos e jogava no nome dele, a Carxa Ergonomica pagava milha vezes mais e assim todos ganhavam, até o PT.
    Agora com o fim da impressora oficial nas mãos dos comunas o dito corvo está com medo da PF bater na casa dele kkkkkķkk
    Isso é crime de lesa pátria.

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