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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Jornal de Brasília: Crise leva proprietários a cooptar inquilinos de imóveis vizinhos

A crise criou até uma figura nova, o pirata de imóvel. Vera Fasanella, administradora de um apartamento alugado, ficou sabendo que o inquilino fora procurado pelo dono de um apartamento vizinho, entregue pelo antigo morador, que não tinha como pagar o aluguel. O proprietário tentou cooptar o locatário de Vera, oferecendo-lhe aluguel inferior ao que pagava

Placas indicando imóveis vagos para aluguel se multiplicam pela cidade. Com a recessão, cada vez mais inquilinos entregam as chaves e as unidades ficam vazias. Não há procura e o Distrito Federal acumula quase 16 mil unidades que só juntam poeira com a ausência de moradores. Quem já garantiu sua residência, tenta negociar o valor e evitar o reajuste. O cenário é ruim para os donos das propriedades.

De acordo com o Boletim Imobiliário do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), a quantidade de imóveis vagos destinados à locação em agosto era de 15.994, 4.688 unidades a mais que o mês anterior. O aumento da demanda, de mais de 22%, segue uma tendência identificada pelo setor desde fevereiro deste ano. A maior parte dos imóveis disponíveis para aluguel (72,9%) são residenciais. A capital fechou 2015 com 12,1 mil imóveis para alugar, um aumento de 52,6% em comparação ao ano anterior, quando havia 7,9 mil pontos disponíveis.

Segundo o levantamento DMI-VivaReal, o preço dos alugueis no DF teve redução no primeiro trimestre de 2016 se comparado ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, Brasília ainda tem o terceiro metro quadrado mais caro para aluguel no Brasil. Aqui, o trecho custa, em média, R$ 32,14, atrás apenas de Rio de Janeiro (R$ 33,78) e São Paulo (R$ 35,24).

“Tivemos uma queda de poder aquisitivo no Brasil inteiro e o DF não fugiu à regra. Aumentou a oferta de imóveis para locação e os preços retraíram um pouco pela demanda maior. Há muitos locatários entregando os imóveis ou negociando a renovação dos contratos e os que estão parados têm valores de um ano atrás”, afirmou Hermes Alcântara, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-DF).

Melhor negociar que ficar vazio
De acordo com o presidente do Creci, os proprietários, diante das dificuldades em alugar, preferem negociar. Perder um inquilino é entrar na incerteza. “O cenário é favorável para os locatários e para quem deseja adquirir um imóvel”, ressaltou o presidente da entidade. Do outro lado, porém, sobram dificuldades.

Funcionária pública, Lucimeire Silveira de 38 anos tenta negociar o reajuste com o proprietário do apartamento onde mora com três filhos em Águas Claras. “O contrato vence em novembro. Já enviei proposta para a imobiliária e liguei quatro vezes buscando por resposta, mas não tive retorno. O tempo está passando e nada é resolvido. Com a crise econômica, os proprietários deveriam manter os inquilinos e evitar deixar os imóveis vazios. Pelo menos entraria dinheiro”, conta.

Nesse ínterim, há pelo menos três apartamentos vagos no prédio onde moram. Os antigos inquilinos não conseguiram manter o valor da locação no orçamento e, enquanto o dono do imóvel não resolve, a busca por uma nova moradia parece uma via sacra. “Estamos fazendo uma pesquisa bem extensa para ver se conseguimos lugar mais em conta que atenda nossas necessidades, mas tudo subiu, inclusive o valor dos alugueis”, diz.

Propaganda enganosa e cooptação de inquilinos
Só encontram preços equivalentes com qualidade inferior. Há direito até para propaganda enganosa. “A gente vê a oferta, nos agrada, mas quando chegamos lá, a realidade nada tem a ver com o anúncio”, reclama.

A crise criou até uma figura nova, o pirata de imóvel. Vera Fasanella, administradora de um apartamento alugado, ficou sabendo que o inquilino fora procurado pelo dono de um apartamento vizinho, entregue pelo antigo morador, que não tinha como pagar o aluguel. O proprietário tentou cooptar o locatário de Vera, oferecendo-lhe aluguel inferior ao que pagava.

Paulo Muniz, presidente da Ademi diz que o quadro é compreensível: “Quando você tem uma crise financeira como a que enfrentamos, é natural que tenha mais imóveis livres. Acreditamos que seja algo temporário”. As perspectivas, nesse sentido, são boas. “Notamos que, depois da mudança do Governo Federal, a confiança está voltando”, avalia.

(Jornal de Brasília - Cidades - 13/10/2016)

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10 comentários:

  1. "Paulo Muniz, presidente da Ademi diz que o quadro é compreensível: “Quando você tem uma crise financeira como a que enfrentamos, é natural que tenha mais imóveis livres. Acreditamos que seja algo temporário”. As perspectivas, nesse sentido, são boas. “Notamos que, depois da mudança do Governo Federal, a confiança está voltando”, avalia."
    AVALIOU ERRADO, pois ja estamos em "depressao ecomomica" causada por um pais dos maiores impostos mundo, onde e "o imposto e que tem o produto" tipo cerveja sem imposto e 2,00 e com 100% imposto e 4,00 onde nos emergente tipo paraguay e 2,00 e com imposto 12% e 2,40.
    20 milhoes de desempregados,empresas indo embora ao paraguay,comercio fechando,etc..
    Ninguem vai investir aqui,geraçao de empregos esqueçam por decadas a fio.Brasil e o unico emergente com pib-4% negativo, enquanto os outros acima de 3.5% positivo. Brazuela ou Grecia a vista de todos.E reforma tributaria NADA...salve-se quem puder......Quadro do desempre e IRREVERSIVEL....FIM DO BRASIL.

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  2. Não é que os preços estão reduzindo, estão se adequando à realidade do Brasileiro. Moro de aluguel. O proprietário veio com a conversa de reajuste no valor. Apenas respondi: Ok, se realmente quiser reajustar, confirma a intenção porque irei procurar outro local para alugar. O proprietário não mais tocou no assunto. Meu condomínio é de quase R$ 1.000. Que proprietário é louco de perder um inquilino que paga em dia e além de deixar de receber o aluguel, ter que pagar esse valor todo de condomínio.
    A dissiparidade entre valores de aluguel e de venda é indício de bolha e de como os preços estão fora da realidade.

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    1. O Brasil está em crise , porque o real está subindo e o dólar caindo ..

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  3. Antigamente, havia muitos cartazes de propagandas, com entrada de imóvel na planta de 15000,00, (nós sabemos que esta entrada é a taxa de corretagem dos corvos malditos, que depois ficamos sabendo que esse valor ficam com eles e não com a construtora).
    Hoje, vejo cartazes e panfletos com entrada de 3000,00. Os corvos estão tão desesperados, que não tem vergonha de anunciar a entrada de um imóvel no valor de 3000,00.
    Ontem eu vi uma reportagem no conta corrente, que essa é a melhor hora para comprar imóvel, porém , por questão de ética, o Samy Dana, falou a verdade que os imóveis estão muito caros e não compensa comprar no momento.
    Eu não consigo entender como não acordam, rico não compra APERTAMENTO de 40 m², e o pobre está com medo de perder o emprego, quem é funcionário público está com medo de virar escravo de empleiteiras, pois a idéia do governo é privatizar quase tudo, vejo pessoas em algumas reportagens que estão pedindo emprego até no farol, anúncio de pedido de emprego nos postes. Todo mundo tem vontade de comprar um imóvel, inclusíve eu, porém , sem condições.
    E outra coisa também, o preço que estão os imóveis, e o salário a cada ano se defasando mais, é perigoso comprar um APERTAMENTO hoje, terminar de pagar só quando se aposentar e o dinheiro da aposentadoria não der nem para pagar o condomínio, e acabar ficando um idoso ao Deus dará.
    O preço de terreno também está o olho da cara, e quem não tem dinheiro acaba invadindo terrenos abandonados, e terreno no valor de 70000,00 aproximadamente, é só na onde o Judas perdeu as botas, é como diz os colegas acima, o Brasil vai virar Brazuela.

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  4. Aqui no Rio os preços continuam altos kd a tal bolha ?

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    1. Corvo detected.. no HELL..eita tijolo caro hein...em nem blindado contra tiros e kkkkk...fortes emoçoes kkkkk nessa favela.

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    2. Você mesmo sem querer respondeu à própria pergunta.Se não tem bolha, pq não está vendendo e o número de placas de vende-se estão acumulando e aumentando.
      Corroam com a inflação e paguem meus juros.

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  5. " É cobra engolindo cobra "

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  6. Eu concordo em parte com essas informações. Aluguel em regiões boas dificilmente caem de preço porque a demanda é maior. É lógico, tem que ter um ponto de equilíbrio, mas no geral o preço se mantém e o imóvel fica alugado. Ja em regioes mais pobres o aluguel pode sim cair pq o poder aquisitivo de quem aluga é mais baixo. Galera nesse pais tem muita gente rica. Essa crise é otima para o rico porque ele barganha os preços e consegue um desconto. Se não vendeu o rico procura de outro vendedor e paga a vista. Eu não quero defender ninguem aqui, apenas colocar meu ponto de vista

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  7. Troquei de imóvel no RJ, na mesma região, e pagando menos do que pagava. Aluguei em abril. Se deixasse para alugar agora, pagaria menos ainda. Já estou achando por aproximadamente 12 % abaixo do que eu pago. E as placas de alugo ou vendo só aumentam em quantidade...

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