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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O Tempo: Pontos comerciais encalham e derrubam valor do aluguel

“Tem imobiliária que dá até um ano de carência. Não recebe o aluguel, mas tem a vantagem do inquilino arcar os custos do IPTU e do condomínio, ou seja, o proprietário deixa de gastar”, explica

As placas de ‘aluga-se’ e ‘passa-se o ponto’ já fazem parte da paisagem de Belo Horizonte. Com a crise obrigando muitos lojistas a baixarem as portas, a situação é ainda pior para a locação comercial. O resultado pode ser visto nos preços do aluguel comercial, que, com uma oferta maior de lojas, caiu duas vezes mais do que a locação residencial. Segundo levantamento o índice Fipezap, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), enquanto os valores residenciais caíram 3,39% de janeiro a outubro, a locação comercial ficou 7,57% mais barata, em relação ao mesmo período do ano passado.

Na avaliação do economista da Fipezap, Raone Costa, os descontos estão maiores na locação comercial há pelo menos um ano. “É difícil saber o tempo exato, mas imaginamos que, por causa da situação econômica do país, tem mais gente fechando loja, mas as pessoas ainda precisam morar”, justifica.

Um pequeno shopping de bairro no Buritis, por exemplo, está com praticamente metade das lojas fechadas. “Eu cheguei aqui há três meses, mas, só neste período vi quatro lojas fecharem”, conta a lojista Angélica Machado. Das 20 lojas do mall, pelo menos nove estão disponíveis.

O vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Breno Donato, afirma que os preços do aluguel de lojas acabou caindo porque os proprietários perceberam que era melhor cobrar menos do que ficar com o imóvel fechado. “A oferta de lojas cresceu muito e eu acredito que, se o residencial caiu uns 10%, o comercial caiu até 30%. Então, os lojistas ganharam poder de negociação e os proprietários passaram a criar estratégias para atrair os clientes, como não dar aumento ou até mesmo reduzir o valor do contrato”, destaca.

Outra prática que tem se tornado comum no mercado imobiliário comercial é a carência. “Tem imobiliária que dá até um ano de carência. Não recebe o aluguel, mas tem a vantagem do inquilino arcar os custos do IPTU e do condomínio, ou seja, o proprietário deixa de gastar”, explica.

Na avaliação de Donato, os preços estão começando a se estabilizar. “Os proprietários ainda não estão conseguindo reajustar os contratos pelo índice da inflação, mas, nos últimos seis meses, já têm conseguido manter os valores, sem ter que reduzir o preço”, diz. Segundo pesquisa da Fipezap, o aluguel comercial acumula queda de 7,57% no Brasil. Mas, se considerar a inflação de 5,78% acumulada de janeiro a outubro, essa redução passa de 13%.

(Jornal O Tempo - Capa - Economia -  03/12/2106)

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8 comentários:

  1. Essa reportagem mostra a profecia se cumprindo em que chegaria o dia em que você vai morar de graça apenas para pagar o condomínio.
    Preços vão cair e muito.
    O desespero tomando conta dos corvos.
    Apartamento de 40 metros quadrados não vai desvalorizar, vai voltar ao valor que realmente valha, R$25.000.
    Quem pagou mais caiu no golpe da pirâmide.

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  2. Aqui no RJ tb está assim. A maioria quer manter o contrato. Então não aumentam. Muitas lojas fechando. Inclusive algumas lojas que exigiam luvas estão negociando outras formas de contrato.

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  3. A cada delação as coisas tendem a piorar....esperem...aguardem....final de 2017 e início de 2018 estará um caos imobiliário e automotivo...
    Acredito q estes seguimentos serão, de longe, os mais afetados pela crise q se aproxima...
    Não vão conseguir comprador nem para os MCMV
    Juros um absurdo...um dos maiores do mundo....e o principal: povo sem renda...sem trabalho...sem dinheiro...sem perspectiva....tudo individado .. .
    Anotem..

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  4. Aluguel fora da realiadade = imóveis vazios = propriotário amargando prejuízo = Quem não quiser passar anos sem receber aluguel negociem o valor para baixo, reduzam 40%.

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  5. brasil virou um verdadeiro TITANIC,salve-se que puder

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  6. Tenho alguns prédios comerciais alugados. Alguns, não reajusto aluguel há 05 anos. Alguns vasios, inclusive novos. Tenho prédios residenciais também, que ñ tem como reajustar os aluguéis. Alguns vasios também. É o preço da crise moçada. Outra solução nao há, senão, aguardar o que virá pela frente. Computar e absorver os prejuízos. Lembrando ainda que, em época de crise, aparecem grandes oportunidades...de perder e de ganhar dinheiro.. kkkk.. abraço e bons negócios á todos...

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