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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Valor: Com 8 mil imóveis encalhados na carteira, Patrimóvel faz reestruturação para se ajustar à crise

Desde que a crise econômica praticamente paralisou o mercado, a principal imobiliária do Rio viu o faturamento cair 75% neste ano após ter superado R$ 3 bilhões em vendas em todos os anos entre 2007 e 2013. [...] "Às vezes eu acho que [retomada] será mesmo só em 2019. Às vezes eu fico pensando que nunca mais vai ser como era, e nem sei se precisa, porque dessa maneira estragou"

Com estoque entre 7 e 8 mil imóveis encalhados na carteira, a Patrimóvel planeja adotar novo modelo de gestão a partir de 2017 para reduzir a estrutura da empresa e implementar uma estratégia mais ligada ao consumidor final. Desde que a crise econômica praticamente paralisou o mercado, a principal imobiliária do Rio viu o faturamento cair 75% neste ano após ter superado R$ 3 bilhões em vendas em todos os anos entre 2007 e 2013. A partir de 2014, junto com o aprofundamento da crise, a receita foi caindo e deve fechar 2016 em um patamar inferior a R$ 900 milhões.

Na nova versão, a empresa, que já chegou a ter 2 mil corretores no auge do mercado ­ 2007 a 2013 e agora tem menos de 800 ­, será dividida em cinco imobiliárias menores, com centro de custo próprio, orçamento dividido e metas exclusivas. A Patrimóvel funcionará como uma holding, explicou o presidente Rubem Vasconcelos, com a função de fornecer imóveis e fazer o relacionamento com as construtoras e conquistas as unidades para venda.

"O mais importante é o atendimento. Agora temos que agarrar o cliente, ter ele e não deixar que fuja", disse Vasconcelos. Imobiliárias menores podem dar mais atenção aos clientes, buscar novos negócios, acredita o presidente da Patrimóvel. No passado recente, não faltavam investidores com recursos para comprar imóveis. Agora, o foco é o consumidor familiar, que deseja uma casa para morar.

No quarto trimestre, o mercado imobiliário no Rio começou a sair da inércia e vem apostando em lançamentos menores, de olho em um público que ainda planeja ter a casa própria. Até o fim de 2016, a Patrimóvel vai vender cinco lançamentos: dois residenciais em Botafogo, na zona sul carioca, um na Barra da Tijuca e outro no Cachambi, na zona norte.

Fracasso olímpico
A Olimpíada impulsionou as construções imobiliárias no Rio e inflacionou o mercado, que mesmo antes dos Jogos já vinha encontrando dificuldades nas vendas. Projetos como a Vila dos Atletas, com 3.604 unidades ao lado do Parque Olímpico da Barra, vendeu menos de 10% dos apartamentos até o início da competição. Na avaliação de Rubem Vasconcelos, grandes condomínios terão mais dificuldades para vender, mesmo reduzindo preços abaixo do custo de produção em alguns casos.

"O objetivo hoje é vender o estoque, o mercado está se ajustando", vê o presidente da Patrimóvel. O próximo ano deve melhorar a expectativa, período de pequena recuperação. "Às vezes eu acho que [retomada] será mesmo só em 2019. Às vezes eu fico pensando que nunca mais vai ser como era, e nem sei se precisa, porque dessa maneira estragou".

(Valor Online - Empresas - 23/11/2016)

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8 comentários:

  1. É a hora...... DE NÃO COMPRAR e deixar que tomem o máximo prejuízo e daqui alguns anos pensar em comprar.

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  2. Quem comprou tá devolvendo.
    Quem não comprou quer passar longe.

    Esse mercado já era!!!

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  3. Isso porque a crise ainda nem começou .....começa em meados de 2017....começa!
    Imóveis talvez a partir de 2021...e com valor de custo....se quiserem vender...

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  4. Ajustar o mercado a realidade é TAMBÉM baixar os preços. Inclusive orientar os corretores que restaram para falarem a verdade para seus clientes, que compraram imóveis superfaturados, que vão ter que vender a preços menores (prejuízo) senão não venderão e vão continuar com o imóvel (mais prejuízo).
    Outro ponto "foco no consumidor familiar". Quem tem família vai gastar dinheiro agora? Acordem!! Pai/Mãe estão preocupados em como pagar as despesas da casa e filhos. Tem muitos desempregados!!
    Falem a verdade!! Venderam mal! Agora reajustem o mercado da maneira correta. Sem mentiras! Será que conseguem?

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  5. Os imóveis continuarão encalhados, pois os preços estão incompatíveis com a realidade. Sugestão: Reduzam os valores dos imóveis em 50% para que aqueles que estão aguardando a baixa comecem a pensar me adquirir (Sou um deles)

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  6. Não quero nem de graça adquirir um imóvel, a males que vem pra bem, meus juros pagam com facilidade meu aluguel e tenho a liberdade de negociar ou me mudar se não gostar dos preços, fujam disso, furada total.

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    1. Eu sou da mesma opinião. Quem comprar agora, vai perder muito dinheiro).
      Segundo os corretores: Agora é a hora de comprar para fazer bons negócios, (esqueceram de dizer que agora é a hora para eles). Penso em adquirir quando os preços estiverem dentro da realidade atual (30 - 40% menor), enquanto misso deixo o dinheiro rendendo e ainda sobra para guardar.

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