Com o agravamento da crise, o estoque desse tipo de ativo mais que dobrou nos últimos dois anos e chegou a quase R$ 10 bilhões. Para efeito de comparação, a Cyrela, a maior empresa do setor, contava com R$ 6,4 bilhões em imóveis no estoque em setembro do ano passado
Se os cinco maiores bancos brasileiros decidissem juntar todos os imóveis
recebidos em garantia de empréstimos não pagos, brigariam pelo posto de maior
incorporadora do país. Com o agravamento da crise, o estoque desse tipo de
ativo mais que dobrou nos últimos dois anos e chegou a quase R$ 10 bilhões.
Para efeito de comparação, a Cyrela, a maior empresa do setor, contava com R$
6,4 bilhões em imóveis no estoque em setembro do ano passado.
O estoque de bens retomados pelos bancos é composto em sua maioria por
imóveis, mas também inclui itens como veículos, máquinas e equipamentos. O
crescimento desses ativos está principalmente relacionado ao avanço da
inadimplência. Banco do Brasil (BB), Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal,
Bradesco e Santander se tornaram donos de todo esse patrimônio quando
executaram garantias de empréstimos não pagos. Agências bancárias que deixaram
de ser usadas nos últimos anos também entram nessa conta, mas somam uma pequena
fatia desse montante.
Apesar de representar uma oportunidade para as instituições financeiras
recuperarem ao menos parte das perdas geradas pelos calotes, esses bens tomados
também trazem alguma dor de cabeça, principalmente pelas proporções que
tomaram. Para instituições que têm como objetivo abrir contas correntes e
emprestar dinheiro, administrar um portfólio com características tão diversas
tem sido uma tarefa bastante complexa.
Fazendas, mansões à beiramar em Angra dos Reis (RJ), prédios comerciais e
até casebres fazem parte dos bens que passaram a integrar o balanço dos bancos,
conforme mostram os chamados dos leilões. Em um período de retração da
economia, que levou a um excesso de oferta de imóveis, a venda em muitos casos
tem sido feita a preços bem abaixo daqueles estimados inicialmente pelos bancos
quando aceitaram as garantias. Isso quando eles conseguem se desfazer dos
ativos.
Pelas normas do Banco Central, as instituições financeiras têm um prazo de
até um ano para vender os bens que não fazem parte do uso. Esse período é
prorrogável por até mais dois anos, mas esses bens trazem custos enquanto se
mantêm no balanço. Eles consomem, por exemplo, o capital que poderia ser usado
em empréstimos. Além disso, esses ativos precisam ter laudos de avaliação
feitos por empresas independentes quando superam R$ 51,1 mil, um serviço pago
pelo banco. Fora despesas que a própria venda traz, como corretagem e
comissões.
O tamanho do estoque de ativos tomados dos devedores que atrasaram as
prestações varia bastante de banco para banco. Entre as explicações estão o
saldo e a maturidade da carteira de crédito de cada instituição financeira,
além das operações em outras áreas, como seguros.
Caixa tem o maior estoque de ativos retomados
Dona da maior carteira de financiamentos para a compra da casa própria, a Caixa
também detém o maior estoque de ativos tomados dos devedores que atrasaram as
prestações. O banco público tem 24 mil imóveis disponíveis para venda. Segundo
a Caixa informou por meio de sua assessoria de imprensa, o banco tem dado
prioridade a empréstimos com garantia real como forma de mitigar riscos. Já o
BB possui o menor estoque em balanço. Procurados, BB, Itaú, Bradesco e
Santander não concederam entrevista.
Para evitar perdas no gerenciamento desses ativos, os bancos mudaram a
forma como trabalham na cobrança, retomada e revenda de imóveis e outras
garantias. Os leilões presenciais foram praticamente abolidos e agora se
concentram na internet, por exemplo.
Em um grande banco, a área operacional que cuida dos financiamentos em
atraso, como a cobrança, foi separada da equipe jurídica. As medidas ajudaram a
reduzir o prazo entre a retomada e o leilão do bem dado em garantia para algo
entre 45 a 60 dias, em média, segundo um executivo que pediu que seu nome e o
da instituição para a qual trabalha não fossem revelados.
Outro banco estuda colocar esses bens dentro de uma empresa que vai cuidar
especificamente da venda deles. Para isso, parcerias com empresas
especializadas na comercialização de apartamentos e outros bens também estão no
radar.
Na maioria dos casos, a execução das garantias serve apenas para diminuir
o prejuízo dos bancos com o crédito inadimplente. Por isso, o tempo é crucial
para evitar perdas ainda maiores. Não são raras as situações em que o devedor consegue
travar a venda do ativo na Justiça. Há casos de veículos há 20 anos parados em
razão de alguma pendência judicial. "Tudo isso se traduz em mais spread na
hora do financiamento", afirma uma fonte.
O número crescente de bens retomados colocados à venda pelos bancos tem
despertado a atenção de empresas especializadas em ativos
"estressados" por exemplo, a Enforce, do BTG Pactual, e a Jive.
Gestores de fundos imobiliários também começam a avaliar esses bens, mas ainda
estão restritos a praças com bastante liquidez, como São Paulo.
(Valor Online - Finanças - 06/03/2017)
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Uai sô! Manda a conta para a analfabeta da Dilma, os últimos presidentes e vices e todos os executivos da Caixa Econômica Federal.
ResponderExcluirNão é justo que esses energumenos tenham dado tal prejuízo de lesa pátria pela má gestão e a conta ficar para os brasileiros.
ACORDA TCU
ACORDA MPF
ACORDA CPI DA CAIXA
Tudo isso fora as "carroças automotivas tipo que tambem paga 3 leva 1"...."Paga 60 mil...sai da loja vale 35 mil...kkk um otimo investimento kkkkk....
ResponderExcluirIvestimento hoje e em PharmaciaS,pois haja doentes por ai...portanto açoes de farmaceiticas tendem a subir..MAS SEM COMPRAR O IMOVEL HEIN....Ou raçao balanceada para obesos...pois haja gordos por ai.
To rindo até agora ...ao saber que os bancos terão que arcar com os imoveis devolvidos ....terao de pagar IPTu e arcar com os custos de manutenção do imóvel para que não se deteriorem
ResponderExcluirUns 2 anos antes da crise vir à tona, quanto eu falava o que pensava sobre a economia, a maioria me chamava de pessimista, mão de vaca, etc. Eu nem ligava, confiava nos meus conhecimentos.
ResponderExcluirMe preparei para essa crise, agora só estou com a pipoca nas mãos assistindo tudo de camarote KKKK
Paguem meus juros!
Sobrou para os bancos um pepinão de todo tamanho kkkkkkkkkkkkkkk rindo rios aqui kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirPensem bem, os bancos com esse museu enorme de R$10.000.000.000,00 (dez bilhões) deteriorando a cada dia dando despesas como condomínio, IPTU, taxa de incêndio, taxas de iluminação pública, taxa de coleta de lixo... etc... kkkkkkkkkkk.
Boa a estratégia da PDG e outras construtoras que embolsaram o dinheiro pediram falência e deixou a conta para os bancos kkkkkkkkkkkkkkk brasileiro vai ter que pagar a conta do PT kkkkkkkkkk
Mas o que eu acho pior que tudo é que esses imóveis foram inflados e não valem nem metade do valor que foram adquiridos.
Rindo rios aqui no aluguel... esperando os rendimentos diários subindo... subindo... kkkkkkkkkkkkkk
Pague meus juros Caixa Econômica kkkkkkk
Os bancos são tão culpados quanto o governo e as empresas. Criaram um cenário que pelo visto estará prejudicado por no mínimo uns 20 anos.
ExcluirPq não joga logo os imóveis pra leilão? Não entendo isso
ResponderExcluirBolha fez PLOC, PDG faliu, povo desempregado, juros lá no alto, e nada de abaixar os preços aqui no RJ!
Engano seu. O preço está caindo sim. As construtoras estão abaixando, mas aos poucos. Já vejo bons imóveis no RJ com 30 a menos. Quem é pessoa física que não quer baixar. Se não baixar, não vende, fato.
ExcluirTenham paciência. Tem que cair muito ainda. Esperem para comprar.
Calma que o governo está criando uma sensação de melhoras na economia. Liberando as contas inativas do FGTS, abrindo concessões, diminuindo a Selic na paulada, Ou melhor, colocando lenha na fogueira.
ExcluirComo meu dinheiro está em CDB pré fixado tô nem aí.
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