O instituto lembra que, a partir de 2014, o segmento da construção, ao refletir o ambiente de desaceleração da atividade econômica do país, evidenciou, no âmbito da demanda interna, “a perda de dinamismo do consumo das famílias, que apresentou queda de 3,9% em relação a 2014. Esse resultado também refletiu o aumento das taxas de juros e o menor volume de crédito ao setor”
Todos os setores de atividade ligados à construção civil do país fecharam
com números negativos no valor adicionado entre 2014 e 2015. Houve recuo no
número de empresas ativas, na receita operacional líquida, no número de
incorporações e nas construções contratadas por entidades públicas, que
perderam participação entre um ano e outro.
A constatação é da Pesquisa Anual da Indústria da Construção – Paic 2015 -
que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro. Os empreendimentos realizados pelo indústria da
construção somaram R$ 354,4 bilhões, queda de 16,5% em relação a 2014.
O mesmo aconteceu com a receita operacional líquida, que, ao fechar com
movimentação de R$ 323,9 bilhões, também registrou retração de 18,7% em termos
reais. Já o gasto com pessoal ocupado correspondeu a 33,3% dos custos e
despesas dessas empresas. Já o salário médio mensal recuou 1,4%, passando de R$
1.970,05 em 2014 para R$ 1.943,43 em 2015.
A pesquisa é importante fonte de informações estatísticas sobre o segmento
empresarial da construção, fornecendo aos órgãos governamentais e privados
subsídios para o planejamento e aos usuários em geral, informações para estudos
setoriais mais aprofundados.
Variação negativa
A avaliação do IBGE é clara: “todos os setores de atividade tiveram
variação negativa do valor adicionado entre 2014 e 2015. Além das construções
contratadas por entidades públicas terem perdido participação de 2014 para
2015, as obras de infraestrutura, grupo de maior peso na construção, reduziram
o valor de R$ 138,9 bilhões, em 2014, para R$ 106,9 bilhões, em 2015.”
Na avaliação do gerente da Pesquisa Anual da Indústria da Construção, José
Carlos Guabyraba, os resultados da construção civil relativos a 2015 foram
influenciados pela retração da economia brasileira, traduzida nos números do
Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todas as riquezas produzidas no país.
“Deve-se observar que a variação do PIB trimestral em 2015, em relação a
2014, foi de -3,8%, a maior retração da série histórica atual iniciada em 1996.
A partir de 2014, o segmento da construção passou a refletir o ambiente de
desaceleração da atividade econômica do país, evidenciado, no âmbito da demanda
interna, pela perda de dinamismo do consumo das famílias, que apresentou queda
de -3,9% em relação a 2014”.
Os números indicam, ainda, que havia 131,5 mil empresas ativas em 2015 que
empregavam 2,4 milhões de pessoas. Este nível de ocupação do setor da
construção, no entanto, foi meio milhão a menos do que em 2014.
Desaceleração da atividade por setor
Para o IBGE, ao analisar o comportamento da construção civil a partir de
2014, deve-se registrar que “o setor passou a refletir o ambiente de
desaceleração da atividade econômica do país como um todo. Não há como, ao
avaliar os resultados da pesquisa em 2015, deixar de observar que a variação do
PIB trimestral em relação a 2014 foi de queda de 3,8%, a maior retração da
série histórica atual iniciada em 1996”, ressaltou o IBGE.
O instituto lembra que, a partir de 2014, o segmento da construção, ao
refletir o ambiente de desaceleração da atividade econômica do país,
evidenciou, no âmbito da demanda interna, “a perda de dinamismo do consumo das
famílias, que apresentou queda de 3,9% em relação a 2014. Esse resultado também
refletiu o aumento das taxas de juros e o menor volume de crédito ao setor”.
Quando analisado de forma segmentada, o setor mostra que a construção de
edifícios se manteve como o item que mais contribuiu para o valor corrente (R$
165,7 bilhões) das incorporações, obras e/ou serviços, com participação de
46,7% do total em 2015.
Embora registrando queda de 38,3% na participação da construção civil
entre 2014/15, o segmento de obras de infraestrutura foi o segundo em termos de
participação, com R$ 119,9 bilhões – o equivalente a 33,9% do total da
contribuição do valor corrente em 2015.
Já o setor de serviços especializados para construção apresentou ganho de
participação, passando de 17,9%, em 2014, para 19,4%, em 2015 – o equivalente a
(R$ 68,7 bilhões).
Os números por regiões
Quando a Pesquisa Anual da Indústria da Construção se refere à atuação das
empresas nas grandes regiões do país, as informações indicam que o Sudeste, a
região mais populosa, urbanizada e industrializada, continuou apresentando a
maior participação relativa, tanto no pessoal ocupado como no valor das
incorporações, obras e/ou serviços da construção.
Ainda assim, a região perdeu participação no valor das incorporações,
obras e/ou serviços da construção, na passagem de 2014 para 2015, caindo de
52,3% para 50,9%.
Já as Regiões Norte e Nordeste registraram queda no pessoal ocupado (de
7,7% para 7,1% e de 22,9% para 22,1%, respectivamente).
Enquanto na Região Norte houve uma leve queda no valor das incorporações,
obras e/ou serviços da construção, que passou de 6,9% para 6,8% entre 2014 e
2015, na Região Nordeste houve ligeiro crescimento de 18,7% para 18,9%.
A Região Sul ampliou sua participação na passagem de 2014 para 2015, tanto
no pessoal ocupado (de 13,9% para 15,1%), quanto no valor das incorporações, obras
e/ou serviços da construção (de 12,8% para 14,5%).
A Região Centro-Oeste fechou 2015 com queda em ambas as comparações entre
um período e outro. Perdeu 0,1 ponto percentual de participação no número de
pessoal ocupado, que caiu de 7,9% para 7,8% e 0,4 ponto percentual no valor das
incorporações, obras e/ou serviços da construção: de 9,3% para 8,9%.
Os produtos da construção, retratados pela pesquisa desde 2002, são os
diversos tipos de obras e/ou serviços executados pelas empresas dessa atividade
no ano de referência da pesquisa.
(EBC/Agência Brasil - Economia - Notícia - 21/06/2017)
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Uai! A solução está mais fácil do que os engenheiros petistas fazer um cálculo.
ResponderExcluirMetro quadrado por R$1.200,00. As vendas voltarão quando...
1. Voltar emprego
2. Ter renda
3. Depois de pagar as dívidas
Assim , quem sabe os brasileiros voltem a comprar mas isso lá por 2020.
Recuperação só 2025 quando...
1. Tiver desovado todos os estoques
2. Tiver a certeza da dinheirama da CEF para financiar seus empreendimentos
3. Quando a lava a jato tiver concluído seus inquéritos e as empresas voltarem a negociar
Talvez 2030......
Pelas conclusões acima ☝ consinto aos corvos procurar trabalho, senão vão ter que pedir à prefeitura uma cesta básica.
Anônimo 08:47 - Parece brincadeira seu comentário, mas é a pura realidade (aliás, a pior coisa é negar a realidade)...Estava ouvindo ontem um economista de que a procura de crédito tem melhorado nos últimos dois mêses, porém a procura é justamente pra pagar contas, uma vez que os juros abaixaram um pouquinho, então é troca de dívida, e não pra consumo ou investimento.
ExcluirDe 2003 a 2014 brasileiros viveram um verdadeiro conto de fadas coletivo...
Realmente " conto de fadas coletivo"!!
ResponderExcluirCompraram apto, carro, viajaram par Disney, trocaram móveis tudo parcelado, tudo no financiamento ou cabia no cartão. A conta tá aí!!! Inclusive alguns conhecidos mw chamaram de pão-duro, que temos que viver o presente porque o futuro tá longe. E eu avisava! Agora eu vivo o presente da mesma maneira do passado, sem dívidas. Tranquilo!! E ainda ajudo com a pouca matemática que sei como sair do buraco. Mas eu avisei!!
Kkkkkkk é isso mesmo....Ocorreu comigo a mesma coisa..hoje não sou rico,apenas muito bem de vida,e os que se achavam ricos,viraram CRASSE MERDIA(coisa de PT)....= ou seja "pobre mesmo.
ExcluirTem hora que ficam na minha cola pra filar um copo de ceva....vai veno...kkkkk...mas nãp peçam $$$$$ ...não tenho mesmo....kkkkk