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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O Tempo: Classe média fica mais longe do sonho da casa própria

Adquirir um imóvel pode não ser a melhor opção, segundo o presidente da Associação dos Mutuários e Moradores de Minas Gerais (AMMMG), Silvio Saldanha. O motivo é o baixo preço do aluguel, fruto da alta oferta de imóveis. “É melhor aplicar o dinheiro”

A economia desaquecida – que vem reduzindo a renda do brasileiro – e a suspensão da linha pró-cotista, da Caixa – modalidade mais barata de financiamento imobiliário, que só perde para o Minha Casa, Minha Vida, estão dificultando o sonho da casa própria para a classe média. Diante dos juros altos e do receio do que pode acontecer no mercado de trabalho durante os anos de financiamento, a analista de marketing Mariana Cristina Lopes fez as contas com seu noivo e optou por alugar um imóvel.

“Fizemos as contas. O apartamento que gostamos teria uma prestação de R$ 3.000. Vamos alugar um por R$ 1.200”, afirma. Porém, ela não descarta comprar um imóvel, o que deverá acontecer num prazo de dez anos. “Enquanto isso, vamos fazer uma aplicação para, futuramente, pagar à vista ou dar uma boa entrada. E financiar um valor menor e em menos tempo. Não queria começar uma nova vida com uma dívida”, explica.

Já Renata de Sousa queria mesmo comprar um apartamento, só que as exigências e o desemprego adiaram o sonho. “Conheço várias pessoas que conseguiram financiar um imóvel há alguns anos. Agora, está mais difícil, as exigências aumentaram”, reclama. Após dois anos pesquisando um apartamento de dois quartos, que compraria com a irmã, Renata resolveu parar e só voltar em 2018. Até lá, continuará morando com a mãe.

Linha Pró-cotista
E é justamente no próximo ano que a linha pró-cotista deve ser reaberta. Nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a modalidade financia imóveis de até R$ 950 mil, e em outros até R$ 800 mil. No primeiro semestre de 2017 todos os recursos disponíveis da linha (R$ 6,1 bilhões) foram liberados pela Caixa. Em 2016, o valor chegou a R$ 5,5 bilhões. O banco interrompeu os desembolsos em maio deste ano. E os financiamentos só voltaram depois que o Ministério das Cidades remanejou R$ 2,5 bilhões da faixa destinada às famílias de renda mais alta no Minha Casa, Minha Vida. Só que o dinheiro foi insuficiente e a Caixa voltou a suspender a linha no último mês.

Com a linha suspensa, a alternativa, segundo o presidente da Associação dos Mutuários e Moradores de Minas Gerais (AMMMG), Silvio Saldanha, é recorrer ao Sistema Financeiro da Habitação (SBPE). As exigências para aderir ao programa são as mesmas, só que a taxa de juros é bem mais alta. Na pró-cotista, varia entre 7,85% e 8,85% ao ano, enquanto que no SBPE, ela parte de 10,25% ao ano e pode atingir 12,25% anuais.

O diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Bruno Xavier Barcelos Costa, observa que a Caixa financia 80% do imóvel. Para ele, com a interrupção da linha pró-cotista, muitas famílias podem não ter recursos para optar pela SBPE. “Afinal, a renda terá que ser maior. Isso reduz o público e dificulta as vendas do setor, pois as parcelas ficaram mais altas”, diz.

Ele explica que para conseguir um empréstimo de R$ 200 mil é preciso uma renda de R$ 6.500 pelo pró-cotista. Já pelo SBPE, o valor passa para R$ 7.500. Considerando-se juros de 8,61% ao ano do pró-cotista, o valor da parcela mensal chega a R$ 1.911. No outro caso, com juros de 10,49%, o valor passa para R$ 2.224. A diferença é de R$ 313, que em 35 anos aumenta em R$ 131.460 o valor do empréstimo. Costa também ressalta que existe a limitação de que a parcela do empréstimo ultrapasse 30% da renda.

Melhor aplicar o dinheiro
Compra X aluguel: Adquirir um imóvel pode não ser a melhor opção, segundo o presidente da Associação dos Mutuários e Moradores de Minas Gerais (AMMMG), Silvio Saldanha. O motivo é o baixo preço do aluguel, fruto da alta oferta de imóveis. “É melhor aplicar o dinheiro”.

Rendimento: Ele ressalta que o aluguel varia de 0,2% a 0,3% do valor do imóvel, menos que o rendimento da poupança, por exemplo, um dos mais modestos do mercado.

(Portal O Tempo - Capa - Economia - 24/07/2017)

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9 comentários:

  1. Bom dia! Passando por aqui, li o tópico e resolvi dar minha opinião:

    Bem eu sou classe média, de verdade. Tenho boa renda mensal, mas optei em morar de aluguel já alguns anos, portanto, fiz uma boa economia em diversas carteiras de aplicações.

    Tenho uma família de 04 pessoas, tenho gasto com educação, transportes, seguros, alimentação e ainda pago um bom dinheiro para o Imposto de Renda: 27%.

    Bem, com todos esses gastos, com muita austeridade, mas também invisto no lazer, viagens, etc, consigo guardar todo mês, em torno de R$10.000,00.

    Pois bem... tenho em torno de R$900.000 guardado com muito sacrifício (muitas madrugadas e chuva no lombo, não herdei nada dos pais).

    E algum Corvo safado, sem vergonha, cara de pau, mentiroso, acha que eu vou pegar esse dinheiro de muito sacrifício e comprar um apartamento de 70 metros quadrados com "porcelanato"? É ruim hein!

    Não pago, não dou, nenhum corvo vai ver um centavo do meu dinheiro. Estou muito bem, moro onde quero, pago aluguel relativamente barato (levando em conta o que eu tenho de retorno no investimento), com esse rendimento pago aluguel e ainda me sobram R$7.000,00.

    Você, Advogado, dentista, comerciante, militar, e outras profissionais, não comprem nada, não deem seu dinheiro sofrido e maltratado para sustentar a ganância e avareza dos corvos... eles são famintos por dinheiro e nada satisfaz a fome deles de arrancar seu dinheiro.
    Por exemplo: O proprietário está vendendo um imóvel por R$250.000,00, então o corvo pede R$700.000,00 com gordura para queimar para chegar a R$500.000,00. Vai que cola!

    Portanto, nesses dias de escassez, não comprem imóveis agora, esperem, esperem que as coisas vão chegar no preço que realmente valha.

    Abraço a todos.

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  2. Matéria objetiva!! Parabéns!! Alugue, aplique e depois pague a vista. Simples assim...

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  3. Acho ao contrário: Como os preços irão desabar,acho que o sonho estará mais próximo do que se imagima. tipo 800,00 o m2...kkkk "corvos piram"...como haverá milhoes de devoluçoes e distratos,vai sobrar pombais aos "pombos"....kkkkkk.. parar de pagar o financiamento do bplhudo atual e "imprescindível" para realizar o sonho da casa da própria, e não do pesadelo da casa própria, como é hoje.Parem de pagar imediatamente.

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  4. Visão....KD vocêeeeeeeeeeeeeeeeeee....?

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  5. Jornalistas, Juízes, Promotores, etc estão morrendo para pagar o sonho da casa própria... estão todos trabalhando para manter o sonho da casa própria...
    Graças a Deus que temos o pessoal do judiciário que estão vendo que as coisas estão erradas.

    Esse Jornalista do Jornal O Tempo, está de parabéns, assim como todos os jornalistas que trabalham duro e não tem direito de ter uma moradia digna.

    Quem não reclama de preço de imóveis, são os políticos, que além de ter auxilio moradia, tem as benesses das laranjadas.

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  6. Eu fiz uma conta simples aqui: se eu tivesse R$ 165 mil aplicado a 0,6% ao mês em 35 anos eu teria R$ 2.043.000. No entanto se eu fizesse um financiamento na Caixa de R$ 165 mil a uma taxa media de 10% ao ano, no final de 35 anos eu teria pago R$ 450 mil. Essa é apenas uma conta simples que mostra que hoje em dia não compensa comprar casa com esses preços absurdos (e juros altos também). Então para a classe média que tem algum dinheiro compensa morar de aluguel e desfrutar dos juros como forma de aposentadoria

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    Respostas
    1. Vc pega 150.000 aplicados TD em 35 anos Vc terá 5.500.000 isso mesmo kkkkkkkkkk não está errado, cinco milhões e meio.
      Por isso a CAIXA PTRALHA ECONÔMICA joga tanto dinheiro para pagar jogadores ao invés de diminuir esses juros abusivos kkkkkkkkkk
      Brasil sil sil kkkkk

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    2. A quinze anos atrás um maço de cigarros custava R$0,70 centavos, hoje custa R$10,00

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  7. Brazuka té e ferrado isso sim, por todos os lados...

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