A medida reforça o aperto das condições de crédito para o setor, que já sofreu restrição no mês de agosto
A Caixa Econômica Federal reduzirá, a partir de segunda-feira, 25, o limite
para o financiamento de imóveis usados para até 50% do valor.
Até hoje, clientes podiam financiar até 60% ou 70% do montante dependendo
da operação contratada. A medida reforça o aperto das condições de crédito para
o setor, que já sofreu restrição no mês de agosto.
O ajuste dos limites de financiamento ocorre como parte da estratégia de
melhor alocação de capital disponível da instituição financeira estatal. Isso
acontece porque, a despeito da crise econômica, a concessão de crédito para
casa própria continua em forte expansão.
Nas operações com taxas reguladas – principal segmento da Caixa -, o valor
concedido em novas operações cresceu 24% no trimestre encerrado em julho na
comparação com os três meses até abril.
Entre maio e julho, foram concedidos R$ 2,4 bilhões nesse tipo de operação
em todo o mercado.
Diante desse cenário, o banco estatal já havia reduzido limites para o
crédito imobiliário em agosto.
Na ocasião, o teto para o financiamento havia sido reduzido de 90% para
80% no caso dos imóveis novos e para os patamares entre 60% e 70% no caso dos
usados.
O que vai acontecer
Em nota divulgada na noite de sexta-feira, 22, a Caixa informa que o
novo limite passará a vigorar apenas para as novas operações.
Propostas entregues recentemente e que pediam financiamento nas faixas
anteriores terão o processo de análise concluído e, caso aprovadas, terão
direito aos limites anteriores de crédito sem alteração dos valores.
A Caixa também deverá anunciar a suspensão temporária dos financiamentos
com interveniente quitante – quando um cliente procura a instituição para
financiar a compra de imóvel que ainda está alienado em outra operação de
financiamento.
Nessa transação, o banco quita a dívida com a instituição anterior com a
criação de um crédito para o novo comprador.
Dados do Banco Central mostram que a carteira de crédito imobiliário soma
atualmente R$ 555,1 bilhões, sendo R$ 490 bilhões em operações com taxas
reguladas – juros limitados pelo governo – e R$ 65,1 bilhões em financiamentos
com juros de mercado.
A grande fonte de recursos para o financiamento imobiliário é a caderneta
de poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Dos recursos da poupança captados pelos bancos, 80% devem ser emprestados
para a compra da casa própria com juros regulados e 20% podem ser alocados com
taxas livres.
(Exame.com - Seu Dinheiro - 22/09/2017)
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Queria entender como o brasileiro que tem uma média salarial de pouco mais de 2mil consegue comprar esses imóveis por esses preços absurdos...qual a mágica?
ResponderExcluiraté parece que isso vai bloquear as vendas, a caixa tem que levantar todos os contratos , o qual os corvos e sua equipe , montava renda , faziam esquema com gerentes e com os avalistas da caixa ou seja sem tomar essas providencias as coisas vai continuar as mesmas ex: um apartamento que vale 350 mil os avalistas da caixa avalia em 550 mil .. menos 50% a caixa vai financiar 275 mil no apt que foi vendido por 350 mil
ResponderExcluirAté semana passada um imóvel usado avaliado em 100 mil reais, teria financiado 70 mil e os 30 mil de entrada eram negociados entre o vendedor e o comprador. Muitas vezes o vendendor conseguia um laudo mais alto justamente pra conseguir dar desconto na entrada e viabilizar o negócio. No caso do exemplo o laudo foi de 100 mil mas o vendendor quer 85 mil, sendo assim ele precisa de alguem que tenha 15 mil pra pagar a entrada, e os outros 15 mil são um desconto.
ExcluirA partir desta segunda feira o proprietário do mesmo imóvel com o mesmo laudo de 100 mil só conseguirá 50 mil de financiamento e a entrada é de outros 50 mil. Pra vender pelos mesmos 85 mil ele teria que achar uma pessoa com 35 mil, o que é bem mais difícil de encontrar do que uma pessoa que tem 15 mil. Sendo assim, se ele quiser vender rápido, vai ter que dar um desconto maior e vender por 65 mil.
Já o imóvel novo ainda financia 80 mil e no caso do mcmv tem subsidio. MAs como o valor financiado é maior, a prestação é bem maior tb. Sendo assim, muito potenciais clientes de casas novas deverão migrar pra imóveis usados, desde que o vendedor tope reduzir drasticamente a entrada, já que bem menos gente tem 50% pra dar de entrada.
Resumindo: imóveis usados terão que dar maiores descontos na entrada pra vender (no papel podem até continuar com o mesmo valor), esses preços finais mais baixos dos usados atrairão o comprador dos imóveis novos e as construtoras acabarão tendo que baixar o preço por conta dessa concorrência desesperada.
Até aqui estamos assim, mas se baixarem a taxa de financiamento de imóveis novos de 80 pra 70%, conforme alguns boatos vem falando, ai as construtoras terão que baixar mais ainda o valor de entrada (aumentando o desconto) pra viabilizar o negócio. Enfim, nos cartórios e prefeituras os preços podem até nem se mexer, mas na prática o desemboloso do comprador cairá bastante.
Quando se trata de casa própria o brasileiro é irracional. Acha normal pagar 7 ou 8 mil reais o metro quadrado em um empreendimento com custo de pouco mais de mil reais o metro quadrado, tirando o fato de que, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, a qualidade é de segunda ou terceira, mesmo para empreendimentos ditos de luxo...
ResponderExcluirJá me perguntei tmb. Conheço uma manicure que comprou um bolhudo em condomínio gigante por 180.000 , a coitada trabalha de segunda a segunda das 07h as 22h e tudo que ganha vai pro banco.
ResponderExcluirBem, essa é uma realidade. Fazer o quê? Povo brasileiro... não sabem somar 1+1
ONDE FOI DIVULGADA ESTA NOTA DA CAIXA SOBRE A REDUÇÃO DO FINANCIAMENTO? Procurei no site da caixa e não consta nada. e na verdade, na 'propaganda' do site ainda aparece o financiamento de até 80% do valor do imóvel (olhei ontem o site da caixa e até dei um print da tela onde isso aparece!)
ResponderExcluirONDE A CAIXA DIVULGOU ESTA NOTA???