“Por conta do grande índice de inadimplência do mercado, a gente tem bastante oferta, mas a compra vem reduzindo porque as pessoas não têm dinheiro pra investir no momento."
Com a crise e o desemprego, o atraso no pagamento das prestações da casa
própria tem aumentado. A partir da terceira parcela em atraso, os bancos já
podem emitir uma notificação para retomar o imóvel financiado. A Caixa
Econômica Federal é responsável por cerca de 70% do crédito imobiliário no
Brasil. No ano passado, o número de imóveis retomados subiu 80%.
Em um leilão em São Paulo, realizado em um hotel, 335 imóveis vão a
leilão. São casas e apartamentos retomados pela Caixa porque os donos não
conseguiram pagar as prestações do financiamento. “Por conta do grande índice
de inadimplência do mercado, a gente tem bastante oferta, mas a compra vem
reduzindo porque as pessoas não têm dinheiro pra investir no momento. Esse é o
momento do investidor, quem tem o dinheiro pra investir nos imóveis”, afirma a
leiloeira Tatiana Hisa Sato.
Cosme de Oliveira conseguiu comprar um imóvel nesse leilão, uma casa de
100 metros quadrados em Cotia, na Grande São Paulo. O lance inicial foi de R$
56 mil e a compra foi fechada em R$ 114 mil: “Teve uma certa disputa, mas
consegui comprar por um preço bom, bem abaixo do preço de mercado. Tô comprando
como investimento pra alugar, quem sabe mais pra frente morar”.
Nesse leilão, 325 imóveis não foram arrematados e irão novamente a leilão
em outro dia. Um desses imóveis é de Edinei de Pascale e Roseli Costa, que
compraram a casa há três anos. Na época, deram R$ 160 mil de entrada e
financiaram R$ 207 mil com a Caixa, mas atrasaram as prestações e agora o
imóvel irá à leilão pela segunda vez. O casal conta que tentou renegociar a
dívida, mas não tiveram sucesso. “Você luta pra conseguir as coisas e de
repente você se vê perdendo tudo, é muito triste”, lamenta Roseli.
A casa de Roberto Rivaldi também estava à venda no leilão. Ele e a mulher
Anita Alves compraram a casa há três anos, deram R$ 100 mil de entrada e
financiaram R$ 430 mil. “A gente chegou em um ponto que não deu mais, a gente
tentou negociar diretamente com a Caixa, mas eles não dão muita chance. Minha
empresa faliu e eu me sinto no fundo do poço. A partir do momento que eu não
tenho com o que pagar o teto pra morar, perdendo tudo que dei, tudo que
conquistei a vida inteira, isso pra mim é devastador”, lamenta Anita.
Muitas pessoas que estão endividadas no pagamento do imóvel reclamam da
linha dura da Caixa Econômica Federal na hora de renegociar a dívida. Clayton
Rosa, superintendente regional da Caixa, fala sobre as possibilidades dessa
negociação: “Ele pode parcelar, incorporar o saldo, utilizar o fundo de
garantia, fazer uma pausa na prestação, se comprovado que perdeu renda ou o
emprego. A gente estuda a situação de cada um e cria soluções pra ele não
perder o imóvel, mas tudo isso antes do início da execução, ou seja 90 dias”.
(Portal G1 - Profissão Repórter - Notícia - 26/10/2017)
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No meu entendimento, a Caixa Econômica deveria ser acionada para explicar como liberaram esses recursos sem critérios mais sérios.
ResponderExcluirQuando a Organização Criminosa estava tomando conta dos bancos, eles faziam essa artimanha com a desculpa de fazer "distribuição de renda".
Uma costureira comprar uma casa de R$500.000,00??????????????????????????????? Como pode isso?
Agora a coitada reza para seus mil santos para o imóvel não ir a leilão?
O dinheiro público foi para a construtora, que já gastou o dinheiro, que já faliu, os donos que já foram para o exterior...
Tinham que olhar o processo e chamar os responsáveis pela liberação do empréstimo para o financiamento e os responsabilizar.
Esse é apenas um, entre milhares de exemplos de pessoas que burlaram o sistema.
Não tem que reclamar de linha dura da caixa coisa nenhuma. Aprendam a fazer contas antes de entrar em um financiamento de 35 anos. Bem Feito! Fomentaram o lucro das imobiliárias e construtoras e contribuiram com a crise. Que sofram os mutuotários.
ResponderExcluirA casa que a mulher comprou por R$ 500.000,00, não vale 200 mil. Enganaram a pobre coitada. A sorte dela é que os arrematantes são espertos e não querem aquela espelunca.
ResponderExcluirTem sorte não meu amigo.
ExcluirSe ir à leilão, o que não ficar apurado, vai ter que ser pago pela costureira.
A coitada está fundida e com. Divida para filhos e netos.
Ué...então e "bolha imobiliária" sim...confirmado.
ResponderExcluirsó de juros pagam 2 imoveis !!
ResponderExcluirNão tenho pena.