Ainda que haja muitas análises e cuidados na contratação de um financiamento, estamos expostos aos riscos de manutenção de pagamento das prestações inerentes ao longo prazo a que estão sujeitos muitos contratos deste tipo. A inadimplência poderá evoluir o sonho para um pesadelo
Depois de tamanha procura, você se depara com aquele imóvel que orbita seu
imaginário. A partir deste momento, o fator racional simplesmente busca
respostas lógicas que confirmem o que o fator emocional já sacramentou: é este!
A partir daí não existirá nenhum outro imóvel na face da terra que poderá fazer
frente aos seus anseios.
A compra da casa própria é um objetivo de vida para a grande maioria dos
brasileiros. Não medimos esforços para
realizar este sonho. Há fortes fatores emocionais envolvidos no processo de
compra de um imóvel: pode ser a ignição do casamento; o seguro e o conforto
onde queremos criar nossos filhos e crescermos nossa família; a materialização
do que acreditamos ser o nosso maior patrimônio.
Na busca por este sonho, muitas vezes utilizamos o financiamento
imobiliário para a aquisição do imóvel. Ainda que haja muitas análises e
cuidados na contratação de um financiamento, estamos expostos aos riscos de
manutenção de pagamento das prestações inerentes ao longo prazo a que estão sujeitos
muitos contratos deste tipo. A inadimplência poderá evoluir o sonho para um
pesadelo.
Na eventual dificuldade em continuar pagando o financiamento imobiliário,
identificamos possibilidades de contorno que podem ser esgotadas antes de uma
decisão mais dura de se desfazer do bem:
• Analisar o que mudou no orçamento doméstico e que fez com que o
comprometimento da renda com o financiamento subisse a ponto de não poder ter
as prestações mais honradas. Se as despesas domésticas aumentaram, é condição
“sine qua non” entender o comportamento deste fluxo de caixa, separar os gastos
essenciais e procurar reduzir as despesas supérfluas.
• Já se a renda diminuiu, uma possibilidade temporária enquanto não se
restabelece os níveis adequados de ganho, é utilizar o saldo do FGTS para
reduzir o valor da parcela. É possível reduzir o valor das prestações em até
80% por 12 meses consecutivos desde que haja saldo suficiente no FGTS. Esta
operação poderá ser renovada anualmente.
• Outra possibilidade é negociar o contrato com o banco. Com a queda da
taxa básica de juros da economia, a Selic, o crédito tende a ficar mais barato
e abre espaço para negociação de taxas de juros de financiamento menores. Fique
atento às taxas de administração que também devem fazer parte desta negociação.
• Não deixe de pesquisar as taxas de juros cobradas nos financiamentos por
outros bancos. Você poderá trocar sua dívida mais cara por uma dívida mais
barata fazendo a portabilidade de seu financiamento imobiliário. No entanto,
para que a portabilidade seja de fato vantajosa, é importante analisar o custo
efetivo total (CET) do financiamento antes de tomar a decisão pela
portabilidade. O CET trata de todos os encargos e despesas incidentes em uma
operação de crédito, como o financiamento imobiliário, além de incluir a taxas
de juros e de administração.
Contudo, se a saída inexorável for pelo cancelamento do contrato, saiba
que um contrato imobiliário não é desfeito de forma simples. O contrato só será
desfeito com a quitação do imóvel. O caminho será vender o imóvel e com o
dinheiro quitar a dívida.
O maior erro cometido por muitos mutuários é deixar de pagar as
mensalidades sem prévia comunicação ao credor. Isto leva à perda do imóvel de
acordo com o tipo de garantia definido no contrato de financiamento: a
hipotecária ou a alienação fiduciária.
Na garantia hipotecária, o imóvel é posse plena do devedor e a cobrança da
dívida será por execução judicial. Já na
alienação fiduciária, a propriedade do imóvel é do credor e a falta de
pagamento das prestações implica no leilão do imóvel. Atualmente a alienação
fiduciária é a forma de garantia mais utilizada nos contratos de financiamento
de imóveis.
Em algum momento entre o sonho e a realidade, fatores inesperados podem
ter adiado a realização da compra da casa própria. Uma revisão cuidadosa de
suas finanças e a ajuda especializada de um planejador financeiro poderá
remediar esta situação e facilitar a realização deste seu projeto de vida.
(Época Negócios - Colunas - Seu Planejamento Financeiro - 20/12/2017)
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Devolve...volte para o aluguel e junte $$$$$$..pra comprar vista. Se alguém disse á voce que credito/financiamento é poder de compra , lhe enganou... Essa regra serve pra tudo na vida ..carro,viagem,geladeira,fogão tv...etc,etc... simples assim.
ResponderExcluirAlias se o m2 do seu imovel estiver acima de 1500,00 está bolhudo ou seja:Super faturado,por isso vc não consegue pagar...os preços aqui na banania sem rumo são padrao "nórdicos".