Os apartamentos, que antes tinham valor inicial de R$ 487 mil, hoje custam a partir de R$ 369 mil. Entre as ações para movimentar as vendas na região, a empresa montou uma filial no local, aceita carro como parte de pagamento e o FGTS na entrada
Para sair do prejuízo, zerar o estoque e partir para novos
empreendimentos, construtoras e imobiliárias começaram o ano com promoções para
realavancar a venda de seus imóveis, após o período de vacas magras. Algumas
baixaram os preços das unidades e outras estão recorrendo a brindes e
facilidades, sendo que a mais corriqueira é aceitar um carro como parte do
pagamento.
Na Zona Sul, há poucas ofertas. Historicamente, é uma região com maior
liquidez, pois dada a escassez territorial, a procura ainda é maior do que a
oferta. Ainda assim, para se ter uma ideia, o número de unidades residenciais,
lançadas em 2017 — que já não foram lá muita coisa, total de 247 — foi um
quarto do ano anterior (62). Os dados são do Sindicato da Habitação (Secovi
Rio).
As zonas Norte e Oeste, entretanto, são o calcanhar de Aquiles do Rio. Com
mais espaço, a região teve mais lançamentos nos últimos anos e, com a crise,
maior encalhe. Ainda assim, o número de lançamentos também caiu
consideravelmente, passando de 3.199 unidades em 2016 para 1.921 unidades no
ano passado. Barra e adjacências e Zona Oeste também tiveram menos unidades
lançadas, na comparação.
Zona Oeste com mais imóveis
— O mercado no Rio tem uma particularidade e se divide. A zona Sul é uma
ilha cercada por barreiras geográficas. Não tem para onde crescer. Não dá para
expandir, por isso tem mais procura que oferta. E é uma demanda eterna, tem
status e as belezas naturais — diz o presidente da Associação de Dirigentes de
Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Claudio Hermolin. Já em relação às
zonas Oeste e Norte, ele afirma que foi o maior mercado.
— Foi o que teve mais lançamentos e acumulou maior estoque. Não teve novos
lançamentos e o que está se vendendo é estoque.
— Na zona Oeste há uma concorrência maior, pois há mais lançamentos. Por
enquanto, esperamos vender o estoque, mas os indicadores econômicos vêm
animando. Acho que vai melhorar — afirma Thiago Hernandez, gerente comercial da
construtora Calçada, destacando que, mesmo com a crise, a Zona Norte
representou 50% das vendas da construtora em 2017.
Segundo ele, a devolução de imóveis foi um atenuante que prejudicou ainda
mais o cenário imobiliário no Rio. Em contrapartida, afirma, a situação deve
mudar até o próximo ano.
— O judiciário é ruim neste sentido, pois exige que a empresa retorne até
80% do valor do imóvel em caso de desistência, seja qual for o motivo. Isso
acaba com o negócio. Imagina se todos quisessem devolver, como ficariam as
construtoras? — questiona, referindo-se à grande taxa de devolução registrada
em 2016 e 2017.
Preços mais baratos
Um dos locais onde há muitas unidades disponíveis é o Pontal Oceânico —
chamado de “novo bairro” da região do Recreio, por sua área de 550 mil metros
quadrado. Só a Sawala Imobiliária está comercializando quatro empreendimentos,
que somam 350 unidades com dois a quatro quartos e cobertura.
Os apartamentos, que antes tinham valor inicial de R$ 487 mil, hoje custam
a partir de R$ 369 mil. Entre as ações para movimentar as vendas na região, a
empresa montou uma filial no local, aceita carro como parte de pagamento e o
FGTS na entrada. Para o presidente da Sawala, Márcio Cardoso, o cenário já foi
pior.
— Os valores foram se ajustando, acompanhado o mercado. Hoje, estas
unidades estão com altíssima liquidez — afirma ele.
Hernandez, da Calçada, acrescenta que ainda que os imóveis no Recreio
tenham sofrido uma depreciação no ano passado, o Maui, também no Pontal, por
exemplo, foi o carro-chefe da empresa e vendeu muito bem.
Já a Mais Consultoria Imobiliária baixou os preços para atrair clientes.
Das 86 unidades do residencial Victoria Reserva, 34 estão disponíveis. Os
imóveis de dois quartos com duas suítes, que ficam em Campo Grande e estão
prontos para morar, passaram de R$ 289 mil para R$ 239 mil, sendo que a entrada
pode ser parcelada e o futuro morador ainda pode usar o FGTS e carro na entrada.
Além disso, segundo André Barros, diretor da Imobiliária, um evento especial de
negociação para liquidar os imóveis está sendo preparado para março.
Outra com ação promocional é a Avanço Realizações Imobiliárias, que está
com 11 apartamentos de dois quartos prontos para morar, na Freguesia. Os
imóveis do Araguaia Conception Residences passaram de R$ 439 mil para R$ 399
mil.
— Outras vantagens são a varanda gourmet e o sistema de automação
residencial com capacidade para controlar até 12 eletrônicos através de
controle remoto único ou do uso do software, e a preparação para ar split nos
quartos e na sala — explica Sanderson Fernandes, diretor da Avanço.
(Jornal Extra - Notícias - Economia - 25/02/2018)
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Já já o brinde vai ser o próprio "apertamento".
ResponderExcluirEsse setor está travado a 3 anos e vai continuar por muito tempo.
ResponderExcluirA renda per capita mergulhou, os empregos desapareceram e os jovens ao casar tem alugado apartamento nas proximidades de onde trabalham.
Enfim é um setor fadado a uma drástica revisão de preços.
Mais não é mané,eles não falam que imóvel nunca cai o preço.
ResponderExcluirO que ?? Li direito?? De 487 mil por 369 mil.....??? Meu Pai do ceu....
ResponderExcluirVou correndo comprar!!! Ainda tem brinde??? Putsssss
Nesse preço até os venezuelanos compram!!!
Vou ver se pego logo 2 desse.... vai q valoriza 40% após a eleição !!
Palmas pra mim.... nao sou carioca, mas sou exxxxxppeerrrttuuu
Se tiver algum corretor aqui no blog q esta trabalhando nesse empreendimento fantástico, guarda 2 unidades pra mim, 2 pra minha mãe e 1 pro meu pai(ele ta desempregado)...kkkkkk
Se quem compra na planta é anta imagine quem compra no Rio de Janeiro......
ResponderExcluirCAIXA sem recursos, com possível necessidade de utilizar ainda mais os recursos do FGTS, quero ver quando os alienados compradores na planta precisarem do financiamento. Que venham os distratos
ResponderExcluirNão ha sentido logico comprar neste cenário de insegurança politica e econômica, temos eleição a 8 meses e nem os candidatos conhecemos e seus programas de governo, além disto o preço de locação esta totalmente desalinhado com preço de venda.
ResponderExcluirTemos de amadurecer muito em educação financeira e nos libertamos dos paradigmas criados pelo setor imobiliário e geração dos nossos avos, que imóvel é investimento, da estabilidade, da status, e outras baboseiras.
Investimento e Status é ter dinheiro vivo, na conta, qualidade de vida, viajar quando e para onde quiser, ter garantias de saúde e educação. Morar bem, mas pouco importa se é alugado ou lhe pertence.
Lógico que se o valor de venda estiver dentro do patamar lógico, dentro do valor de construção, do fator X 150 do aluguel, e você realmente queira ter um imóvel e FICAR IMOBILIZADO, a compra seria uma opção. Mas hoje, com os valores e cenário que temos , SÓ LOUCO COMPRA.
Tesouro Direto, que uma das aplicações mais conservadoras esta pagamento 11% ao ano, que pais do mundo você é remunerado em 11% sem fazer nada. para calar os corretores de plantão, imóvel não valoriza a mais de 2 anos, tenho acompanhado preços de casas a venda em condomínios, que não vendem e continuam com os mesmos preços fantasiosos.
Imóvel no Rio ainda está muito caro.
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