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domingo, 2 de setembro de 2018

Estadão: Bancos retomaram 70 mil imóveis por falta de pagamento desde 2014


Esse esforço dos bancos em despejar os clientes rapidamente gera efeito positivo nos indicadores de inadimplência. Isso acontece porque, com a retomada do imóvel, a operação deixa de ser considerada “crédito inadimplente” e passa a ser um “ativo” do banco. A posse desses imóveis, portanto, acaba amenizando os indicadores de calote

Com a alta inadimplência nos financiamentos imobiliários provocada pela crise econômica, o número de imóveis retomados pelos bancos disparou nos últimos anos. Desde o início de 2014, as cinco maiores instituições financeiras do País retomaram R$ 11,5 bilhões em imóveis por falta de pagamento. O setor estima que essa cifra corresponde a cerca de 70 mil casas e apartamentos.

A inadimplência cresceu à medida que a crise elevou o desemprego e reduziu a capacidade financeira das famílias. Atualmente, os cinco maiores bancos têm o volume recorde de R$ 13,7 bilhões em imóveis à espera de um interessado – incluindo as unidades que já estavam no estoque –, cifra que cresceu 745% em quatro anos e meio.

Números nos balanços do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander revelam que, juntas, as instituições tiveram aumento médio de quase R$ 2 bilhões no volume de imóveis retomados a cada ano entre 2014 e o ano passado. O ritmo continua forte em 2018 e, em apenas seis meses, bancos tomaram mais R$ 1,48 bilhão em casas e apartamentos de inadimplentes.


A líder no setor imobiliário, a Caixa, encabeça esse movimento, com cerca de 70% desse total de unidades retomadas. Em junho, eram cerca de 47 mil imóveis de clientes que, somados, valiam R$ 9,1 bilhões. Em 2016, o estoque era menos da metade: 23 mil unidades.

O mesmo fenômeno acontece nos concorrentes, ainda que com ritmo um pouco menos intenso. Desde o início de 2014, Bradesco, Santander e Itaú somaram, cada, cerca de R$ 1 bilhão a essa carteira. O BB teve aumento menos expressivo, com R$ 116 milhões no período.

“São números que chamam atenção. Se continuarmos observando esse movimento por mais um ou dois anos, poderemos ter um problema razoável”, avalia o professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, Rafael Schiozer. O professor nota que o principal risco para os bancos é a queda do preço dos imóveis, o que reduz a possibilidade de a instituição reaver o dinheiro emprestado.

Retomada rápida dos imóveis para maquiar os indicadores de calote
O presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo, Marco Aurélio Luz, explica que bancos normalmente retomam o imóvel em processos que duram de seis meses a um ano, mas há casos mais rápidos. Imóveis financiados pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) – acima de R$ 950 mil em São Paulo, Rio, Minas e Distrito Federal, e R$ 800 mil nos demais Estados – podem ir a leilão em 90 dias. A retomada de imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que têm valores abaixo dos limites do SFI, costuma demorar alguns meses a mais.

Esse esforço dos bancos em despejar os clientes rapidamente gera efeito positivo nos indicadores de inadimplência. Isso acontece porque, com a retomada do imóvel, a operação deixa de ser considerada “crédito inadimplente” e passa a ser um “ativo” do banco. A posse desses imóveis, portanto, acaba amenizando os indicadores de calote.

Segundo o Banco Central, o porcentual dos financiamentos imobiliários para pessoas físicas com inadimplência superior a 90 dias tem oscilado em torno de 2% desde o início da década. Ou seja, atrasos no pagamento são cada vez mais frequentes, mas o banco corre para liquidar a operação antes que isso seja visível na inadimplência.

(Estadão - Economia - Notícias - Geral - 27/08/2018)

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7 comentários:

  1. Duvido que seja só 70 mil...O Kaos é certo.Matemática é exata.

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    1. concordo.
      Também desconfio dessa frase que o Banco corre pra liquidar a garantia.
      A gente sabe primeiro da incompetencia e lerdeza duma estatal como a Caixa, depois dos interesses escusos pra isso aí acontecer devagar e não ferir interesses politicos

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  2. E melhor deixar de pagar o bulhudo pelo preço atual,já que ele vai a leilão com desconto de 90% do valor atual...kkkk só trouxa compra imóvel bolhudo de 900 mil que na verdade vale 120.

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  3. Tenho uma estratégia melhor . Deixa ir à leilão e compra pela metade do preço kkkkkj simples assim uai.
    Estratégia de mineiro

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  4. esse gráfico é interessante...

    desde que a bolha estourou em 2012, a Caixa economica vem absorvendo crédito podre, pedalando cada vez mais, se parasse de pedalar o mercado imob desabava, e mesmo que continuasse pedalando ela mesma se punha em risco de solvência, que ato continuo, por ser uma estatal garantida pelo governo federal, pelo tesouro nacional, ela levaria o governo inteiro pra bancarrota, o país quebrando, aí a fórmula é velha conhecida: juros mais alto do planeta, inflação e moeda podre desvalorizada no mercado internacional.

    Somando os maiores bancos temos o volume da conta, cerca de 14 bilhões de reais em crédito podre somente no mercado imob, que comparando-se com o PIB nacional, representa apenas 1% do PIB. Dado o tamanho do país é uma conta que pode ser paga, lentamente, às custas de quem paga imposto, de quem possui real no bolso, às custas da saúde do país, novesfora, isso não impede o comprador do mico se ele pagou os valores da tabela oficial ele vai sofrer as dores do parto de ré dessa grande naba.

    Receba!

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  5. Museu Nacional do RJ ardendo...
    200 anos de história, bem deixando delado um pouco a história,

    Isso é uma boa LEMBRANÇA:

    Custa uma fortuna manter um imóvel por 200 anos, somente o Estado tem condições de arcar com um imóvel cuja rentabilidade é negativa, ou seja, se fosse alugar teria que pagar pra alguém ficar lá, se fosse vender, teria que pagar para o comprador, exceto este pudesse demolir e usar o terreno pra fazer um shopping ou algo assim.

    iMÓVEl por mais bem construído que seja, e aquele foi feito com o melhor da época afinal abrigou a principal familai do país, a Real, não tem como escapar do efeito do tempo: depreciação dos materiais, projeto antiquado, manutenção da coisa toda, de limpeza a pequenos consertos, impostos e taxas, reformas e revitalizações, seguros, outras contas fixas: água, gás, luz, jardinagem. Tudo isto soma uma pequena fortuna, melhor demolir e fazer outro tudo de novo, o custo de demolir vc abate do valor do terreno, ou seja vale menos que um terreno igual só que nu.

    É o chamado ciclo do produto: uma caneta dura semanas, talvez meses, acabou a tinta ninguem recarrega, melhor jogar fora; um carro bem cuidado dura de 10 a 20 anos, passado isso manda pro restauro se valer a pena, um imóvel no original dura uns 50 anos +/- 10 anos, os do centro de SP lá pelos 40 anos, 45, começam a correr risco de abandono e invasão.

    É isto que o corvo esconde nos calculos de compra/venda/financiamento para convencer a pessoa a largar o aluguel pra comprar. Hoje, entre alugar e pagar o preço da tabela oficial, melhor alugar, sme duvida, caso contrário, vc vira mais um numero do que trata este artigo de hoje acima. Comprar, só se for a vista, na base de troca E com enorme desconto frente a tabela E um bairro que não tenha sofrido a sanha eufórica dos novos ricos + velhos especuladortes.

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  6. O responsável por tudo isso se chama SOCIALISMO ( estado inchado) e povo desinformado.

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