“Os empresários estão investindo em maquinário. Mas não está havendo investimento em construção”, [...] E as famílias estão preocupadas. A taxa de desemprego está elevadíssima, as pessoas ficam receosas de se comprometer com financiamento de longo prazo.”
A crise ainda persistente na construção está impedindo uma retomada mais
consistente dos investimentos no País. Após praticamente 51 meses de perdas
acumuladas, a construção civil ficou estagnada em julho em relação ao mesmo
período do ano anterior. Os dados compõem o cálculo do Monitor do PIB, apurado
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os investimentos da construção civil só registraram expansão em abril
(2,7%), considerando-se um período de 4 anos e 4 meses. Já a compra de máquinas
e equipamentos, que mostra recuperação desde o início de 2017, teve crescimento
de 14,1% em julho de 2018 ante julho do ano passado, a 13.ª taxa positiva
consecutiva.
Após praticamente 51 meses de perdas acumuladas, a construção civil ficou
estagnada em julho em relação ao mesmo período do ano anterior.
O empresariado brasileiro vem retomando a modernização do parque
produtivo, mas a recuperação da taxa de investimentos na economia não decola
por conta da paralisação nas obras de infraestrutura e do receio das famílias
em comprometer a renda com financiamento imobiliário diante do cenário ainda
complicado do mercado de trabalho, avaliou Claudio Considera, coordenador do
Monitor do PIB da FGV.
A Formação Bruta de Capital Fixo (indicador usado para medir investimentos
na economia) subiu 4,5% em julho de 2018 ante julho de 2017. A taxa de
investimento em relação ao PIB foi de 17,4% no mês de julho. Em 2013, quando
atingiu o auge da série histórica, essa taxa estava próxima de 21%.
“Os empresários estão investindo em maquinário. Mas não está havendo
investimento em construção”, diz Considera. “Não há obras de infraestrutura. Os
governos não estão construindo. E as famílias estão preocupadas. A taxa de
desemprego está elevadíssima, as pessoas ficam receosas de se comprometer com
financiamento de longo prazo.”
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) espera que os
investimentos tenham desempenho positivo no terceiro trimestre, ajudados por
uma base de comparação fraca, apesar do aumento das incertezas no cenário
doméstico e mundial.
“Vemos uma recuperação cíclica, mas num ambiente menos favorável, tanto
interno quanto externo. É normal que, em alguns casos, os empresários decidam
postergar a decisão de investimentos. Mas não dá para dizer que já esteja
acontecendo”, diz Leonardo Mello de Carvalho, técnico de Planejamento e
Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea. “Por mais
que o ambiente tenha ficado um pouco menos benigno, os efeitos não devem ser
vistos imediatamente.”
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo
(SindusCon-SP) projetava um crescimento de 0,5% no PIB da construção em 2018,
mas agora espera uma retração de 0,6% se o PIB brasileiro crescer 1,4%, e de 1%
caso o PIB suba 1,1%. “A construção civil reage a investimentos e sem isso, não
há possibilidade de melhora no curto prazo. Frente às incertezas econômicas,
revimos para baixo nossa projeção para o PIB da construção de 2018”, diz o
vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan.
A avaliação dos empresários da construção sobre a situação atual está em
72,4 pontos, nível que indica pessimismo (abaixo de 100 pontos), 25,4 pontos
aquém do patamar pré-crise, do segundo trimestre de 2013, mostrou a sondagem da
FGV.
“O fundo do poço ficou para trás, mas está melhorando bem devagarzinho”,
diz Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos na Superintendência de
Estatística Públicas do Ibre/FGV.
Entre os fatores que empurraram o setor de construção para a atual crise
estão o fim de obras de infraestrutura para os grandes eventos esportivos
realizados no País, o ajuste fiscal conduzido por governos federal e regionais,
as investigações da Operação Lava Jato envolvendo grandes construtoras e as
dificuldades enfrentadas pelo mercado imobiliário, diz Ana Maria Castelo. “A crise
econômica foi o golpe de misericórdia.”
(Estadão - Economia - Notícias - Geral - 26/09/2018)
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Porque eles insistem em falar que chegamos no fundo do poço???
ResponderExcluirE porque somente no fundo do poço eles admitem o desastre???? mercado imob com queda real de valor nos ultimos 6 anos (51 meses pras nega deles)
Oras, vai aí nas entrelinhas uma malandragem, segue 2 links que vão entender os porquês...
1- Ricardo Amorim: na economia, o fundo do poço é boa notícia wp.clicrbs.com.br/estelabenetti/2015/08/07/ricardo-amorim-na-economia-o-fundo-do-poco-e-a-boa-noticia/?topo=2
2- Ciclos economicos ver o grafico
http://ricamconsultoria.com.br/news/artigos/como-funcionam-os-ciclos-economicos-e-onde-o-brasil-esta
Na cabeça deles sempre que cai, depois tem que subir, então na verdade o que este artigo mequetrefe está falando é: COMPRE a HORA é AGora, aproveite o fundo do poço para lucrar muito.
Tem 2 erros:
1- Nada garante que esse poço não tenha alçapão, que o imbestimento mico da década se torne mico do século
2- Confundir Inflação de imóvel com valorização de imóvel, no primeiro caso todos sofrem com a inflação, no segundo caso, somente investidores profissionais com décadas de experiencia sabem investir de modo a valorizar, normalmente eles tem empreiteira pra construir/reformar ou sabem ler a dinamica urbana pra onde se desenvolve as cidades e regiões, um assunto complexo onde a sorte manda mais que anos de experiencia, e 1 ano de experiencia manda mais que seculos de estudo. Sardinha que se mete nisso vira aparetivo.
Estamos em Depressão Econômica...Muito diferente de crise.Não aprendem e nem admitem mesmo o Fim.
ResponderExcluirO tempo dirá.
Quem mais pedalou a Bolha???
ResponderExcluirR: Caixa economica Federal, a maior corretora de imóveis do país.
E por quê???
R: noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/10/05/mpf-denuncia-cunha-geddel-alves-e-mais-15-por-fraude-de-r-3-bi-na-caixa-e-no-fgts.htm
Brazil S/A
terra dos esquemas
Erros sucessivos nos últimos governos, paralelamente com um movimento mundial de baixo crescimento econômico... desconfiança geral! Desemprego... pib fraco... povo triste... Fora PT!!!!!!!!
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