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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Exame: A inevitável queda dos preços dos imóveis

No mercado imobiliário brasileiro não se fala em outra coisa. Os preços já não sobem mais. Incorporadoras vendem imóveis com descontos que ultrapassam os 30%, e vendedores de usados já não sentem mais facilidade de passar seu bem adiante.

Mas afinal, os preços chegaram ao topo? Ainda há espaço para mais valorização? Ou a tendência agora é que os preços se acomodem - ou até caiam? Para quem tem um imóvel que se beneficiou da alta valorização nos últimos anos, está na hora de vender e realizar o lucro? "Eu vejo uma estabilidade, com viés de baixa. Vai ocorrer uma reformatação do mercado, com reposicionamento das construtoras com margens consideradas razoáveis", diz o professor João da Rocha Lima Junior, coordenador do núcleo de Real Estate da Poli-USP.

Para ele, a demanda especulativa percebida no mercado anteriormente já não existe mais, o que freia a valorização

"Um freio de demanda gera descontos e joga os preços para baixo", completa o professor.

Já há alguns sinais de desaceleração no mercado imobiliário brasileiro. O Índice FipeZap, que acompanha os preços dos imóveis em sete capitais brasileiras, já vem mostrando retração de preços em algumas cidades e, no mês de abril, seu relatório reafirmava a tendência de desaceleração de preços iniciada em abril de 2011.

Há ainda outros fatores que podem contribuir para a desaceleração e posterior queda de preços. O primeiro trimestre do ano já revelou queda no número de unidades financiadas (em relação ao mesmo período do ano passado) e da velocidade de vendas (em relação aos anos anteriores).

A isso se alia o passo atrás dado pelas incorporadoras que sofreram em seus balanços e na Bolsa, principalmente por conta do descasamento entre o número de imóveis lançados e sua capacidade de entrega - o que também gerou os atrasos na entrega dos imóveis e uma porção de ações na Justiça ao longo de 2011. Agora, as construtoras tentam reajustar seus processos internos para se recuperar.

O economista Luiz Calado se diz pessimista em relação ao mercado daqui para frente quando se refere a quem deseja ganhar com a valorização. "Não acredito que essa trajetória de alta continue, a não ser que estejamos entrando em uma bolha. Temos evidências de desaquecimento e até de quedas de preço. Essa coisa das construtoras venderem imóveis com desconto, não existe isso. Ninguém vende uma cota de um fundo ‘com desconto'. Foi o preço do imóvel que caiu mesmo", observa.

Alex Strotbek, consultor imobiliário da Areal Pires Advogados, também crê que uma estabilização já é visível. É claro que agora já está mais difícil vender, e o endividamento das famílias cresceu muito nos últimos anos - de 27% da renda em 2007 para os atuais 44%. As decisões de compra estão mais ponderadas agora que o preço do metro quadrado está mais alto.

Segundo o vice-presidente do IBEF, Luiz Calado,  "Essa estagnação com queda de preços ainda vai se manter por algum tempo. O PIB do país está se retraindo há meses, e a crise internacional continua. Se esse cenário se consolidar, e o preço dos imóveis começar a cair, será possível aplicar em um investimento atrelado à inflação e usar a renda para pagar aluguel", explica Calado.

"Nós tivemos um excesso de preços em 2010 e 2011, com altas acima do razoável. Havia um excesso de demanda no mercado, até um pouco artificial, forçada por alguma especulação. As construtoras de capital aberto agiram de forma agressiva, e havia muito capital estrangeiro chegando ao mercado brasileiro", explica João da Rocha Lima Junior, do núcleo de Real Estate da Poli-USP.

 (Portal Exame - São Paulo/SP - SEU DINHEIRO - 26/05/2012)

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http://www.youtube.com/results?search_query=verumspectator&aq=f

25 comentários:

  1. Vc faz parte de uma seita?

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  2. Fase 1 do bear market: os profetas do preço infinito chamaram-na "acomodação"
    Fase 2: baixa lenta(tudo indica que estamos nesta)
    Fase 3: estouro da bolha (pânico, créu na velocidade cinco)

    Ricardo Amorim, vc tem certeza de que imóveis são um bom investimento? quantos vc comprou ultimamente para investir? apresente sua carteira agora!

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    1. De toda forma quem comprou imóvel há alguns anos vai aceitar vender porque de todo modo vai ganhar.
      E a compra venda-compra casada/amarrada na próxima aquisição é a combustão que arrasta o preço para baixo.

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  3. Acho que a fase é uma só: a do desespero. Já não sei mais o que fazer para bloquear as dezenas de mensagens via SMS de imobiliárias, construtoras e corretores desesperados oferecendo aqueles mesmos empreendimentos que apareciam nos anúncios como "100% vendido". E as ligações? Recebo ao menos uma ligação a cada dois dias de corretores, imobiliárias e construtoras que sequer conheço. Vai vendo...

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    1. Se você recebe ligações de corretores e imobiliárias é porque em algum momento/dia você os procurou interessado e deixou seus contatos de livre e espontânea vontade. Eles fazem o trabalho deles, já que provavelmente perderam a vez de atendimento num dia de trabalho ao lhe atender.

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    2. Mas Sao completamente despreparados e na maioria dos casos sequer sabem o que estao vendendo. Aqui no Brasil nao e uma profissao, mais um ganha pao de quem nao deu para nada mais na vida. Doi muito ter que pagar 5% deuma vida de trabalho para este nivel de profissional.

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  4. O Mercado esta encontrando o seu ponto de acomodação, não acredito que os imóveis percam valores de mercado e sim em uma estabilização, a não ser em mercados como Rio de Janeiro e Santos que possuem atrativos e oportunidades de negócios como o pré sal por exemplo, os nossos preços estavam defasados a muito e com a melhora da economia do país e o aumento do poder de compra das classes, nos levou para esta elevação de preço nos últimos 7 anos. Com os juros em queda 0.5% na ultima do Copom chegando ao patamar de 8,5% o melhor deste julho 2010 os imóveis passarão à atrair com vais volúpia investidores que buscam de segurança e valorização a médio prazo, ou alguém ainda tem dúvidas sobre quebradeiras no mercado de imóveis? O SPE " sociedade de propósito específico" tem garantido a entrega dos imóveis comprados na planta. Claro que tudo isto depende da economia do pais é básico, qual o nosso rumo? E que os gestores consigam equilibrar a Europa.

    Venha investir em Brasília: www.imoveisdf.imb.br

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    1. Cara, vc escreve MUITO MAL !!! Por isso é corretor? Não estudou?

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    2. Claro que estamos falando de um ano atrás, mas você ainda mantém a opinião com os juros quase em 11%? Para que vou comprar um imóvel se uma LCI/LCA me dá 0,9% a.m liquido? Utilizo parte do dinheiro do juro e pago um aluguel esperando os imóveis caírem ou permanecerem o mesmo preço que gera de qualquer forma depreciação. É inexorável.

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  5. estabilização que nada, estão entrando em liquidação

    sem pedir nada a corretora da Lopes me mandou um e-mail imenso falando em liquidação com preços no minimo 10% menores

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  6. Aqui em Brasília é nítida a dimiuição de negócios no mercado imobiliário. Os salários dos servidores não aumentam faz 3 anos, a iniciativa privada nem se fala, então a máquina propulsora da compra de imóveis (servidor público) parou. Outro ponto relevante é a quantidade de construções que serão entregues sem ter público com poder de compra para tais empreendimentos. A única alternativa será a queda dos preços em patamares de 30% para o retorno a normalidade dos negócios.

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  7. moro em vitória espirito santo e pretendo comprar meu primeiro apartamento. estou dando preferencia para apartamentos usados porque o preço está bem melhor. mas estou com muito medo de os preços despencarem em 2013. será q devo esperar mais 01 ano?

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    1. Cara Raquel:

      A queda dos preços dos imóveis é inevitável, pois atingiram valores irreais. Para se ter uma ideia, algumas construtoras já estão praticando descontos de 36% sobre o valor de tabela para imóveis novos (informação do jornal Estadão divulgada pelo blog).

      Assim, aconselhamos cautela e muita pesquisa para aqueles que pretendem adquirir um imóvel nesse momento.

      Continue nos acompanhando.

      Um abraço,

      Observador

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    2. Raquel, a queda de precos vai depender muito da localizacao. Nao acredito que os valores de imoveis em regioes com pouca oferta caiam. Comprei um apto na planta ha um em um bairro da zona sul de bh que possiu pouca oferta de terrenos. Se tivesse esperado mais nao conseguiria comprar. A ultima unidade foi vendida por 121.000 a mais do que paguei. Nao juntaria essa diferenca em 01 ano. Vc tem q saber o que e onde comprar.

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    3. Caro "Anônimo": Também sou de BH, e o que estamos vendo aqui é um "mar" de placas de vende-se e aluga-se, a maioria a mais de um ano, e nada! Recebo uma média de três mensagens de SMS por dia de imobiliárias e construtoras oferecendo os mesmos empreendimentos que diziam estar "100% vendido" a um ano atrás...recebo constantemente telefonemas de imobiliárias e construtoras com as quais jamais tive contato. Resolvi então fazer um teste e, em um único empreendimento, consegui um desconto inicial de 20% sobre a tabela, sem qualquer esforço, só por ter ido ao estande. Alguns prédios de BH estão parecendo folheto de supermercado de tanto anúncio. Todas as pesquisas do Ipead sobre o mercado de construção vêm mostrando quedas consecutivas nas vendas. Em um único mês, BH registrou queda de 42% nas vendas e corte de 16 mil vagas na construção. (a informação foi divulgada aqui também). Ou seja: ou você não mora em BH, ou é corretor...

      Valeu pela tentativa.

      Fábio Martins

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    4. Pessoal, esta vergonha tem que acabar, concordo com o Fábio Martins, o que se vê é uma especulação das maiores.

      Também sou de BH e os imóveis estão todos encalhados nos cartéis montados por imobiliárias que praticam preços absurdos, meros "pombais e barracos" a preço de ouro por centímetro quadrado.

      Como as imobiliárias pequenas praticavam "preços menores", foram montados os cartéis, rede de imobiliárias que não passam de especuladoras do mercado para elevarem os valores nas alturas e ai se deu por efeito cascata as menores também aumentaram os preços.

      Estes corretores querem ganhar fácil, o dinheiro suado do trabalhador que sofre para junta-lo para adquirir um imóvel.
      Alem do mais, colocam na cabeça dos proprietários desinformados, que os imóveis deles valem fortunas e nunca conseguem vender.
      Eu quero ver é o bicho pegar, Imobiliárias corruptas quebrando uma atrás da outra até o fim.

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    5. Hummm tá magoada bem!! Quanto ódio neste coraçaozinho com as imobiliárias. Ou é alguém que não soube fazer um negócio lucrativo, ou é um comprador sem dinheiro para comprar o imóvel sonhado ou então é um corretor frustrado.

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  8. Acredito que o mercado imobiliário atingirá o valor real dos imóveis.
    A situação é uma só, dos imóveis a venda desde dezembro do ano passado, 80% continua somente no anúncio. Não existe oferta e assim sendo, não há intenção de compra.
    O valor dos imóveis certamente reduzirão na metade até dezembro deste ano.
    Apesar das imobiliárias e corretores falarem que isto é boato e que estão vendendo muito ... pura conversa de vendedor ... a intenção é vender e não a de aceitar a realidade do mercado.

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  9. Realmente os inóveis já estão em queda e concordo com amigo muita oferta de imóvel e um alto contraste no valor do metro quadrado. Hoje existe anúncio de imóveis em um mesmo edifício de 3.500 a 6.000 o metro. O CALO imobiliario virou uma BOLHA e logo estoura. Abçs. Freitas.

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  10. Leitores do blog, Estamos vivendo momentos de ruptura da bolha imobiliária e de crédito brasileira. O assunto caiu na boca do povo. A mídia já fala do assunto. Os corretores estão desesperados. O mercado de veículos financiados já entrou em declínio e o de imóveis segue junto. O endividamento do brasileiro é recorde, nunca antes visto em níveis tão elevados. Agora é questão de pouco tempo para o desespero dos repassadores de ágio. Vamos assistir de camarote a entrega dos empreendimentos lançados em 2009, 2010 e 2011, com preços bolhudos. Em Brasília iremos ver o desespero dos repassadores de ágio do setor noroeste e do Park Sul no Guará, bem como dos empreendimentos de Samambaia, Gama e Águas Claras, enfim, toda a nossa cidade. Os imóveis de baixa renda no entorno tem índices de devolução incríveis. Ninguém avisou à população de baixa renda que a prestação de 300, 400 reais vira de 600, 700, 800 após a entrega das chaves (também não avisaram que as chaves tinham reajuste). Enfim, o cenário começa a virar. Não tenho mantido atualizado o blog. Recomendo a todos que acompanhem o desenrolar dos fatos pelo blog www.bolhaimobiliaria.com . Quem quiser se manter informado sobre econômia, recomendo que leia os blogs www.mises.org.br, blogdoklebers.blogspot.com e rodrigoconstantino.blogspot.com. Agradeço a todos por prestigiarem o blog. Abçs
    Postado por Pedro Júnior às 16:36

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  11. Os imóveis tiveram alta expressiva por mera especulação imobiliária. Agora a tendência é de estagnação e rendimento menor. Comprei um apartamento na planta em setembro/2010 (na alta) e agora posso observar que o valor apenas e tão somente teve o reajuste do INCC sem qualquer outra revalorização adicional.

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  12. É mais barato comprar um apt em Tóquio, Paris ou NY, do que em SP e outras cidades.
    E depois dizem que os imóveis não estão fora da realidade.
    Apts de 3 quartos com 50 m^2. Apts não, cubículos.

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  13. Ano e meio depois... Continuam subindo!

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  14. aqui é diferente porque o brasileiro gosta de pagar sempre a mais.
    se o brasileiro ja paga 20mil num carro pequeno, sem nada, e o mais simples, imagina quanto ira pagar por um imovel pequeno, sem nada num bairro simples.
    agora que o preco chegou nesse nivel, pode nao subir mais... mas nao vai cair.
    porque sempre vai haver um idiota que sustente isso.

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  15. Ano e meio depois... Continuam subindo! (2)

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