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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Estadão: Colapso da bolha imobiliária brasileira preocupa BIS

A expansão de crédito, que levou o Brasil a um boom imobiliário, vai repetir o cenário de colapso registrado nos últimos anos nos EUA, Irlanda ou Espanha, segundo o Banco de Compensações Internacionais - BIS.

A entidade constata que os preços de imóveis no Brasil quase dobraram desde a crise do subprime. Casos como o do Rio de Janeiro, com mais de 100% de aumento, e de São Paulo, com incremento de 80%, são destacados pelo BIS, além da situação em Pequim e Xangai. Para a entidade, esses valores bateram recordes históricos.

Um dos impactos é a expansão desproporcional do setor da construção. "O aumento de preços das propriedades leva ao aumento rápido da construção. Esses desequilíbrios precisam ser resolvidos se essas economias querem ter um crescimento sustentável", alertou.

O BIS lembra que, na Europa, o colapso do setor imobiliário escancarou fraquezas estruturais de países. O banco lembra que, na Irlanda, o colapso do setor imobiliário elevou o desemprego de 8,6% em 1997 para 13% em 2007. Na Espanha, passou de 10% para 24%.

 
Endividamento
Outra preocupação decorrente desse cenário de expansão turbinada por crédito é o tamanho dívida doméstica de emergentes. "A porção do PIB que famílias e empresas no Brasil, China e Índia estão alocando para o serviço da dívida está em seu nível mais alto desde o fim dos anos 90", apontou.

"Medidas do custo do serviço da dívida sugerem que níveis altos de dívidas podem ser um problema", indicou o banco. "Nesses mercados emergentes, desequilíbrios parecem estar se construindo", diz. "Em vários casos, preços de imóveis e de outros ativos aumentaram, enquanto o endividamento privado e custos do serviço da dívida aumentaram bem acima da tendência."

Mais uma vez, a expansão de créditos está camuflando problemas. Segundo o BIS, as contas de vários países emergentes estão sendo falsamente fortalecidas por booms potencialmente insustentáveis de crédito e ativos.
O BIS não poderia ser mais claro: se a economia dos emergentes perder ainda mais fôlego, esses problemas se transformarão em crise. "Se os recentes sinais de desaceleração da economia persistiram, o horizonte fiscal para as economias emergentes poderia rapidamente escurecer."

(O Estado de S. Paulo - São Paulo/SP - NOTÍCIAS - P. B4 - 25/06/2012)

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10 comentários:

  1. http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/06/27/setor-imobiliario-alerta-para-estagnacao-a-frente.jhtm

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  2. Saiu no Correio Braziliense hoje que os preços caíram 20%. Se a imprensa que é em boa parte financiada pelas construtoras já admite a queda é porque os preços vão cair ainda mais! Agora é o momento de juntar dinheiro para daqui a pouco comprar as "galinhas mortas".

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  3. Economia brasileira e o mercado imobiliário

    A respeito do artigo que trata do estouro da bolha imobiliária brasileira, gostaria de sanar algumas dúvidas, fruto de leitura de artigos de outros analistas que também escreveram sobre o assunto e que, pelos motivos que sintetizo abaixo, não temem o estouro de uma bolha imobiliária.

    1-A verificação de que bolhas imobiliárias envolvem forte atividade de construção, o que pode ser medido pelo consumo anual de cimento per capita em cada país.
    Consta não ter sido detetado nenhum estouro de bolha com consumo anual de cimento inferior a 400 quilos per capita. Na Europa, em alguns países, o consumo é de 1,2 mil quilos e na China atual, o consumo é superior a 1,6 mil quilos, sem estouro de bolha. No Brasil, o consumo é de cerca de 350 quilos.

    2-A constatação de que uma bolha imobiliária se caracteriza por uma relação elevada entre preços dos imóveis e capacidade de pagamento das pessoas.
    Se considerarmos quantos anos de salários são necessários para comprar um imóvel de preço médio nas principais cidades do mundo, nenhuma cidade brasileira está hoje entre as 20 mais caras.
    Brasília, a mais cara do País, ainda é duas vezes e meia mais barata do que a capital de Marrocos, a mais cara do mundo.

    3-Uma bolha inflacionária ocorre quando a oferta de crédito é por demais abundante.
    O crédito abundante possibilita que investidores comprem algo que não poderiam comprar com seu rendimento habitual.
    Foi constatado que todas as bolhas imobiliárias estouraram quando o total do crédito imobiliário superava 50% do PIB e, em alguns casos, passava de 130% do PIB. .
    Nos EUA, em 2006, um ano antes dos preços começarem a cair, era de 79% do PIB. No Brasil, apesar de todo o crescimento dos últimos anos, esse número é hoje de apenas 5% do PIB.

    4-As bolhas imobiliárias têm ocorrido quando há uma grande diminuição na oferta de crédito e, simultaneamente, um aumento do custo deste crédito.
    Esta não é a situação do Brasil, pois aqui o crédito imobiliário está em expansão e os juros em queda.

    5-Não há perspectiva de que os preços dos imóveis continuem a subir no ritmo dos últimos anos, havendo mesmo uma tendência de ajuste nos preços, inclusive para níveis pouco abaixo.
    Esses ajustes seriam considerados saudáveis e responsáveis pela restauração do equilíbrio do mercado, garantindo que possamos vislumbrar um futuro sem estouro de bolha imobiliária.

    Atenciosamente

    Luiz Paulo Guimarães

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    1. Hahahaha... Aqui em Curitiba, se vc ganha R$ 7.000,00 por mes, vc compra um uma kitinete ou um apartamentinho de 50m2. Casas de classe média, com 35 anos de uso ou um apartamento de 130m2 na planta custam na média de R$ 600.000,00. ou seja, se eu ganho R$ 7.000,00, e não gastar em absolutamente nada, preciso economizar por 86 meses p poder comprar à vista, uma vez que a CEF só financia aprox R$ 240.000,00 desse valor. Ou seja... vc está muitíssimo enganado e existe BOLHA SIM!!!!! Ao contrário do que vc diz, a Bolha brasileira não seria igual à americana. Porém o problema aqui é que o capital investido não é nacional. Muito do dinheiro das incorporadoras é de capital estrangeiro e não é a toa que as ações destas empresas estão caindo vertiginosamente. E se as vendas continuam a cair, a tendência é de queda nos investimentos (como é a previsão de queda de novos projetos). Particularmente creio que a bolha uma hora estoure, mas será após a copa apenas, onde ficaremos com uma dívida inimaginável, pois a nossa economia NÃO É SUSTENTAVEL, pois não investimos em educação e no parque industrial. Hj no Brasil é melhor importar o produto pronto da China a produzir aqui e assim teremos menos empregos inclusve no setor imobiliário, face à demanda pqna e uma crescente estagnação da nossa economia. Se não concorda, aguardemos alguns meses!!

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    2. Concordo com o comentario de Anonimo acima, nos so veremos o estrago apos a Copa, pois ate la o governo estara investindo em infraestrutura e mantendo a economia aquecida, quando a festa acabar e tivermos que mirar a nossa divida estratosferica, ai teremos um cenario europeu. E viva os emergentes!

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  4. só cego pra não enxergar, e muito cinismo pra negar!

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  5. Resposta tipica de corretor ou investidor ou ligado a rede... tentando justificar com estatistica incompativel o obvio... os preços no brasil são insustentáveis... e pronto...
    Chega dessa cadeia psicologica fracassada, preços e margens monstruosas. Veja o imperio de insustentabilidade ruir em poucos meses, ano novo tá aí, sua obra da planta não vai sair, os que estão para venda vão te gerar despesa insustentável e o fisco tá de olho na maior fatia do bolo que adquiriu no ultimos 5 anos... inclusive esse ano sua bmw,mercedez... vai te cobrar um IPVA que vc não ganhou em 2012... e sua casa de 1,5 milhão vai te gerar um IPTU e lembre-se que na quebradeira o valor venal abaixo do real vai ter seu preço...
    Cambada de vagabundos que não agregam nenhum valor, não produzem nada... chega de lucro... Brasil é hora do comprador... paguem o que é de real valor chega de margens monstruosas e luxo insustentavel para esse mercado, comecem negociando a 30% 40% do valor... que ainda assim a construtura tem lucro... e um trabalhador pode pagar...

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    1. Amigo,concordo com voce e sofro de algo que voce poderia me ajudar...em 2006 um apartamento na vila madalena SP custava em media 120 a160 mil hoje o mesmo ap estao pedindo algo em torno de 600 mil...eu nao tenho residencia propria estou morando em londes desde 2009...mas como pode um absurdo desse?falam que preco subiram 86%?eh lokura isso...quero ter meu imovel mas nao tenho coragem de pagar por 30 anos,penso errado?...logo faco 32 anos e preocupo,porque mesmo com todo esse financiamento e obras ainda havera um deficit absurdo de residencias?o que vale mais;ficar rico e ter uma boa aposentadoria ou entrar num financiamento desses e nao ter controle do dinheiro?abracos..

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    2. Honestamente, se acreditamos que ha bolha imobiliaria, o melhor a fazer e esperar e continuar juntando dinheiro. De um prazo a si mesmo e acompanhe os precos. Provavelmente, seguindo as previsoes, os precos de imoveis, que ja pararam de subir, devem cair. Apos a Copa e/ou Olimpiadas no Brasil os precos terao que se ajustar a realidade brasileira que sera de muita divida. Espero ter ajudado. Abracos

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  6. Outra questão importanticima é a qualidade dos imoveis que estão vendendo por uma fortuna, vamos começar por uma casa de 300 mil na periferia de são paulo: garagem para um veiculo sem cobertura,terreno de no maximo 70 metros quadrado,portões e janelas feitos de ferro 0.90,o mais fino que existe e uma mijada de cachorro ja éra,calçadas no piso rustico, quintal dos fundos já com lavanderia com 6 metros quadrados,as suites são tão pequenas que se for fazer as nessecidades polui o quarto,pisos e revestimentos de no maximo 10 reais o metro,lavabos feitos debaixo da escada; e para resumir; para adiquirir um imovel deste,a pessoa terá que ter uma renda de 9.000 reais,gastar 45.000 de imediato com documentos e entrada e suaves prestações de 2.700 reais.

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