Total de acessos

Teste

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Valor: Pessimismo toma conta da construção

A queda dos lançamentos imobiliários acima do esperado pelo mercado no segundo trimestre, apontada pela maioria das prévias operacionais já divulgadas pelas incorporadoras de capital aberto, acirrou o pessimismo em relação ao desempenho do setor no curto prazo, que havia ganhado força nas duas últimas temporadas de balanço.

As incertezas se acentuam ainda mais quando se considera que os lançamentos do segundo semestre dependerão tanto da decisão das próprias empresas, neste momento difícil vivido pelo setor e de desaceleração do crescimento econômico, quanto do ritmo de liberação de projetos pelas prefeituras, que pode ser influenciado pela proximidades das eleições.

Das incorporadoras que divulgaram prévias operacionais até o fechamento desta edição - PDG Realty, Cyrela Brazil Realty, Even, Gafisa, Direcional (sem considerar os projetos para a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida), Rodobens Negócios Imobiliários e Rossi Residencial -, apenas a Rodobens não apresentou queda nos lançamentos ante o segundo trimestre de 2011.

O mercado reagiu mal aos números apresentados. Em uma semana, as ações da PDG caíram 5,03%, da Cyrela, 7,65%, da Gafisa, 4,1% e da Rossi, 18,24%.

De modo geral, as reduções do Valor Geral de Vendas (VGV) foram drásticas: PDG apresentou queda de 80,3%, Even, de 71%, Gafisa, de 60%, Rossi, de 42,6%, Cyrela, de 34% e Direcional, de 26,7%.

Novas reduções ocorrerão em 2012
Seja por decisão das incorporadoras ou atraso na obtenção de licenças, novos cortes de metas de lançamentos poderão ser anunciados. A Rossi, por exemplo, precisaria lançar R$ 1,5 bilhão por trimestre - nível sem precedentes para a companhia, conforme o Barclays Capital - para atingir seu "guidance" (meta), de R$ 4,3 bilhões a R$ 4,9 bilhões. Segundo o banco, apesar de a Rossi ter entregado 28% de sua meta para o ano, as chances de corte na projeção são grandes, devido à necessidade de preservar caixa e reduzir a pressão na execução.

No segundo trimestre, a queda apresentada nos lançamentos da maior parte das companhias se refletiu nas vendas contratadas do setor no trimestre. O que foi comercializado pelo setor refere-se a estoques. No caso da PDG, por exemplo, a venda de estoques chegou a 92% do total

Nesse cenário de desaceleração do ritmo de lançamentos, algumas incorporadoras, como Cyrela, Rossi e Tecnisa fizeram cortes em sua folha de pagamento. Em junho, a Cyrela cortou 70 pessoas como parte do processo de unificação das áreas administrativas das divisões Cyrela, de médio e alto padrão, e Living, do segmento econômico. Conforme fonte, a Rossi demitiu 100 pessoas, como consequência de sua decisão de reduzir as operações regionais em que atua. A Rossi não se posiciona sobre o assunto.

A Tecnisa demitiu 30 pessoas há um mês. Segundo o diretor de Recursos Humanos da Tecnisa, Marcello Zappia, o corte representa 4% do quadro administrativo e 1% do efetivo, e não está relacionado à desaceleração de lançamentos, mas a modelo baseado na "meritocracia", ou seja, no mérito das pessoas, utilizado pela incorporadora para mapear o desempenho dos colaboradores. Ele cita que, em junho, foram contratadas seis pessoas para áreas específicas que estão em crescimento na sede.

(Valor Econômico - São Paulo/SP - EMPRESAS - 13/07/2012 - Pág. B7)

VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK

4 comentários:

  1. Venda de imóveis usados em São Paulo recua em maio, mas locação cresce

    Na comparação de maio com abril, as locações aumentaram 4,38% e as vendas caíram 4,91% no Estado de São Paulo

    18 de julho de 2012 | 15h 24
    Circe Bonatelli, da Agência Estado

    SÃO PAULO - A locação de imóveis residenciais usados cresceu em maio no Estado de São Paulo, enquanto as vendas recuaram. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, em pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Crecisp) feita com 1.440 imobiliárias de 37 cidades paulistas.

    Em maio, foram alugadas 3.352 casas e apartamentos, 4,38% a mais que em abril. Com isso, o mercado de locação voltou a crescer após três meses seguidos de queda. Nos primeiros cinco meses do ano, porém, esse segmento avançou 10,75%.

    Já as vendas de imóveis residenciais usados apresentaram movimento contrário ao de locação. Em maio, as vendas caíram 4,91% em comparação com abril, após três meses seguidos de crescimento. No acumulado do ano, as vendas tiveram queda de 4,86%.

    As oscilações nos dois mercados foram consideradas naturais pelo presidente da Crecisp, José Augusto Viana Neto, mesmo após a mudança na direção dos resultados mensais. Segundo afirmou em nota, o ciclo de queda de juros e a perda da rentabilidade de outras aplicações financeiras continuarão a manter o interesse pelos investimentos em imóveis.

    "Comprar um imóvel usado, mais barato que um novo, e alugá-lo para ter renda mensal continua sendo um investimento seguro", afirma. "É até possível que o interesse por imóveis usados aumente à medida que fique mais clara a perda de rentabilidade das aplicações financeiras".

    Locações

    Os imóveis mais alugados em maio em São Paulo foram os de valor mensal de até R$ 800, que representaram 51,3% do total de contratos assinados nas imobiliárias pesquisadas pelo Crecisp. Já na capital paulista, a predominância é daqueles imóveis com aluguel de até R$ 1.200, respondendo por 58,7% dos contratos.

    Em maio, o volume de novos contratos de aluguel cresceu na capital paulista (19,5%) e no interior (3,1%), mas caiu no litoral (-3,4%) e na região metropolitana (-11,6%). A inadimplência aumentou 2,82% de abril para maio ao passar de 3,54% para 3,64% do total dos contratos em vigor.

    Vendas

    As vendas caíram em maio na cidade de São Paulo (-19,1%), no interior (-0,2%) e no litoral (-12,1%), mas subiram na região metropolitana (11,4%).

    Do total de vendas na capital paulista, 75,7% foram de imóveis com preço médio final superior a R$ 200 mil. O crédito bancário respondeu por 55,6% das vendas na capital.

    ResponderExcluir
  2. Com os preços dos imóveis fora da realidade ( embora já caindo como esta sendo percebido )é muito mais negócio alugar e ficar esperando um melhor momento para fazer a compra.
    Agora, eu duvido que muitos desses imoveis que, estão sendo alugados, foram comprados atualmente para tal finalidade. Quem compraria um imóvel hoje, com esses preço, só para alugar ? Não compensa. Esses são imóveis que já estavam no mercado para locação.
    Quanto ao presidente do Crecisp falar em perdas das aplicações financeiras, é um exemplo de profunda ignorância. Investir em fundos imobiliários hoje é muito melhor que investir em imóveis. Quem conhece e investe sabe muito bem do que estou falando ( não tem IR ). Sem dizer que, o tesouro direto teve papéis que já valorizaram mais de 40% no ano. Quem sabe administrar o dinheiro sabe que o segredo é , e , sempre foi diversificar. Colocar todos os ovos numa mesma cesta sempre foi loucura.

    ResponderExcluir
  3. Cara o seu blog é muito bom!
    Já coloquei nos meus favoritos!
    Achei ele pelo link no estadão:
    http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,construcao-de-moradias-nos-eua-atinge-nivel-mais-alto-desde-outubro-de-2008,119642,0.htm

    ResponderExcluir
  4. Uma hora iria acontecer...fora da realidade, tudo baseado no crédito fácil, sem planejamento por parte da maioria dos comparadores...agora é esperar a forte queda.
    Daí eu entro e compro um apêzinho...

    ResponderExcluir