As incertezas se acentuam ainda mais quando se considera que os lançamentos do segundo semestre dependerão tanto da decisão das próprias empresas, neste momento difícil vivido pelo setor e de desaceleração do crescimento econômico, quanto do ritmo de liberação de projetos pelas prefeituras, que pode ser influenciado pela proximidades das eleições.
Das incorporadoras que divulgaram prévias operacionais até o fechamento desta edição - PDG Realty, Cyrela Brazil Realty, Even, Gafisa, Direcional (sem considerar os projetos para a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida), Rodobens Negócios Imobiliários e Rossi Residencial -, apenas a Rodobens não apresentou queda nos lançamentos ante o segundo trimestre de 2011.
O mercado reagiu mal aos números apresentados. Em uma semana, as ações da PDG caíram 5,03%, da Cyrela, 7,65%, da Gafisa, 4,1% e da Rossi, 18,24%.
De modo geral, as reduções do Valor Geral de Vendas (VGV) foram drásticas: PDG apresentou queda de 80,3%, Even, de 71%, Gafisa, de 60%, Rossi, de 42,6%, Cyrela, de 34% e Direcional, de 26,7%.
Novas reduções ocorrerão em 2012
Seja por decisão das incorporadoras ou atraso na obtenção de licenças, novos cortes de metas de lançamentos poderão ser anunciados. A Rossi, por exemplo, precisaria lançar R$ 1,5 bilhão por trimestre - nível sem precedentes para a companhia, conforme o Barclays Capital - para atingir seu "guidance" (meta), de R$ 4,3 bilhões a R$ 4,9 bilhões. Segundo o banco, apesar de a Rossi ter entregado 28% de sua meta para o ano, as chances de corte na projeção são grandes, devido à necessidade de preservar caixa e reduzir a pressão na execução.
No segundo trimestre, a queda apresentada nos lançamentos da maior parte das companhias se refletiu nas vendas contratadas do setor no trimestre. O que foi comercializado pelo setor refere-se a estoques. No caso da PDG, por exemplo, a venda de estoques chegou a 92% do total.
Nesse cenário de desaceleração do ritmo de lançamentos, algumas incorporadoras,
como Cyrela, Rossi e Tecnisa fizeram cortes em sua folha de pagamento. Em
junho, a Cyrela cortou 70 pessoas como parte do processo de unificação das
áreas administrativas das divisões Cyrela, de médio e alto padrão, e Living, do
segmento econômico. Conforme fonte, a Rossi demitiu 100 pessoas, como
consequência de sua decisão de reduzir as operações regionais em que atua. A
Rossi não se posiciona sobre o assunto.
A Tecnisa demitiu 30 pessoas há um mês. Segundo o diretor de Recursos Humanos da Tecnisa, Marcello Zappia, o corte representa 4% do quadro administrativo e 1% do efetivo, e não está relacionado à desaceleração de lançamentos, mas a modelo baseado na "meritocracia", ou seja, no mérito das pessoas, utilizado pela incorporadora para mapear o desempenho dos colaboradores. Ele cita que, em junho, foram contratadas seis pessoas para áreas específicas que estão em crescimento na sede.
(Valor Econômico - São Paulo/SP -
EMPRESAS - 13/07/2012 - Pág. B7)
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Venda de imóveis usados em São Paulo recua em maio, mas locação cresce
ResponderExcluirNa comparação de maio com abril, as locações aumentaram 4,38% e as vendas caíram 4,91% no Estado de São Paulo
18 de julho de 2012 | 15h 24
Circe Bonatelli, da Agência Estado
SÃO PAULO - A locação de imóveis residenciais usados cresceu em maio no Estado de São Paulo, enquanto as vendas recuaram. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, em pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Crecisp) feita com 1.440 imobiliárias de 37 cidades paulistas.
Em maio, foram alugadas 3.352 casas e apartamentos, 4,38% a mais que em abril. Com isso, o mercado de locação voltou a crescer após três meses seguidos de queda. Nos primeiros cinco meses do ano, porém, esse segmento avançou 10,75%.
Já as vendas de imóveis residenciais usados apresentaram movimento contrário ao de locação. Em maio, as vendas caíram 4,91% em comparação com abril, após três meses seguidos de crescimento. No acumulado do ano, as vendas tiveram queda de 4,86%.
As oscilações nos dois mercados foram consideradas naturais pelo presidente da Crecisp, José Augusto Viana Neto, mesmo após a mudança na direção dos resultados mensais. Segundo afirmou em nota, o ciclo de queda de juros e a perda da rentabilidade de outras aplicações financeiras continuarão a manter o interesse pelos investimentos em imóveis.
"Comprar um imóvel usado, mais barato que um novo, e alugá-lo para ter renda mensal continua sendo um investimento seguro", afirma. "É até possível que o interesse por imóveis usados aumente à medida que fique mais clara a perda de rentabilidade das aplicações financeiras".
Locações
Os imóveis mais alugados em maio em São Paulo foram os de valor mensal de até R$ 800, que representaram 51,3% do total de contratos assinados nas imobiliárias pesquisadas pelo Crecisp. Já na capital paulista, a predominância é daqueles imóveis com aluguel de até R$ 1.200, respondendo por 58,7% dos contratos.
Em maio, o volume de novos contratos de aluguel cresceu na capital paulista (19,5%) e no interior (3,1%), mas caiu no litoral (-3,4%) e na região metropolitana (-11,6%). A inadimplência aumentou 2,82% de abril para maio ao passar de 3,54% para 3,64% do total dos contratos em vigor.
Vendas
As vendas caíram em maio na cidade de São Paulo (-19,1%), no interior (-0,2%) e no litoral (-12,1%), mas subiram na região metropolitana (11,4%).
Do total de vendas na capital paulista, 75,7% foram de imóveis com preço médio final superior a R$ 200 mil. O crédito bancário respondeu por 55,6% das vendas na capital.
Com os preços dos imóveis fora da realidade ( embora já caindo como esta sendo percebido )é muito mais negócio alugar e ficar esperando um melhor momento para fazer a compra.
ResponderExcluirAgora, eu duvido que muitos desses imoveis que, estão sendo alugados, foram comprados atualmente para tal finalidade. Quem compraria um imóvel hoje, com esses preço, só para alugar ? Não compensa. Esses são imóveis que já estavam no mercado para locação.
Quanto ao presidente do Crecisp falar em perdas das aplicações financeiras, é um exemplo de profunda ignorância. Investir em fundos imobiliários hoje é muito melhor que investir em imóveis. Quem conhece e investe sabe muito bem do que estou falando ( não tem IR ). Sem dizer que, o tesouro direto teve papéis que já valorizaram mais de 40% no ano. Quem sabe administrar o dinheiro sabe que o segredo é , e , sempre foi diversificar. Colocar todos os ovos numa mesma cesta sempre foi loucura.
Cara o seu blog é muito bom!
ResponderExcluirJá coloquei nos meus favoritos!
Achei ele pelo link no estadão:
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,construcao-de-moradias-nos-eua-atinge-nivel-mais-alto-desde-outubro-de-2008,119642,0.htm
Uma hora iria acontecer...fora da realidade, tudo baseado no crédito fácil, sem planejamento por parte da maioria dos comparadores...agora é esperar a forte queda.
ResponderExcluirDaí eu entro e compro um apêzinho...