O grupo atuava em Londrina desde 2009 e tinha 14 condomínios lançados e dois terrenos em negociação.
Tomazetti explica que o golpe era dado tanto naqueles que vendiam a área para o empreendimento quanto naqueles que compravam os lotes dos imóveis. Pelo terreno, de acordo com o comerciante, a construtora oferecia uma entrada parcelada e o restante a ser pago em imóveis de empreendimentos de luxo dos quais era dona. “Ele [Carlos Oliveira] mostrava o folder e pedia um tempo para entregar os imóveis e completar o pagamento. Ele ainda dizia que se não cumprisse o prazo de entrega pagaria 10% de multa e mais R$ 1 mil de aluguel enquanto não entregasse”, relata. Graças a uma cláusula, incluída no contrato por alguns advogados, vítimas estão conseguindo reaver as áreas por meio de reintegração de posse.“Chamei a reunião para explicar a gravidade do que estava acontecendo, porque muitos acreditavam que ele [dono da construtora] ainda iria dar andamento aos empreendimentos”, conta. Segundo ele, muitas pessoas passaram mal quando perceberam a gravidade da situação. “Tem gente que investiu mais de R$ 1 milhão, gente que investiu R$ 500 mil em material de construção, gente que trocou equipamentos como tratores, moto-niveladora.”
Já as pessoas que compravam os lotes, fizeram investimentos altos em imóveis que, segundo Tomazatti, nunca saíram do papel. Ele comprou uma casa para a filha no condomínio Imperial Boulevar, na Gleba Palhano. “Era um imóvel de encher os olhos, com 250 metros quadrados, suíte master, duas suítes simples, home theater, home office, biblioteca”, relata. O comerciante não quis falar o valor do seu prejuízo, mas afirma que lhe foi dado como garantia uma área rural em outra cidade que estava hipotecada. “Agora terei que executar a hipoteca.”
Durante a reunião, as vítimas foram divididas em 12 grupos e com seus advogados vão buscar a melhor saída para tentar reaver os prejuízos. “Há quatro modalidades de ações com as quais é possível ingressar na Justiça: individual, para quem tem hipoteca, por associação e coletiva.”
Os trabalhadores nas obras dos empreendimentos da construtora Iguaçu do Brasil também estão apreensivos com a situação da empresa. “Queremos garantir todos os nossos direitos: férias, 13º salário, fundo de garantia, baixa da carteira se a empresa não for voltar”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracom), Denilson Pestana.
Segundo ele, desde novembro do ano passado, os trabalhadores não estavam recebendo corretamente. “Ou atrasam o salário, ou atrasam o vale, ou atrasam o vale compra”, relata Pestana. Há um ano e meio trabalhando nas obras da construtora, o operador de máquinas José Roberto da Silva afirma que aguarda pagamento de salário atrasado para hoje. “Dizem que vão pagar hoje, vamos ver.” Segundo ele, em janeiro começaram a não pagar. “O cheque do pagamento começou a voltar.”
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vcs aí estão fazendo um excelente trabalho junto com o www.bolhaimobiliaria.com
ResponderExcluirCaro(a) leitor(a):
ResponderExcluirAgradecemos pelas palavras de incentivo, e continue nos acompanhando.
Um abraço.
Observador