Isso significa
que o metro quadrado de área útil de um imóvel de dois dormitórios, cotado em
média a R$ 6,4 mil em dezembro, tinha recuado para R$ 5,9 mil em março. Nos
imóveis de três quartos a retração no primeiro trimestre foi de 5%. Houve retração também nos imóveis de quatro quartos. "Provavelmente,
a queda de preço reflete a dificuldade de venda, a falta de liquidez", diz
Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp.
"Enxurrada" de promoções
O que se viu desde o fim de 2012 foi uma
enxurrada de promoções inusitadas no mercado para impulsionar vendas e enxugar
estoques. Em meados de março, a Cyrela, por exemplo, anunciou a venda
de apartamentos de dois e três dormitórios em Santos (SP), com preço de 2010. "Foi a
primeira vez que isso ocorreu", diz Carlos Valadão, presidente da Eugênio
Marketing Imobiliário.
No mês
passado, a Even cortou os preços de imóveis residenciais e comerciais, numa
promoção, prorrogada até hoje, com descontos de até 30%.
Já a
construtora Trisul, além de reduzir preços em até 25% de 800 imóveis desde 1.º
de março, decidiu pagar as despesas com escritura e a mudança dos compradores.
As desculpas de sempre
Segundo o diretor Ricardo Stella, não há
desaceleração nas vendas. O que ocorreu foi um acúmulo pequeno de estoques
provocado pelo aumento da oferta e pelo cancelamento de negócios. É que houve
comprador que não conseguiu assumir o financiamento.
Estouro da bolha
Após a explosão de preços e do boom de lançamentos em 2010 e 2011,
Pompéia acredita que o mercado imobiliário esteja iniciando um ciclo de baixa.
Segundo ele, as empresas calcularam mal o tamanho da procura e a participação
dos investidores. Nos últimos tempos, parte importante das vendas foi para
investidores. Agora, uma parcela desses compradores está pondo à venda os
imóveis para reaver o dinheiro. Isso pressiona ainda mais os preços.
"Primeiro, houve uma redução da
produção, que vimos em 2012. Agora, as empresas começam a baixar os preços, que
estão voltando para um patamar mais real", diz Pompéia. Para este ano, ele
projeta queda de 10% no valor do metro quadrado.
No
mundo de "Alice"
Celso
Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, que reúne as empresas do setor
imobiliário, é enfático: "O mercado vai indo muito bem, obrigado".
Segundo ele, não há redução de preços e o mercado imobiliário está
"bastante" ajustado.
Os dados, porém, trazem incertezas. Pesquisa do próprio Secovi
aponta que, no primeiro bimestre, o último dado disponível, o número de
unidades vendidas na capital paulista caiu 12,7% em relação a igual período de
2012 e o total de lançamentos cresceu 16,8%. Petrucci diz que houve neste ano
uma migração de vendas de fevereiro para março. Ele acredita que o desempenho
do trimestre será melhor do que o do bimestre.
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Putz, até no estadão!
ResponderExcluirA casa caiu!
Esta havendo hoje (7/5/13) um Simposio em Santos/SP da industria de imoveis e correlatos, entrevistado um expert palestrante este disse que em alguns anos o governo dispos cerca de 7 % do PIB a titulo de credito e houve o que houve , um grande crescimento porem o credito veio muito caro, para atender a demanda necessitaria ser ofertado 49 % do PIB, teoricamente loucura. A boa noticia eh que os preços irao se acomodar, devem se acomodar, estao se acomodando, As empresas e tomadores de credito devem diminuir sua volupia. Nosso pais tem muita demanda, mas os juros estao extremamente altos. Suponhamos que nossos juros fossem 0 % como o Japao na decada passada, nao haveria um estouro da manada? todo mundo comprando tudo na demanda reprimida, creio que assim sim seria uma bolha rapida demais como a euopeia e norte americana. Amaldioiomas o governo e sua politica, se liberassem tudo creio que esse estouro da boiada conduziriamos ao precipicio, todo mundo devendo..Nosso futuro continuara sendo a longo prazo, chegaremos na plenitude com certeza crescendo a cada dia. Vamos dizer que atualmente estamos tentando ser uma Ferrari com rodas de fusquinha....chegaremos la com certeza
ResponderExcluirSds/Decio/Santos/SP
A casa caiu para os bolhudos corretores, imobiliárias, investidores, engenheiros, Caixa Econômica Federal e aqueles camaradas da Caixa que recebem propina para fazerem avaliações fora da realidade e outros que ganharam muito dinheiro a custas da miséria do nosso povo
ResponderExcluirMas agora chegou a vez de pagarem a conta.
Em Minas onde um apertamento de 40 m² deveria custar uns R$15.000 é vendido por R$160.000 brincadeira isso.
A classe média é a mais afetada pois não consegue comprar nada além dos juros serem mais altos.