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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Você S/A: Quem comprou imóvel para valorizar fez péssimo negócio


Contribuição do leitor Eduardo
"Quem comprou com a mentalidade de ganhar dinheiro com as valorizações constantes fez um péssimo negócio. Se na mesma época tivesse investido o dinheiro de outra forma, a rentabilidade teria sido maior",  William Eid, professor da FGV

Se há algum tempo a pergunta que inquietava construtoras, corretoras, consumidores e investidores era até onde chegariam os preços dos imóveis, agora a questão é se o futuro reserva uma forte queda nos preços. 
Nos últimos meses, voltou a ser normal ver nos anúncios ofertas de mudança ou até mobília de alguns cômodos gratuita para quem comprar um apartamento novo. Em desuso desde que os preços começaram uma escalada acelerada, há cerca de cinco anos, esse artifício foi muito utilizado no passado pelas imobiliárias para aquecer as vendas em momentos em que o mercado estava fraco.
Por trás do retorno dessa técnica estão os indícios de que os preços já atingiram seu pico. "Todo o cenário macroeconômico que serviu de base para o aquecimento do mercado já se enfraqueceu. Por isso, as mudanças nos valores dos imóveis têm basicamente acompanhado a inflação", afirma William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas.
A percepção é reforçada quando se analisam os números. Nos últimos meses, esse abismo entre o valor dos imóveis e os índices de inflação reduziu bastante. Pelos dados do FipeZAP, no acumulado do ano até maio, em algumas regiões da capital paulista e em outras cidades, já se percebe até um princípio de queda nos preços.
"É um momento de transição, e é quase impossível cravar uma tendência agora", diz Luiz Paulo Pompéia, presidente da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp­), consultoria especializada em avaliações do mercado imobiliário. Mesmo com tanta incerteza, há um grupo que pode se beneficiar do cenário.
Com o mercado mais tranquilo, é o momento ideal para conseguir melhores condições na hora da compra. "É hora de pechinchar. Há construtoras que estão oferecendo descontos de mais de 30%", afirma Luiz Paulo.
A grande quantidade de prédios construídos no período em que o mercado ainda estava aquecido e que ainda não foram vendidos contribui para esse cenário. 
Se para o consumidor final a maré é boa, quem encara imóvel como investimento deve redobrar a atenção. "A avaliação tem de ser mais criteriosa. O investimento em imóvel deve ser feito pensando no longo ou no longuíssimo prazo", afirma Celso. Aquele que caiu na tentação de comprar um segundo imóvel para investir enquanto o mercado estava aquecido é quem mais deve se prejudicar.
"Quem comprou com a mentalidade de ganhar dinheiro com as valorizações constantes fez um péssimo negócio. Se na mesma época tivesse investido o dinheiro de outra forma, a rentabilidade teria sido maior", afirma o professor William Eid, da FGV. Para esses casos, o especialista aponta que a melhor solução é buscar um inquilino em vez de um comprador.
"Quem for vender a partir de agora, além de defasagem no preço, terá de arcar com os custos normalmente envolvidos nessa transação, como documentos e comissão do corretor."
(Revista Você S/A - Edição 182 - 17/07/2013)
VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK

6 comentários:

  1. Tenho lido vosso blog a mais de ano e sempre o achei interessante e confiável. Confiável pq voces sempre estão a usar matérias de grandes jornais e revistas..o que da mais credibilidade pela variedade de fontes.
    Mas...já que o tema principal do Blog é a tal "Bolha" vejo que ainda nada aconteceu e o que tenho notado é exatamente o contrário: Desde que vendi meu imóvel no exterior a 2 anos e passei a a comprar imóveis TODOS os imóveis que comprei subiram de preço e não param de subir pela cidade toda (Franca SP). Aqui um terreno de 250mts não custa menos que 100 Mil Reais!!!
    No Brasil existe o tal do "caixa 2". Mais da metade do dinheiro em circulação vem to tal "caixa 2". E ai está a explicação do pq essa tal "Bolha" está longe de estourar..se é que vai.. E para os assalariados tem o Minha casa Minha vida.. Nos interiores a Bolha talvez não chegue nunca.. Mas apenas uma contenção de subidas de preços..

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    1. Caro Célio:

      Agradecemos pela contribuição e, com relação às suas colocações, elas são pertinentes, se considerarmos os preços anunciados (não negociados), além de considerar também algumas situações locais (como o caso de Franca, citado por você).

      Já com relação ao "caixa 2", você foi extremamente feliz, pois ele foi, sem sombra de dúvida, um dos grandes responsáveis pela bolha. Quanto ao MCMV, não cremos que ele seja um fomentador direto da bolha, mas sim um argumento. Nesse caso, devemos nos lembrar da tão sofrida classe média, que nunca encontrou respaldo salarial para a alta dos preços, e que agora não encontra mais o farto e irresponsável crédito imobiliário de alguns anos atrás.

      Como você mesmo disse, o blog apenas analisa e compila as informações veiculadas pelo principais órgãos de imprensa do País, e os números vêm confirmando que há sim uma crise nesse mercado, cujos efeitos dependem também de outros fatores macroeconômicos.

      Continue nos acompanhando, e sinta-se à vontade para fazer comentários, críticas e sugestões.

      Um abraço,

      Observador

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  2. Nunca li tanta besteira sobre o assunto, é inadmissível que alguém sem o menor embasamento comente sobre algo tão importante. A inflação dá 6% ao ano, a poupança dá 7% ao ano e a valorização de qualquer imóvel chega a 14% ao ano, é só pesquisar que vão ver. Não falem besteira, não falem o que não sabem. Alexandre Crespo.

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  3. Não sei se existe bolha ou não; mas vendi um apartamento ha 2anos que hoje o atual dono não consegue vender nem pelo preço que pagou...

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  4. Esta matéria é de mais de dois anos e agora sim se concretizou, parabéns.

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