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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Folha: Especialista afirma que aumento do teto é ruim para o trabalhador


No Brasil, os preços dos imóveis residenciais apresentam uma espiral crescente, cuja curva supera em muito a evolução da capacidade de compra do mercado.

Nos bairros paulistanos de maior atividade dos empreendedores, os preços de referência nos últimos quatro anos subiram 20,4% ao ano, em média. Enquanto isso, a renda variou, em média, 5,9% ao ano.

Esse descolamento entre preços e renda provoca um contínuo rearranjo na oferta. Para um mesmo bairro e qualidade equivalente, um produto de três quartos, que era típico há quatro anos, hoje é trocado por outro de dois para atingir o mesmo mercado.

Não há como reequilibrar a renda do mercado com os preços dos produtos a não ser reduzindo a sua dimensão. Todavia, esse processo está à beira do esgotamento, comprovado pela intensa oferta de apartamentos de um dormitório em São Paulo.

Os produtos para um mesmo segmento de mercado, passados quatro anos, têm área privativa 55% menor.

Comparando o imóvel de R$ 500 mil de quatro anos atrás com o de R$ 750 mil atual, neste mesmo bairro usado como exemplo, a área privativa cai de 122 m² para 88 m² e a renda exigida com limite de financiamento é 19% maior do que a atual ajustada.

Neste cenário, o financiamento exige dez rendas mensais de poupança contra as cinco exigidas antes.

João da Rocha Lima Jr. é professor de mercado imobiliário da USP e dono da consultoria de negócios Unitas

(Folha de São Paulo - Classificados - Imóveis - 06/10/2013)

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