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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Valor: Prévias das incorporadoras confirmam crise no setor


Os lançamentos imobiliários em 2013 terminaram, neste fim de semana, para a maior parte das incorporadoras de capital aberto. O Valor Geral de Vendas (VGV) lançado no ano só será oficialmente conhecido a partir de janeiro, com a divulgação das prévias operacionais pelas empresas listadas em bolsa, mas o mercado espera que, em conjunto, o setor tenha lançado menos do que em 2012.

Flávio Conde, da Gradual Investimentos, estima que os lançamentos das incorporadoras de capital aberto tenham encolhido em 2013. "É saudável que empresas com problemas tenham feito ajustes", diz, ressaltando que o mercado está mais seletivo.

"As empresas ainda têm bastante estoque, e os distratos continuam fortes", diz o analista de construção civil da BES Securities, Eduardo Silveira. 

Fatores como a realização da Copa no Brasil e o período eleitoral tendem a ter impactos no ritmo de lançamentos no próximo ano, com redução acentuada ou, praticamente, suspensão de novos projetos no total de dois meses.

Até mesmo a Cyrela Brazil Realty, maior incorporadora de capital aberto, poderá lançar menos, em 2013, do que o patamar de R$ 6 bilhões a R$ 6,5 bilhões que era esperado pelo mercado, de acordo com Silveira. "Nossa projeção é de R$ 5,7 bilhões para 100% dos lançamentos da Cyrela, mas pode haver queda ante 2013", diz o analista da BES Securities. A Cyrela não tem guidance de lançamentos.

A Brookfield Incorporações, uma das muitas empresas do setor que ainda não conseguiram dar sua guinada financeira, divulgou que de janeiro a setembro, lançou 49% a menos que no mesmo período de 2012.

Os lançamentos da Rossi Residencial estão abaixo do que a companhia esperava. Até setembro, os lançamentos da Rossi encolheram 66%.

De janeiro a setembro, as atenções de boa parte do setor se focaram na redução de estoques, principalmente, de unidades prontas ou em via de serem concluídas. 

Excesso de oferta

"Algumas empresas de capital aberto estão adiando lançamentos para evitar excesso de oferta", afirma Freire, da Brasil Brokers. Do total de lançamentos por meio da imobiliária em dezembro, as incorporadoras abertas vão responder por 30%.

Conforme o diretor-presidente da Brasil Brokers, muitos lançamentos, principalmente, de São Paulo, "escorregaram de outubro para novembro e de novembro para dezembro". "Não adianta lançar tanto ao mesmo tempo e aumentar estoques", diz Freire. 

De acordo com o presidente da imobiliária focada em imóveis novos com descontos Realton, Rogério Santos. "O ano vai começar com um número de unidades não vendidas muito grande", diz Santos.


(Valor Econômico - São Paulo/SP - Finanças - 23/12/2013 - Pág.B1)


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5 comentários:

  1. É interessante ver como o mercado transitou de estagnado por 15 anos ao BOOM repentino em 2008 graças a promessas de valorização e queda da rentabilidade das Rendas Fixas, tendo virado uma pirâmide, onde quem entrou antes vendia o imóvel com ágio para quem estava entrando depois, aí, como esperado, os preços ficaram tão altos que as pessoas começaram a se questionar se eles valiam mesmo tanto dinheiro assim, quebrando a pirâmide em 2011. Hoje, mesmo com a inflação e os descontos descarados, as pessoas ainda estão incomodadas com os preços altos dos imóveis, ouve-se falar em Bolha Imobiliária em todos os lugares e com a SELIC subindo a contra gosto do governo só para tentar segurar a inflação, ninguém mais é louco de tirar tanto dinheiro de uma aplicação para dar em um imóvel que certamente vai estar custando mais barato por falta de interesse, infelizmente só não vê isso quem sobrevive de vendas desse mercado doente, ninguém mais acredita neles ou em suas associações, como o SECOVI, por exemplo, ou o "FINGE-ZAP" e sua mágica da eterna "valorização" de 1% a.m.

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  2. E, quanto a essas "destrutoras", que entre 2008 e 2011 surfavam no mar do "vamos construir o máximo que pudermos e a qualquer preço pois os especuladores estão comprando tudo", meus pêsames, é óbvio que conseguiram muito dinheiro com seus IPO's compraram muitos terrenos baratos e depois disso convenientemente o governo ajudou reduzindo os juros das Rendas Fixas, mas como construíram demais faltou mão-de-obra e matéria prima, o que encareceu os prédios, e hoje ela chegam a bizarra marca de dever mais do que elas próprias valem, aí fica a pergunta de como conseguiram chegar a essa situação quando o pessoal comprava tudo delas e como ficarão agora que o pessoal não está comprando nada e ainda fazendo distratos. Aí elas falam em reduzir os lançamentos por que elas querem fazer isso mas na verdade estão sendo obrigadas a isso por falta de compradores e excesso de estoque, esses estoques geram custos, não adianta construir mais se vai tudo ficar como estoque. Já temos imóveis construídos para vários anos de demanda, elas não são mais necessárias, não é a toa que suas ações estão com valores baixos e suas empresas desacreditadas, logo teremos mais uma ENCOL da vida surgindo por aí.

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    1. Excelente comentário.

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    2. Os comentários acima expressam muito bem a situação do mercado imobiliário no Brasil, parabéns ao anônimo. Ganância e enganação também tem seus limites e consequentemente seus preços. O brasileiro precisa ser mais criterioso em suas aquisições, ser mais seletivo e avaliar melhor onde investir seu suado
      dinheiro.

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    3. Estive prestes a "assassinar" o contrato á dois dias atrás. Por uma pequena instrução quanto á taxa de corretagem não assinei. Decidi buscar mais informações. Confirmei que o responsável pelo pagamento da taxa de corretagem é o vendedor, no caso, a MRV. Sim meus caros, a MRV estava me cobrando uma taxa de 4 mil reais. Não vou pagar e ponto final. E pesquisando, ainda estou com medo de entrar nessa furada de comprar um imóvel, até pq não tem uma faca no meu pescoço chamada aluguel, o que deixa minha situação mais confortável. E ainda assim, se tivesse o aluguel de 500 a 600 reais, e ainda conseguisse juntar 1500 mensais, valeria mais a pena juntar o dinheiro e pagar o aluguel do que entrar no financiamento.O que não dá é pagar 140 mil reais em 47 m² em um bairro qualquer que nem bairro de luxo é.

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