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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Exame: Melhor não investir em imóveis em 2014, afirmam especialistas

Para especialistas, 2014 não é o melhor ano para se comprar imóvel como investimento

Os imóveis residenciais vêm se mostrando caros para os brasileiros que vivem em grandes capitais, mas os preços já dão sinais de desaceleração. Uns esperam o estouro de uma bolha; outros acham que não é isso que ocorre nas principais cidades do país.

Com toda essa incerteza, fica a dúvida: é hora de comprar um imóvel residencial ou é melhor esperar para ver se os preços vão cair?

Segundo especialistas ouvidos por EXAME.com, depende do objetivo do imóvel. Se o propósito é investir - ainda que de forma bem conservadora, pensando no aluguel que se pode obter - é melhor não.

E isso nem tanto pela forma como os preços vêm se comportando, mas sim porque a taxa básica de juros, a Selic, ainda está em um ciclo de alta, o que torna aplicações mais conservadoras e de maior liquidez bastante rentáveis.

Veja o que pensam os especialistas em relação a essas diferentes situações de compra de imóvel residencial em 2014: comprar para morar, vender imóvel que se valorizou para comprar outro para morar e comprar como investimento.

Expectativas 
Eduardo Zylberstajn, coordenador do Índice FipeZap - que acompanha os preços dos imóveis anunciados para a venda em 16 cidades brasileiras - acha pouquíssimo provável que haja uma grande alta nos preços dos imóveis, mas também não sabe se é o caso de esperar uma queda.

Segundo ele, o cenário de preços de imóveis residenciais hoje é completamente diferente de 2013. "No ano passado ainda havia aumentos significativamente acima da inflação em quase todas as cidades acompanhadas pelo índice, mas neste ano, a maioria das cidades está empatando com a inflação ou perdendo dela", diz Zylberstajn.

Em função disso, ele acredita que o movimento de preços neste ano e em 2015 deve ser mais modesto, com um período de maior calmaria. "Não precisa ter pressa de comprar porque os preços não devem aumentar muito. Pode até acontecer de os preços caírem em alguns bairros", diz o coordenador do FipeZap.

Ele acredita que uma queda nominal acentuada e generalizada (retração de preços, não apenas queda em relação à inflação) é difícil de ser observada atualmente, embora algumas capitais, como as da região Sul, já venham apresentando esse fenômeno.

Contradição
O professor João da Rocha Lima, coordenador do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), descartou, em recente carta ao mercado, a existência de bolha de imóveis residenciais no Brasil, mas mostrou, no mesmo documento, que de fato os preços dos imóveis residenciais estão bastante descolados - para cima - da renda do brasileiro.

Para ele, portanto, embora não haja bolha, os preços devem ficar paralisados por algum tempo, crescendo modestamente no patamar de inflação.

"Mais adiante, daqui a uns três ou quatro anos, podemos ver uma certa reversão de preços, muito moderada, se as construtoras passarem a praticar custos menores com mais eficiência", acredita o professor.

Segundo ele, estudos da Poli-USP estimam uma queda de 6% em média nos preços dos imóveis, com redução das margens de lucro das construtoras.

(Exame.com - São Paulo/SP - 27/05/2014 - Seu Dinheiro)

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