"Eles dizem que não
está vendendo imóvel ou vendendo pouco e, com certeza, isso
vira desemprego."
O encarregado Elijalma José da
Silva, de 40 anos, que trabalhava numa empresa prestadora de serviços para
uma grande construtora do setor imobiliário foi pego de surpresa. Depois
de quase dois anos no emprego, ele foi demitido no fim de maio. A empresa
terceirizada prestava serviços de manutenção nos edifícios ainda no
período de garantia dado pela construtora para o imóvel, que é de cinco
anos. "Junto comigo, foram demitidos 39 trabalhadores."
Casado e pai de quatro filhos,
dos quais três menores, o encarregado tem casa própria e ganhava R$ 1,8
mil por mês. "Não esperava isso. Vinha tendo uma produção muito
boa." Ele desconfiava que a situação poderia mudar, porém mais adiante, em
2015 ou 2016. Mas a demissão veio antes do previsto.
"Eles dizem que não está
vendendo imóvel ou vendendo pouco e, com certeza, isso
vira desemprego."
Silva diz que para atravessar
esse período de transição, começou a fazer "bicos" em obras
pequenas. "Acho que vai ser difícil encontrar algo fixo novamente",
diz o encarregado.
Sindicato preocupado
"Estamos
preocupados com o emprego desde o início do ano", afirma o presidente do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo, Antonio de
Souza Ramalho. Ele conta que muitos projetos de edifícios comerciais não
decolaram. Agora as construtoras estão transformando esses projetos de
edifícios comerciais em residenciais de alto de padrão, a fim
de viabilizar o empreendimento. "Tem obra que ia começar e não vai
começar."
O sindicalista lembra que as
obras da Copa terminaram. Além disso, observa Ramalho, as obras do programa habitacional do governo, Minha Casa
Minha Vida,
estão em marcha lenta em São Paulo.
Outro sinal de desaceleração do
emprego na construção civil aparece na arrecadação do imposto sindical, que corresponde a um dia de
trabalho de quem tem carteira assinada. Ramalho conta que neste ano foram
arrecadados R$ 4,9 milhões, ante R$ 6,7 milhões em 2013.
(Estadão - Notícias - Geral - 23/06/2014)
EFEITO CASCATA NOS SETORES LIGADOS A CONSTRUÇÃO CIVIL : devido a grande queda de vendas nos estandes de lançamentos ocorridos nos últimos meses, centenas de corretores de imóveis já vivem a tempo na vida da amargura, literalmente caçando moscas nos estandes com raríssimas visitas de clientes, circulando pelas ruas já dá para perceber a diminuição de bandeiras, placas, panfletagem, propagandas na mídia, etc.
ResponderExcluirAgora começa a crise de emprego na construção civil, que emprega milhares de pessoas pelo Brasil. Próximo será os trabalhadores do setor de materiais de construção como cimento, pisos, louças, etc. afetando também o setor de comércio destes artigos, além de inúmeros outros setores de serviço e de produtos indiretamente ligado ao mercado imobiliário.
olha meus filhos, que mandou as construtoras subirem os do apartamentos acima dos indices da inflação ,quase triplicando os preços dos apartamentos ,agora ninguem compra e nem vendem , deve ter uma bolha e logo ,logo vai estourar isso e depois da copa no ano de 2015, vai estar bem pior
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