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quinta-feira, 26 de março de 2015

Folha: Vendas em queda, cancelamentos e estoques elevados

As vendas de imóveis residenciais fracas no ano passado impactaram nos planos das construtoras. Segundo as empresas, o foco para 2015 será zerar a quantidade de imóveis "encalhados" e avaliar novos projetos com cautela

A Gafisa – que teve seu lucro comprometido pelo fraco desempenho do segmento Tenda, de habitação popular– postergou projetos, na expectativa de que o mercado reaja. Já a Even condiciona os próximos produtos à demanda e ao ritmo de venda dos imóveis em estoque – os que não são vendidos até três anos após o lançamento.

A Rossi, que teve prejuízo líquido de R$ 619,4 milhões em 2014, também diz ter reduzido o número de lançamentos para se focar na venda de estoque. "Continuaremos atentos às condições de mercado, e focados na venda do estoque com alta liquidez, e adequação da nossa estrutura e custos a esta nova realidade", diz a empresa em seu balanço.

No ano passado, a maioria das empresas de capital aberto registrou queda no número de lançamentos na comparação com 2013. Na Cyrela, por exemplo, foram lançados 29% menos empreendimentos em 2014 do que no ano anterior. PDG, Direcional e Tecnisa também registraram queda em novos projetos.

Ano fraco
Os números são resultado de um ano fraco de vendas e as empresas trabalham com a perspetiva de zerar o alto estoque de unidades – aquelas que não são vendidas até três anos após o lançamento. Apenas na cidade de São Paulo, o número de imóveis em estoque foi recorde em 2014, com 27.255 imóveis em estoque, segundo dados do Secovi-SP (o sindicato do mercado imobiliário). É o maior número em dez anos.

Segundo os analistas Lucas Gregolin Dias e Caio Moreira, da Fator Corretora, o mercado imobiliário passa por um momento de ajuste e mesmo empresas que tiveram lucro em 2014 planejam lançar menos.

Para Marco Barbosa, analista da CM Capital Markets, as empresas aceleraram a produção quando o mercado apresentava uma outra dinâmica, de custos elevados para aquisição de terreno e alta nos encargos trabalhistas. Assim, é mais difícil para elas, agora, conseguirem vender o estoque, quando as vendas já estão desaquecidas.

"As empresas estão demorando mais de 30 meses para vender esses estoques. Imóveis parados têm um custo financeiro alto e há empreendimentos entregue com apenas 20% das unidades vendidas, quando o normal é chegar ao final da obra com 10% dos imóveis ainda não vendidos."

Cancelamentos continuarão em alta
O mercado prevê que o número de distrato (cancelamento de compra de imóveis) siga alto neste ano, em decorrência do aumentos das taxas de juros de financiamento imobiliário e do maior rigor por parte dos bancos na hora de conceder crédito ao consumidor.

Para analistas financeiros, como a taxa de juros deve seguir elevada, o que impacta na renda e no emprego, os distratos devem subir, pois mais gente tende a desistir da compra do imóvel em um cenário de maior insegurança econômica.

Na MRV, o total de distratos chega a R$ 1,45 bilhão – alta de 33% em relação a 2013. A empresa prevê queda no número de distratos a partir de 2016. O número de cancelamentos também é alto na Rossi, de R$ 1,4 bilhão, uma alta de 82% ante 2013.

(Folha de São Paulo - Imóveis - 25/03/2015)

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Um comentário:

  1. Não! !!!
    Não, está acontecendo nada disso!!!!
    O Lula, deixou todo mundo bem!!
    né meu Brasil.
    Deu crédito para todos os brasileiros! !!
    Mas, todos, podem ficar tranquilos! !!
    Pois o Governo não quer a devolução, mas sim ajudar novamente, para aqueles que não tem nada a perder, é claro né! !!!
    Portanto aqueles que deram garantia para o financiamento, vai ficar sem nada!!!
    O mecanismos do Governo e empresa, visa somente o lucro).
    Então só não perde???
    Aqueles que não tem nada a perder!!
    Importante:
    O exemplo está à sua volta.
    Vejo, com os amigos, que as construtoras, estão oferecendo uma troca (permuta), de aptos de menores valores, para manter o cliente mais dois anos, antes do financiamento! !!!
    Acorda Brasil

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