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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Estouro da bolha: Caixa esgotou recursos para o crédito imobiliário

Dados do BC mostram que o descompasso atinge o mercado de forma geral, e até aumentou nos primeiros meses deste ano

A Caixa Econômica Federal não tem mais recursos da poupança para emprestar ao crédito imobiliário. A aceleração do ritmo de desembolsos dos empréstimos concedidos pela instituição federal nos últimos anos, combinada à fuga dos investidores das cadernetas, levou a esse descompasso.

"A caderneta só tem mais um ano, no máximo, de fôlego para financiar o crédito imobiliário. Isso considerando o sistema como um todo. Na Caixa, esses recursos já se esgotaram", disse ao Brasil Econômico Octavio de Lazari Júnior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em entrevista após evento promovido pelo Bradesco.

O problema pode ser mais sério na Caixa, mas não é só dela. Dados do BC mostram que o descompasso entre o ritmo de captação da poupança e a liberação de novos empréstimos imobiliários se acentuou nos primeiros meses deste ano. Até março, a poupança havia perdido mais de R$ 18 bilhões. O saldo, assim, passou a R$ 512 bilhões. O aumento em 12meses foi de apenas 5,6%.

Captação ainda mais negativa 
Em termos de fluxo, a diferença também é grande: enquanto as concessões de crédito imobiliário passaram de R$ 9,2 bilhões ao mês para R$ 12,6 bilhões (alta de 37%) em 12 meses, a captação líquida da poupança passou de R$ 735 milhões negativos para R$ 9,2 bilhões negativos. Ou seja, além de não crescer, a captação ficou ainda mais negativa.

Em janeiro, a Caixa havia aumentado os juros dos financiamentos com recursos da poupança para inibir a demanda e retardar o esgotamento do funding. A alta foi maior no segmento de imóveis mais caros, onde não há limites impostos pelo BC. Além disso, há os financiamentos com outros recursos, desde FGTS, para programas sociais, até fundings alternativos - esses, livres das regras do BC.

Procurada, a Caixa não concedeu entrevista mas, por meio de nota, respondeu que sua prioridade no segmento habitacional é o financiamento de habitação popular, custeado em sua maior parte pelo FGTS. No final do ano - último dado disponível - a Caixa tinha R$ 236,8 bilhões na poupança e R$ 339,8 bilhões e, crédito imobiliário; o crescimento, no primeiro caso, foi de 13% e no segundo, de 25,7% - quase o dobro. Em termos de participação no mercado, a Caixa lidera em ambos: tinha, em dezembro, 67,7% do saldo dos financiamentos a imóveis no país (que incluem programas sociais como o Minha Casa Minha Vida) e 35,7% do saldo da poupança. A captação líquida da poupança na Caixa foi de R$ 12,7 bilhões em 2014. E as novas concessões de crédito imobiliário foram de R$ 128 bilhões. Para completar o descompasso, a Caixa ampliou o ritmo de captações das LCI: o saldo aumentou 69% em 2014, totalizando R$ 87,3 bilhões.

A Caixa não divulgou números relativos aos primeiros três meses do ano, nem explicou quanto dos financiamentos concedidos foram com recursos do FGTS e quanto com recursos de poupança - mas disse que continua usando a poupança.

E acrescentou, também em nota: "No caso da habitação que utiliza recursos da poupança, a prioridade da Caixa tem sido o financiamento de imóveis novos, enquadráveis no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) - ou seja, com valor de até R$ 750 mil (em Brasília, SP, MG e RJ) e de até R$ 650 mil nos demais Estados", diz a instituição. 

(Brasil Econômico - Finanças - 10/04/2015)

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3 comentários:

  1. Com preços reais, expurgada a especulação, os recursos necessários para uma aquisição imobiliária tornar-se-ão menores, assim facilitara a adequação de caixa dos agentes financeiros.

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  2. Caixa acabou o dinheiro pra financiamento para a" CRASSE MEDIA DO LULA"......TÃ MA DA = DANE-SE EM CHINES

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