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quarta-feira, 29 de abril de 2015

O Globo: Analistas veem queda nas vendas e nos preços dos imóveis


A avaliação é de especialistas e consultores financeiros, que destacam que a combinação de juros mais altos e exigência maior de entrada deve afastar possíveis compradores, obrigando proprietários a baixar preços

mudança nas regras do financiamento imobiliário deve tornar o sonho da casa própria mais distante e esfriar o setor, que já se ressente da desaceleração da economia desde 2014. A avaliação é de especialistas e consultores financeiros, que destacam que a combinação de juros mais altos e exigência maior de entrada deve afastar possíveis compradores, obrigando proprietários a baixar preços.

Segundo o vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Ariovaldo Rocha, as medidas vão desaquecer ainda mais o mercado imobiliário e a economia como um todo terá uma retração ainda maior.

- A única estratégia que poderia ser feita é redução de preço. A captação da poupança tem sido negativa, não tem recurso. Os limites de financiamento estão diminuindo, as linhas de crédito estão cada vez mais difíceis - avalia.

Ele destaca que as medidas travam um mercado que já estava difícil.

- O impacto deve ser ainda pior sobre a economia com um todo, com uma contração ainda maior que o 1,1% esperado (no PIB) - afirma ainda.

Rocha considera que os clientes deverão migrar para agentes privados, que não alteraram suas taxas. A tendência, no entanto, é que outras instituições sigam o mesmo caminho. Miguel Ribeiro de Oliveira, da Anefac, também prevê uma migração dos clientes para setor privado, mas espera que esse bancos também aumentem exigências.

- A Caixa está sendo chamada a financiar a Petrobras e tem enfrentado uma queda da captação da poupança, diz.

Para Gilberto Braga, professor do Ibmec/RJ e especialista em finanças pessoais, a mudança na regra vai deixar o sonho da casa própria mais distante:

- Do ponto de vista do comprador é uma dificuldade quase absurda. Historicamente, a média de exigências de valores de entrada, pra classe média, nunca ultrapassou 35%. Uma modalidade que pode voltar a ter apelo é o consórcio imobiliário.

A planejadora financeira Letícia Camargo, do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF) diz que a poupança inicial será até mesmo maior que as parcelas do financiamento.

- Às vezes, você ganha uma herança, vende um terreno, enfim tem algum dinheiro a mais e diminui um pouco o tempo que você vai demorar para comprar seu imóvel.

(O Globo - Economia - 28/04/2015)

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8 comentários:

  1. Agora é esperar ainda mais!!!
    Quero ver como ficarão os preços dos imóveis aqui do Rio de Janeiro.

    Moro em um Ap 2 quartos 50m2 que em 2009 valia 160 mil reais e que em 2014 valia 600 mil reais.

    Qual será o valor deste imóvel em 2015/2016 ???

    Vou observar de camarote os preços despencarem!!!

    Mas a verdade é que muita gente ainda não percebeu que a época das vacas gordas acabou!!!

    Vamos aguardar mais uns 90 dias?

    Nos últimos 90 dias muita coisa mudou!!!
    E nos próximos 90 dias? Quem viver verá!!!
    Aguardem as cenas dos próximos capítulos...

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  2. Eu não compro esses cubículos de 45m² nas periferias da vida, querem forçar a população entrar nesse oba oba, dispenso esse tipo de imóvel, quem comprar que faça bom proveito, eu estou feliz morando numa maravilhosa casa no interior numa cidade com toda infra-estrutura e muito tranquila.

    No Rio de Janeiro você chega na zona sul da cidade, você só nota imóveis velhos sem nenhum atrativo, a única chamariz é dizer que mora na zona sul. utilize o seu carro no Leblon, Ipanema, Copacabana, só tem fama, a qualidade do asfalto é horrível, os imóveis são velhos, construções horríveis, cercado de favelas, ainda tem a audácia de pedirem mais de 1 milhão de reais por qualquer porcaria dessa área, só se eu fosse estúpido.

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  3. No Rio, até a favela está supervalorizada. Quando não é favela, são os proprietários que estão ao redor.
    Ninguém atentou para as consequências disso? Quiseram excessivamente lucrar.
    Não tem estrutura um projeto desse num país cheio de problemas econômicos.
    O Rio deu um tiro no próprio pé. Vamos ver isso tudo cair.
    Uma pessoa que ganha seu dinheiro honestamente não tem condições de comprar um imóvel digno.
    Acho que pensam que só existem bandidos e governantes que ganham dinheiro ilícito para comprar...

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  4. Impressionante como está descarado!!! Todos sabem que quem trabalha não ganha dinheiro neste país. Aqui só ganha dinheiro quem entrou em algum esquema...

    Ai eu te pergunto!!! Como um trabalhador honesto tem condição de comprar um imóvel aqui?
    Como pode o preço ter chegado aonde chegou?

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  5. Pensaram que os gringos iriam comprar. O evento passou, nada aconteceu e tudo encalhou. hehe

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  6. Pior de tudo é que, pra mim, essa nova regra visa somente favorecer os empreiteiros, donos de construtoras, que tiveram uma queda considerável nas vendas, mas passa por cima do proprietário que quer ou precisa vender seu imóvel. Essa queda nos preços será bem vinda, mas os valores de imóveis novos não vai cair. Vai ser igual a um carro, você compra novo, paga absurdo e com pouco tempo de uso, perde 40% do seu preço, pois passa a ser um imóvel usado. O que nos faz pensar: "Vale a pena comprar um imóvel novo"? Quanto aos imóveis do "Minha casa, minha vida", nem entro no mérito...

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  7. Não vai adiantar nada. O mercado vai quebrar.

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  8. O país está quebrado. O mercado imobiliário é um dos setores mais sensíveis da economia. Se a crise brasileira for duradoura, com recessão e inflação, todos sairão perdendo. Os preços dos imóveis cairão, mas ninguém conseguirá comprar imóveis, como nas décadas de 80 e 90. Dado divulgado hoje pelo autoesporte: 70% dos pedidos de financiamento de carro são rejeitados. A crise é geral!
    A participação da CEF no mercado imobiliário foi artificialmente inflada pelo governo. Agora isso ficou claro. Faltaram pernas, faltou dinheiro... Resta saber se os bancos privados e o BB tem interesse em aumentar a participação (mas, nesse caso, a análise de crédito é mais rigorosa).

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