[...] quem investiu no setor, comprando apartamentos, na maioria dos casos, acabou frustrado. E, para piorar, muitos empreendimentos ainda nem foram entregues, estando com o com o cronograma de obras atrasado
Em um cenário de alta ociosidade da rede hoteleira da capital
mineira, que não passa da média de 40% de sua capacidade ocupada, quem investiu
no setor, comprando apartamentos, na maioria dos casos, acabou frustrado. E,
para piorar, muitos empreendimentos ainda nem foram entregues, estando com o
com o cronograma de obras atrasado.
Um deles é o Site Savassi da
Construtora Paranasa/Maio, segundo a advogada Raquel Cardoso Pinto. Ela conta
que representa na Justiça um casal que mora nos Estados Unidos e que investiu
no empreendimento, que deveria ter sido finalizado no dia 28 de fevereiro de
2014 e ainda está na fase de alvenaria. “Meus clientes pediram a rescisão do
contrato e mais as multas previstas, já que o mesmo foi descumprido pelas
empresas”, diz.
O Site Savassi contempla dois
hotéis das bandeiras Novotel e Ibis Budget, com 443 apartamentos e um
estacionamento, com início de atividade prevista para até 30 de março de 2014,
conforme determinação da Lei da Copa ( Lei 9.952/2010), implementada pela
Prefeitura de Belo Horizonte. A advogada conta que chegou a ir ao canteiro de
obras e verificou que tinha em torno de 30 pessoas trabalhando no local, sendo
que pela magnitude da obra, com mais de 20 mil metros quadrados de construção,
deveriam ter mais operários, na casa dos 300.
Incorporadora se recusa a falar sobre o assunto
Para ela, há mais casos
semelhantes em Belo Horizonte, já que muitos empreendimentos ou estão atrasados
ou sequer serão entregues. “Muitas pessoas não sabem o que fazer nesses casos e
acumulam prejuízos", observa. A reportagem procurou a Paranasa/Maio para
obter mais informações sobre o empreendimento. Em nota, a empresa informou que
não vai se pronunciar sobre o assunto.
Para advogado, clientes foram enganados, e crise só vai agravar
O presidente da Comissão de
Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais
(OAB-MG), Kênio Pereira, ressalta que os investidores foram levados a pensar
que teriam grande rentabilidade com o negócio em Belo Horizonte, o que não se
confirmou. “Dos projetos aprovados pela Prefeitura de Belo Horizonte, 37 foram
entregues até o momento, ou seja, ainda tem mais hotéis para serem concluídos,
o que só vai agravar a crise vivida pelo setor”, avalia. Para a Copa, a PBH
chegou a aprovar 81 projetos na cidade.
Com os projetos que vingaram, a
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, em Minas Gerais (ABIH-MG) calcula
que, nos últimos dois anos, houve um aumento de 70% do número de quartos
disponíveis na capital, que não foi acompanhada de aumento da demanda. Isso
também gerou prejuízo aos investidores. “Houve euforia com a Copa do Mundo de
2014. Só que para o pós-Copa, o poder público não estimulou o turismo de
negócios. A duplicação do Expominas não aconteceu e o Centro de Convenções na
avenida Cristiano Machado não foi viabilizado”, ressalta Pereira.
Kênio Pereira explica que a
solução para quem investiu em hotéis que estão atrasados é ingressar com ação
na Justiça para rescindir o contrato e solicitar o ressarcimento do que foi
investido com correção monetária, além da multa rescisória por descumprimento
contratual.
Antes de investir, tome cuidado
Procure conhecer o mercado para
saber se vale à pena investir
Avalie o risco. É fundamental o comprador agir com critério, racionalidade e não pela emoção. Você não deve acreditar em tudo que diz o vendedor, pois ele quer receber sua comissão, que só é paga se conseguir fechar o negócio
Busque informações sobre a empresa e procure saber como está a sua situação financeira
Cuidado com a ambição. Não se deixe seduzir pela promessa de lucro exorbitante e a curto prazo
Leia com cuidado o contrato. Não feche negócio às pressas. Em caso de dúvida, procure um profissional especializado
É recomendável contratar uma consultoria jurídica que não tenha interesse direto na negociação para que essa verifique todos os documentos. A análise jurídica prévia poderá indicar os riscos do negócio, bem como elaborar as cláusulas que protejam o comprador.
Avalie o risco. É fundamental o comprador agir com critério, racionalidade e não pela emoção. Você não deve acreditar em tudo que diz o vendedor, pois ele quer receber sua comissão, que só é paga se conseguir fechar o negócio
Busque informações sobre a empresa e procure saber como está a sua situação financeira
Cuidado com a ambição. Não se deixe seduzir pela promessa de lucro exorbitante e a curto prazo
Leia com cuidado o contrato. Não feche negócio às pressas. Em caso de dúvida, procure um profissional especializado
É recomendável contratar uma consultoria jurídica que não tenha interesse direto na negociação para que essa verifique todos os documentos. A análise jurídica prévia poderá indicar os riscos do negócio, bem como elaborar as cláusulas que protejam o comprador.
(O Tempo - Capa - Economia - 12/05/2015)
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Uma mentira contatada várias vezes soa como verdade. Cansei de ver pessoal exaltando o mercado imobiliário e apoiando os preços altos como se isso fosse vantagem pra ele. Vi gente se sentindo rica, falando: ...meu apartamento vale meio milhão.... Vi panfletagem antes e na Copa desses projetos de hotel que garantiam 0,8% do dinheiro investido independente da ocupação. Vi Panfleto falando que imóveis garantiriam aumento do capital investido em 30% ao ano. Vi colegas me dizendo quem a oportunidade estava passando na minha frente e eu era o único que ficaria de fora.
ResponderExcluirVerdade seja dita o mercado imobiliário foi a primeira pirâmide financiada pelo governo. Voa Telefree! E quem pegou os anos de 2009, 2010, 2011 e ate 2013 realizou lucro. O ano de 2014 vendeu menos apartamento que o ano de 2007 em BH.(informação IPEAD UFMG).
Tem hotel em BH que fez a festa de inauguração e 6 meses depois fechou as portas. Sera de quem é prejuízo? Da construtora? Dos grandes empresários? Não companheiro é do trouxa do assalariado que quer arrumar uma forma de ficar rico sem trabalhar.
Tivemos na falsa época de bonança do Brasil vários Eikes Batistas que venderam sonhos/projetos e prometeram prosperidade. Kd esses caras? Vão-se os sonhos e ficam-se as dividas.
Não se mede a riqueza de um país com dinheiro emprestado!
Bora trabalhar cambada! Que a prestação vence mês que vem.
Exato, sao os ricos da crasse media que simplesmente "PAGAM JUROS SOBRE DIVIDAS" QUE EM BREVE SERAO POBRES.
Excluirum total absurdo!
ResponderExcluiràrea onde o coeficiente de aproveitamento era 1 eles construiram 4.
Estes empreendimentos na rua paulo simoni, onde estao os ibis budget e o novotel mostram bem claro isto!
eles destoam da paisagem acabaram com a iluminacao natural de muitos apartamentos e se ficarem prontos vao criar um no na avenida do contorno com o excesso de carros!
um total descaso dos governantes e dos empresarios!
Vai bh vai querer virar uma sao paulo pra ver o que é bom!
Capital roceira que quer implantar o turismo de negocios!
convenhamos!
soh existe mineradora e um ppar de incubadoras de app para computadores!
estando tao proxima de sp e rj nao tem como competir!
Deixa de querer ser sp e assume sua identidade que ja esta sendo perdida com estes predios ridiculos!
Fica aqui minha indignacao de quem morou em bh ha 10 anos atras e neste tempoi tinhamos uma cidade melhor pra morar!
e nao este lixo agora!