"Até o fim do ano a tendência é de piora do cenário econômico e o mercado imobiliário encabeça os setores que mais vão sofrer com isso" [...] a vacância tende a aumentar e os preços de aluguéis podem cair mais [...] o yield do aluguel e o valor por metro quadrado, segundo projeções da FipeZap, podem ainda não ter atingido o fundo do poço
A renda com aluguel está perdendo feio para a inflação. Dados da pesquisa mensal do Sindicato da Habitação em
São Paulo (SecoviSP), divulgados em primeira mão pelo Valor, estão repletos de más notícias para os
investidores em locação no mercado imobiliário residencial. O levantamento mostra variação mensal zero na
média de preços de novos contratos na capital paulista em maio, repetindo o resultado do mês anterior.
Os aluguéis novos em São Paulo registraram no mês passado a menor variação em dez anos, ou seja, de toda a
série histórica do Secovi-SP, tanto no acumulado do ano, quanto em 12 meses. "Não tem nada, nenhum fator de
mercado, que tenhamos detectado que faça com que os valores de aluguéis voltem a subir", afirma Mark Turnbull,
diretor de gestão patrimonial e locação da entidade. Conforme o especialista, o cenário só deve mudar em 2016. "O
quadro pode se reverter apenas daqui a um ano ou mais."
A pesquisa do Secovi-SP mostra que, em termos anualizados, os preços cobrados de aluguéis novos tiveram uma queda real de 3,04% diante de uma
inflação de 3,64% medida pelo IGPM no período. O recuo é ainda maior, de 4,74%, se o indicador for o IPCA.
Em 12 meses, o índice de locação do Secovi-SP acumula, pelo IPCA de
8,47%, uma perda real de 7,57%. A pesquisa revela que desde agosto do ano passado a média dos aluguéis novos tem perdido
da inflação.
Queda também nos preços anunciados
Outro indicador do mercado o índice FipeZap Locação segue na mesma toada. De abrangência mais ampla com
pesquisa em nove cidades , o índice segue a variação de preços anunciados pela internet e não dos praticados
efetivamente, como o Secovi. No acumulado de 12 meses até maio, o FipeZap Locação registra perda real no valor médio dos preços pedidos para a locação.
No ano, o índice mostra
uma queda real nos preços médios anunciados de 4,5%, quando
descontado o IPCA do período, e de 2,8%, se for considerada a
inflação medida pelo IGPM. São resultados muito próximos aos
obtidos pelo Secovi em São Paulo, de recuos reais de 4,74% e 3,04%.
Tendência de piora
"Até o fim do ano a tendência é de piora do cenário econômico e o mercado imobiliário encabeça os setores que
mais vão sofrer com isso", avalia o presidente da Zap Imóveis, Eduardo Schaeffer, responsável pelos índices
FipeZap. Segundo o executivo, as taxas tanto de valores de venda quanto de retorno com os aluguéis devem se
retrair ainda mais, dentro de um cenário de aumento de desemprego, inflação alta, juros em elevação, perda do
poder aquisitivo e restrição de crédito para aquisição de imóveis, com menos recursos disponíveis para
empréstimos e maiores exigências das instituições financeiras.
Segundo Schaeffer, até o fim do ano, se o quadro projetado se confirmar, a vacância tende a aumentar e os preços
de aluguéis podem cair mais, o que empurraria o yield para abaixo do atual patamar. No entanto, a taxa de
retorno pode estar se aproximando de um piso, analisa o presidente da Zap Imóveis. "O yield da locação pode cair
um pouco mais, principalmente nesse segundo semestre, mas não dá para cair muito porque desequilibra todo o
mercado", afirma.
O retorno anualizado para a locação em maio ainda é menos do que deve render a caderneta de poupança,
com rentabilidade líquida projetada em 12 meses em torno de 7%. É preciso ressaltar também que, enquanto a
taxa de juros de um dia (DI) segue crescente, o yield do aluguel e o valor por
metro quadrado, segundo projeções da FipeZap, podem ainda não ter atingido o fundo do poço, ou seja, seguem
em tendência de queda até o fim do ano. "Com os juros no patamar que estão, qualquer investimento em renda
fixa está mais atraente, na média, que o imóvel hoje", diz Schaeffer.
(Valor Online - Finanças - 23/06/2015)
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Povão frustrado dos imóveis!
ResponderExcluirRealizem o prejuízo e invistam o capital no mercado financeiro ( bola da vez), isso faz com que as lágrimas cessem, e quem sabe, haja uma pequena recuperação, pois chegará a hora que não terá mais remédio.
TODOS OS SETORES DA ECONOMIA SERAO ATINGIDOS,O BREJAL AQUI ESTA FALIDO FAZ TEMPO.O PREOCUPANTE E O DESEMPREGO EM MASSA,MUITAS EMPRESAS JA FECHANDO E DEMITINDO,POIS NAO COMPENSA TER COMERCIO OU INDUSTRIA, COM ESSA CARGA TRIBUTARIA "50% DO PIB",SINDIGATOS CHUPINS,DESGOVERNO CORRUPTO.RECESSAO COM DEPRESSAO POR LONGOS ANOS.O PT DESTRUIU A BANANIA.SALVE-SE QUEM PUDER.
ResponderExcluirVendam seu imóveis e vão pra renda fixa.
ResponderExcluirAh, claro que com isso os preços vão cair... É a vida pós bolha.
O que que tem a ver renda fixa e imóveis?
ResponderExcluirNada.
Não se compara investimentos de tipos diferentes. Vc pode comparar rf com rf, mas comparar rf com ações ou rf com imóveis, não faz sentido algum.
Ai !!!
ExcluirTem a ver sim. Está se falando de rentabilidade em investimentos. Neste quesito pode-se comparar sim. Detalhe o porquê de não ter sentido por favor.
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