Contribuição do leitor Eduardo Mazzini
Os aluguéis, que chegaram a se equiparar aos de Nova York e Paris, estão despencando. [...] No Leblon, os aluguéis de escritórios de primeiro nível caíram em um terço em relação ao início de 2014. Na Barra da Tijuca, a empresa de telefonia TIM Participações SA conseguiu negociar dois anos de aluguel grátis para sua nova sede em uma torre de vidro com palmeiras em frente [...] Enquanto isso, a taxa de vacância subiu de menos de 3 por cento no fim de 2010 para 23 por cento atualmente
Em extremos opostos do centro do Rio de Janeiro, projetos ligados a Donald
Trump e Eike Batista - o primeiro, um bilionário que virou político, o segundo,
o mais famoso ex-bilionário do Brasil - representam a queda do mercado
imobiliário da cidade.
O edifício Serrador, com 23 andares, uma torre art déco
de granito e vidro perto do aeroporto Santos Dumont, no Rio, permanece vazio
desde que as empresas do falido império de commodities de Eike o abandonaram,
no ano passado. A uns 6 quilômetros de distância, na descarnada zona portuária
da cidade, um ambicioso projeto de escritórios ao qual Trump emprestou seu nome
continua sendo um lote cheio de mato, cerca de um ano depois da data prevista
de início da construção.
Embora os mercados imobiliários estejam oscilando em
todo o país, assolado por uma recessão, em nenhum outro lugar é mais nítido o
preço pago pelo amplo escândalo nacional de corrupção e pelo colapso das
commodities do que no Rio. Para piorar as coisas, uma enxurrada de novas
unidades planejadas durante os anos de prosperidade da última década estão
chegando agora ao mercado, empurrando a taxa de vacância no Rio ao nível mais
elevado da América Latina. Os aluguéis, que chegaram a se equiparar aos de Nova
York e Paris, estão despencando.
“O Rio está passando por um momento muito
delicado”, disse Ricardo Raoul, diretor geral da Paladin Realty Partners LLC,
fundo de propriedades de cerca de R$ 12 bilhões (US$ 3,2 bilhões) em projetos
no Brasil. “Há um aumento de oferta somado a uma falta de demanda”.
No Leblon,
um bairro à beira-mar com vista para o Cristo Redentor, que abriga muitos gestoras
de fundo hedge da cidade, os aluguéis de escritórios de primeiro nível caíram em
um terço em relação ao início de 2014. E ainda mais se os aluguéis forem
precificados em dólares quase 60 por cento. Na Barra da Tijuca, um bairro em
crescimento no oeste da cidade, a empresa de telefonia TIM Participações SA
conseguiu negociar dois anos de aluguel grátis para sua nova sede em uma torre
de vidro com palmeiras em frente, segundo um documento regulatório.
Queda generalizada
Os preços
das propriedades residenciais nas 20 principais cidades do Brasil caíram de
julho a agosto, primeiro declínio desde, pelo menos, 2008 e o Rio liderou a
tendência, segundo o índice imobiliário FipeZap. Os preços das propriedades
brasileiras ficaram, nos últimos 12 meses, cerca de 6 pontos
porcentuais abaixo da inflação, resultando em um declínio em termos reais.
Os aluguéis mensais de escritórios do Rio caíram para R$ 135
por metro quadrado no segundo trimestre, disse a CBRE Group Inc., maior empresa
de serviços imobiliários comerciais do mundo. É cerca de metade do preço
praticado em Nova York e Paris e menor do que o pico de R$ 150 do começo de
2013. Enquanto isso, a taxa de vacância subiu de menos de 3 por cento no fim de
2010 para 23 por cento atualmente.
Como muitos dos problemas da cidade, esse
também pode ser atribuído ao duplo golpe do escândalo na
gigantesca companhia petrolífera estatal Petrobras e da queda dos preços do
petróleo. A Petrobras suspendeu novos negócios com cerca de 30 empreiteiras
depois que uma investigação encontrou evidências de que elas pagavam propinas
para garantir contratos, forçando pelo menos sete companhias com grandes
operações na cidade a entrarem com pedidos de recuperação judicial. A Petrobras
não respondeu aos pedidos de comentário enviados por e-mail sobre seu impacto
no mercado imobiliário da cidade.
“Uma boa parte do mercado estava baseada na
indústria do petróleo”, disse Raul Correa, sócio da agência comercial Office
International Realty, que acompanha a queda nos preços em bairros sofisticados
como o Leblon.
(Infomoney - Bloomberg - Mercados - Notícia - 10/09/2015)
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Faltam, aos "especialistas" de mercado, avisar aos vendedores que: se não baixar os preços cobrados, não venderão nada.
ResponderExcluirQuem tem dinheiro, o manterá no rentismo.
Quem não tem, não assumirá dívidas agora.
Isso tudo é um sonho !!! Quero ver baixar os preços os especialistas de mercado tem que viver a realidade até agora não baixou nada na zona sul do rio de janeiro
ExcluirConcordo os especialistas de mercado tem que comprar o jornal ou pesquisar em site e ver que os proprietários não baixaram nada ..isso tudo é propaganda enganosa
ExcluirExatamente, é o desespero para tentar engambelar os desavisados. Hora de comprar será lá pro final de 2017, início de 2018. Por enquanto, é auferir juros no mercado e juntar mais.
ExcluirSERIO que acreditam nisso? Entao vao la e comprem!!! E, paguem meus juros! :)
ExcluirQuem não reduz, não vende e não aluga. Simples assim! Deixa passar os meses com essa tropa pagando condomínio caríssimo. Questão de tempo.
Excluirclaro que não gente,
Excluirsou consultor imobiliário e tenho opções de imoveis com descontos que chegam a quase 50 %.
Quer mais informações sobre o mercado imobiliário ?
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Um momento! Há quanto tempo o blog vem prevendo essa queda dos imóveis? Nao sei, mas com certeza bem antes de estourar qualquer escandalo na Petrobrás. Agora vem um jornaleco nos dizer que tudo que está acontecendo é POR CAUSA DA Petrobrás?? Essa mídia nao acha, tem certeza, de que somos todos retardados
ResponderExcluirA CORVAIADA está descontrolada, agora que a grande mídia está falando, com todas as letras em ESTOURO DA BOLHA IMOBILIÁRIA E QUEDA DOS PREÇOS!!! Chora CORVAIADA!!! Neguem...Neguem até o fim, e façam como aqueles pais que acreditam quando a filha adolescente sai pra balada e depois liga de madrugada falando que vai dormir na casa da "amiga"...Kkkkk
ResponderExcluirO mercado imobiliário no Rio é uma grande comédia. kkkkkkkk
ResponderExcluirNão querem assumir a perda?
Pois bem, continuarão perdendo.
No Rio, os imóveis estão encalhados. Eles estão esperando algum otário para comprar? Mas nem otário tem mais. Estão todos sem dinheiro inclusive para ser otário. Ninguém comprará por um bom tempo.
ResponderExcluirEstão encalhados em todo Brasil.
ResponderExcluirA coisa está tão ruim que vi algo que a muito tempo não via em Curitiba, em um imóvel uma placa com a seguinte mensagem " Vende-se aceito um carro como entrada, contato direto com o proprietário", kkkkk
Sem contar que tirou a imobiliária e o corvo fora de negócio,
Construtoras, imobiliárias e corvos querem crédito para alavancar as vendas, porém o governo aumentou a taxa sobre o lucros dos bancos, para compensar adivinhem o que os bancos irão fazer, restringir mais o crédito e quem sabe subir juros.
Então chorem a crise vai continuar.
O problema é que com tantos imóveis vazios vai ser uma tentação para esses movimentos sem teto invadirem os imóveis
Kkkkkk
Eles nao pagam condominios,ja pensou subir todo dia 20 andares pela escada?......
ExcluirSobem.
ExcluirAqui em BH, há 20 anos abandonaram as torres gêmeas na boca de uma favela.
Em 6 meses, um prédio já estava todo por traficantes que jogavam suas vítimas do último andar.
A outra torre estava cheio de moradores. Tem sacolão, padaria e buteco nos andares intermediários para evitar a subida.
ATE OTARIO QUE TINHA DINHEIRO NAO TEM MAIS.....SETOR IMOBILIARIO NA UTI...VIVENDO NAO SEI COMO....:IMOVEL SE TORNOU UMA MERCADORIA SUPERFFLUA,ASSIM COMO CARRO......UM MOTOR HOME SERA A SAIDA....PRA MORAR, COMO NAO TEM EMPREGO MESMO,TERA QUE SE DESLOCAR PRA OUTROS CAMPOS QUE TENHA CAPIM VERDE. OH TO ERRADO....
ResponderExcluirNem bolha e mais, sao estoques altissimos, e nao tem quem assuma essa bronca,Poderiam usar pra fazer granjas ou criadores de oviparos.FAMOSOS POMBAIS OU GRANJAIS.
ResponderExcluirE o valor dos condomínios, uma prestação eterna, esse foi um dos motivos que eu desisti de comprar um apartamento na cidade do rio de janeiro e migrar para o Sul do país.
ResponderExcluirNa barra da Tijuca um imovelzinho de 65m² tem condomínio de 1300 Reais, coisa simples nada muito sofisticado, isso é uma prestação eterna, não tem jeito, não vejo saída para esses absurdos, por isso que os condomínios da barra parecem fantasmas, pouca taxa de ocupação e pessoas que lá moram querem se livrar , principalmente agora com o desemprego.
Sera que consegue alvara pra criar frangos nesses pombais?....A qualidade nao se discute, pois serao "FRANGOS URBANOS".
ResponderExcluirO Rio está cheio de placas "vende-se" com muita poeira. ACHO QUE AGORA SÃO VENDIDOS. KKKKKKK
ResponderExcluirNão sei aonde vcs viram "bolha imobiliária" É mais fácil os leigos acreditarem que os preços vão despencar do que se darem conta de que a hora de comprar imóvel é agora com o mercado em baixa...
ResponderExcluirA hora de comprar será no final de 2017/2018. Até lá teremos maior corte de crédito, aumento de juros, aumento de desemprego e uma enorme quantidade de imoveis sobrando no mercado.
ExcluirE, com menos corretorres/intermediários, será mais fácil negociar com os vendedores.
Não meu amigo! Não é hora de comprar imóveis. Apenas é a hora se você tiver dinheiro na mão e conseguir um bom desconto na negociação ou encontrar imóvel com preço justo não bolhudo.
ExcluirA hora é de deixar o dinheiro rendendo usando parte para o aluguel.