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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Hoje em Dia: Construção recebe o golpe mais pesado da crise

Acabou crédito do dinheiro público, acabou ciclo positivo. E agora temos que trabalhar com pés no chão”, resume o vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, Eurimilson João Daniel. [...] “A impressão é que o Brasil parou.”

Após seguidos anos de bonança nas gestões petistas, o setor de construção, enfim, ruiu aos escândalos da “Lava Jato” e às crises política e econômica pelas quais atravessa o país. Líderes de investimento da União até recentemente, as construtoras e empreiteiras foram excluídas do rol dos principais destinos de verba federal e amargam, até agora, um corte de quase R$ 10 bilhões se comparados aos R$ 18,3 bilhões recebidos durante o ano passado.

Levantamento realizado pelo Hoje em Dia através do Portal da Transparência revela a concretização do cenário alardeado pelo setor há quase um ano. Pela primeira vez desde 2004 (a página virtual do governo não permite consultas antes desse ano), a construção recebe menos de 7% dos gastos diretos da União. No ano passado, as empresas já haviam atingido um marco negativo: ficaram com menos de 8% (confira no infográfico).

“Nas gestões petistas, tivemos uma política voltada ao consumo, taxa de juros subsidiada pelo governo, por bancos públicos, algumas privatizações acertadas. Acabou crédito do dinheiro público, acabou ciclo positivo. E agora temos que trabalhar com pés no chão”, resume o vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, Eurimilson João Daniel.

Fim da hegemonia?
Entre os anos 2009 e 2012, uma construtora foi a responsável pela maior quantia de investimento direto do governo federal – posição ocupada uma oportunidade pela Odebrecht e três vezes pela Delta, envolvida nos escândalos do Caso Cachoeira, em 2012.

Sempre presente entre as três primeiras posições desde 2006, quando a escalada de investimentos no setor de construção ganhou força, a construtora mais bem colocada neste ano – Queiroz Galvão – ocupa apenas a 9ª colocação. “Evidentemente o governo está fazendo um esforço para fazer investimento através de concessão, a fim de evitar gastos”, afirma o diretor do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura, Petrônio Lerche.

"Culpa" da  Lava Jato 
Além da gravidade das crises política e econômica que atormentam o Brasil, é consenso entre construtores e especialistas o impacto causado pela Operação “Lava Jato”, da Polícia Federal, no setor. Responsáveis pela prisão de diretores das principais empreiteiras do país, as investigações de fraudes na Petrobras criam efeito cascata.

“É uma situação delicada para a Petrobras, preço do papel está despencando, a “Lava Jato” ainda está em andamento, pode explodir mais escândalos, o que tende a atrapalhar ainda mais o governo nos investimentos em infraestrutura”, afirma o professor de Economia do Ibmec Felipe Leroy.

Brasil parado
O resultado dos fatores citados é dramático para quem trabalha no setor. “A impressão é que o Brasil parou. O mercado está hoje trabalhando 20% a menos do que o projetado”, diz o vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, Eurimilson Daniel. Segundo levantamento da entidade, até 2019, estava previsto cerca de R$ 1,2 trilhão de investimentos (incluindo também repasses e gastos de estatais) na área. Do total, no entanto, R$ 810 bilhões estavam destinados a projetos de intenção, impactados pelo atual cenário.

Caged aponta o corte de 406 mil empregos no setor em 12 meses
O setor de construção perdeu, entre agosto do ano passado e o mesmo mês deste ano, 406 mil postos de trabalho. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do governo federal, e foram organizados pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura (Sinicon).

“A construção pesada hoje responde por quase 2% dos empregos no Brasil. A civil, cerca de 4%. Juntas, chegam a 6%. E elas foram responsáveis por 406 mil dos 843 mil postos de trabalho extintos entre agosto de 2014 e deste ano”, diz Lerche. Considerado apenas 2015, 191 mil postos foram encerrados no setor de construção, ante 389 mil em todos os setores.

O cenário pouco animador não remete nem mesmo ao início do primeiro Governo Lula. Naquele momento, em 2004, o setor de construção não estava entre os prediletos da União para investimentos diretos. 

(Hoje em Dia - Notícias - Economia e Negócios -06/10/2015)

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23 comentários:

  1. Tenho pena dos recem formados em engenharia civil...

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  2. Corrigindo a culpa não é da Lava Jato!

    Ninguem foi lá te obrigar a receber milhões de dolares na suiça não.

    Acorda a culpa é nossa mesmo.

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  3. Acredito que o maior erro do governo foi financiar imoveis sem restrições quanto ao tamanho mínimo do imóvel,
    o que de certa forma deu margens para as construtoras lançarem cada vez mais "apertamento", o povo precisa
    de moradia ... e não de cubículos para viver, no meu entender, o governo deveria somente liberar o financiamento
    para imóveis acima de 70mts, hoje no mercado há imoveis (kitnet sendo chamadas de apartamentos) com preços
    absurdos.

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  4. SECOU A TETA.....POR TODOS OS LADOS....DEVOLUÇAO DE CARROS,IMOVEIS,FINANCIADOS POIS OU PAGA OU COME....POMBAIS VAZIOS VAO SE DETERIORAR AO RELENTO,MAS TEM UMA SAIDA. VENDER PARA O MST....KKKK OU PARA O DESGOVERNO LEILOAR A PREÇO DE MANDIOCA.

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  5. De fato a crise afeta todos os setores da economia, mas o cidadão não cita a ganância de construtoras, imobiliárias e corvos que inflacionaram o valor dos imóveis, os preços deveriam voltar a níveis de 2008, antes do governo despejar o crédito fácil que gerou essa bolha

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  6. Com tudo isso !!! Os preços continua o mesmo aqui no rio de janeiro só conversa fiada !!!!

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    1. Os preços "continua"? Fora a pontuação...Tinha que ser CORVO...

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    2. Corvo detected ou inocente detected!
      A redução de preços leva anos e não semanas ou meses. Uma coisa é ter um imóvel sem vender por 6 meses, outra coisa é ficar arcando com condomínio etc por 02 anos. Com o rentismo, vender um imóvel por um preço menor e aplicar e muito mais lucrativo que alugar a preços baixos.
      Cada caso é um caso.

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  7. Preços o hell de janeiro nao caem pois sao imoveis" blindados nivel III", deve ser isso kkkkkkk... e por isso tambem nao vende.2mil o m2 esta muito bem pago.Logo tera depreciaçao 30% a,a.

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  8. Concordo com o comentário que os preços ainda não caíram, no máximo se estabilizaram. Acompanho esse e outros blogs sobre o tema, além de acompanhar economia há bastante tempo e o que percebo na prática é que as construtoras e os donos de imóveis na sua maioria ainda não estão realizando "prejuízos" no valor dos imóveis. Há, como sempre, seja em época de crise ou não, oportunidades de bons negócios. Mas o estouro da bolha ainda não ocorreu. Essa é a realidade. Estou líquido desde o começo do ano esperando e acreditando na queda dos preços, pois um cidadão minimamente informado tem razões de sobra para acreditar nisso. A hora de comprar ainda não chegou. O negócio é alugar pir enquanto.

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    1. Anônimo 18:30 a bolha já estourou, só que nas mãos dos pobres. Trabalhadores da construção civil sem emprego, bancos leiloando imóveis inadimplentes todos os dias. Investidores indo ganhar dinheiro em outro ramo. Também espero um imóvel com preço bom, mas daqui uns seis anos quando a inflação tiver corroído os preços porque baixar não vejo nenhum. As incorporadoras pararam os lançamentos e vendem o que já tinham nas mãos, os proprietários dão descontos depois que aumentam os preços. A realidade é essa que vc descreveu. Não vejo imóveis baixando de verdade só estabilizando. Quando dão 30% de desconto é porque tá o dobro do que vale .

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    2. 21:27 - Perfeito o comentário. Só acrescento que acho que vai baixar sim. Tudo tem um limite de espera. A esperança das construtoras e especuladores em geral é que a economia vá melhorar para empurrarem novamente a armadilha do crédito fácil + manutenção dos preços dos imóveis. A economia não melhorará tão cedo. Em 2017 a situação estará melhor definida.

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    3. Que ano será que os preços vão cair realmente ?

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    4. Já estão caindo. O preço anunciado não corresponde ao preço negociado.

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  9. MESMO CAINDO OS PREÇOS FICARAO A METADE DO TRIPLO.....KKKK
    A GORDURA AI E DE 500%....ENQUANTO O M2 NAO FICAR ENTRE 2 MIL OU NO MAXIMO 2.5 MIL TA BOLHUDO AINDA, PORTANTO NAO COMPREM.

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    1. Sonhar não custa nada....

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    2. Sonhar não custa nada, mas passar Fome custa a vidam como ocorre hoje com a maioria dos Corretores.

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  10. Os preços dos imóveis vai baixar só em 2020 até hj os proprietários preferem alugar barato do que vender com preço baixo ..

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    1. A propria inflaçao e o tempo, se encarregam da desvalorizaçao.....pois esse barro cozido esta muito caro....fora as devoluçoes e distrattos que estao aumentando a cada hora hoje esta em 100 mil os imoveis encalhados, sendo a media de 300 mil reias por imovel isso da 300 bilhoes de reais em encalhe.

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    2. Alugando ?Na Zona Sul do RJ tinha loja que o Aluguel custava 5 mil Reais, aumentaram para 15 mil Reais, mais de 2 anos com a placa Aluga-se, diminuíram para 10, depois 7 mil, agora está em 6 mil, e lá continua a placa Aluga-se, praticamente é uma rua inteira no Leblon com várias placas de Aluga-se.

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  11. Que abaixe em 2020..... Até lá viva ao tesouro SELIC.....guardarei meu dinheirinho pra comprar com 50% de desconto...sem bolhinhas.. Kkkkk

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  12. ESSA NAO E UMA CRISE, E SIM RECESSAO POR ANOS A FIO....EMPREGO NAO EXISTIRA MAIS....TRABALHO SIM...O ESTRAGO PETHEBAS FOI MONSTRO.O MERCADO DE IMOVEIS,CARROS, SUPERFLUOS EM GERAL JA ESTAO EM DECADENCIA .SO COM REFORMA A LA PARAGUAYA PRA SAIR DO ATOLEIRO.

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  13. Até pensei em comprar imóvel no início do ano, mas com a crise desisti. Não vou me arriscar. Acho que todos devem pensar duas vezes antes de comprar, o momento não é oportuno. Gostei muito do blog. Voltarei.

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