Total de acessos

Teste

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O Globo: Construção responde por 20% dos pedidos de recuperação judicial

[...] a perspectiva para o setor continuará negativa em 2016. No setor de incorporação residencial, este será o quarto ano de contração nas vendas. [...] o nível de distratos, em onze construtoras acompanhadas pela agência, chegou a R$ 3,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. E deve se manter alto no segundo semestre

Até setembro, 257 empreiteiras entraram na Justiça com pedido de recuperação judicial, segundo dados do Instituto Nacional de Recuperação Empresarial (Inre). O segmento de construção representa 20% de todos os 1.258 pedidos de recuperação judicial feito no país, este ano, segundo o Inre, e foi o setor que mais recorreu a esse instrumento, que evita a falência imediata da empresa.

— Esse movimento é um reflexo da queda do poder aquisitivo do consumidor, seja pela inflação, alta dos juros ou perda do emprego, que está devolvendo imóveis comprados na planta — diz Carlos Henrique Abrão, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e um dos conselheiros fundadores do Inre.

O conselheiro lembra também das grandes construtoras que recorreram à recuperação judicial depois de serem investigadas pela Operação Lava-Jato, que apura desvios de recursos nos contratos da Petrobras. Ao menos cinco entraram com o pedido, com dívidas que totalizam R$ 15 bilhões.

Poucas escapam da falência
Em tempos de crise, a Justiça tem aceitado esses pedidos, diz Abrão. Mas, no geral, ele observa que apenas 7% das empreiteiras que recorrem à recuperação judicial conseguem se reerguer e escapar da falência.

— São processos que levam entre quatro e cinco anos. Quanto pior a situação da economia mais difícil é levar o plano de recuperação adiante — afirma o desembargador.

O impacto da crise no setor de construção civil deve resultar em mais de 500 mil demissões este ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). De acordo com a analista da agência de classificação de risco Moody's, Cristiane Spercel, a perspectiva para o setor continuará negativa em 2016. No setor de incorporação residencial, este será o quarto ano de contração nas vendas, avalia a analista, e ainda há excesso de oferta, com queda média de preços de 6,6% no país. Com a Lava-Jato, afirma Cristiane, aumentou a aversão a risco dos investidores, e as empreiteiras devem ter dificuldades de financiamento para tocar novas obras.

Clientes desistem do imóvel
Segundo um relatório da Fitch, o nível de distratos, em onze construtoras acompanhadas pela agência, chegou a R$ 3,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. E deve se manter alto no segundo semestre, já que muitos projetos serão entregues até o fim do ano, sem que a economia apresente alguma reação positiva.

— O cenário de crédito ficou mais restritivo e muitos compradores não foram qualificados para a compra. Ao mesmo tempo, a expectativa de preço aumentou e o próprio cliente desistiu de adquirir o imóvel, que acaba retornando para o estoque, que já está alto — relata José Roberto Romero, um dos analistas da Fitch responsáveis pela elaboração do relatório.

(O Globo - Economia - 13/10/2015)

VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK

9 comentários:

  1. PORQUE EM 2016? A RENDA DO BANANENSE VAI AUMENTAR 300% EM 2016?
    ESSA CRISE E PARA SEMPRE E NAO PERCEBERAM AINDA.....? ESSES POMBAIS VAO VIRAR LITERALMENTE "VIVEIROS DE POMBAS MESMO".

    ResponderExcluir
  2. Imóvel na zona sul do rio , continua caro..

    ResponderExcluir
  3. Os imóveis na Tijuca e zona sul está mais caro de junho até outubro subiu 10%. Porque ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Porque aqui tem a "black fraude"....podem aumentar ou diminuir,pois ira dar na mesma. NAO ira vender messsmo.Coisa de pais/pessoas falidas e endividadas.Quem puder se manda dessa terra do nunca.

      Excluir
  4. O último que sair apague a luz

    ResponderExcluir
  5. 2016 com previsão de PIB negativo, logo fica difícil entender qual a mágica para os negócios voltarem a crescer no mercado imobiliário.

    Para esse milagre acontecer só a liberação de crédito farto, porém na atual conjuntura econômica não resolveria o problema, já que temos endividamento das famílias, alta do desemprego, etc. Quem já tem dívidas quer mais se livrar delas.
    Essa recessão vai ser longa, não vai acabar num passo de mágica.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E crédito, a juros baixos, não haverá, uma vez que o setor financeiro demanda superávits primários para pagar juros de dívidas.
      Crédito escasso, renda baixa, desemprego, incerteza, e juros altos só favorecem o investimento no mercado financeiro.
      Como o número de distratos e lançamentos entregues aumenta, e a demanda diminui, deveriam baixar os preços para manter a atividade. Mas, não, empresariado burro, vai esticar a corda ao limite até que haja falência em massa e tentar forçar o governo a salvar empresas com aportes de empréstimos e subsídios.
      É o velho mantra do mercado, o lucro é privado, mas o prejuízo público.

      Excluir
    2. Perfeito o comentário em sua última frase. Insistem em não enxergar a realidade porque como doaram milhões nas eleições, serão socorridos pelo governo. Quem diga as montadoras de automóveis que irão receber ajuda de R$ 4.000.000.000. Por isso não reduzem os preços dos carros e continuam a manter suas matrizes que não estão no país.

      Excluir
  6. ESSA CRISE VEIO PRA FICAR....E SO VER AS GRANDES EMPRESAS DEMITINDO AOS MILHARES E ISSO QUER DIZER QUE: MESMO PARA OS GRANDES EMPRESAS(MULTIACIONAIS E NACIONAIS),NAO ESTAO VENDO A CURTO/MEDIO/LONGO PRAZO RECUPERAÇAO DO CONSUMO INTERNO E MUITO MENOS EXTERNO PARA PODEM INVESTIR AQUI NA BANANIA.MODELO ECONOMICO ( ALTA CARGA TRIBUTARIA/CORRUPTA PRA SUSTENTAR DESGOVERNO) ESTA FALIDO PERANTE AOS PAISES EMERGENTES.ATE O PARAGUAY ESTA MELHOR QUE AQUI.POVO MERECE; ATE QUE DEMOROU.....

    ResponderExcluir