Além daquele comprador que não tem condições de arcar com o financiamento, devido ao aumento das taxas de juros e restrição do crédito, “boa parte” dos distratos é feita por especuladores, segundo o diretor da Abrainc. [...] O que aconteceu nos últimos anos não era investidor. Eram pessoas que queriam comprar na baixa e vender na alta. O mercado imobiliário não é bolsa de valores.
O comportamento de alguns investidores do mercado imobiliário brasileiro preocupa os demais agentes do setor neste momento de crise, sobretudo as construtoras. São pessoas que não estão satisfeitas com a desvalorização de um imóvel adquirido na planta e decidem devolvê-los às construtoras.
O comportamento de alguns investidores do mercado imobiliário brasileiro preocupa os demais agentes do setor neste momento de crise, sobretudo as construtoras. São pessoas que não estão satisfeitas com a desvalorização de um imóvel adquirido na planta e decidem devolvê-los às construtoras.
Além daquele comprador que não tem condições de arcar com o financiamento,
devido ao aumento das taxas de juros e restrição do crédito, “boa parte” dos
distratos (devolução de imóveis adquiridos na planta antes da entrega) é feita
por especuladores, segundo o diretor da Abrainc (Associação Brasileira de
Incorporadoras Imobiliárias), Luiz Fernando Moura.
— O que tem acontecido não é nem um distrato, é basicamente uma
desistência. Muita gente comprou imóvel vendo uma situação de valorização,
desde a década passada. Quando se chega a uma estabilização [de preços], muita
gente que comprou há dois ou três anos e que tinha uma perspectiva de ter um
lucro grande teve frustrada essa expectativa.
Recentemente, um levantamento da agência de classificação de riscos Fitch
mostrou que a cada cem imóveis vendidos entre janeiro e setembro de 2015, 41
foram devolvidos a nove grandes incorporadoras.
"Mercado imobiliário não é bolsa de valores"
Quem investiu em imóveis nos últimos dez anos no Brasil viu uma valorização constante, segundo o índice FipeZap.
Com essa perspectiva de retorno rápido, muitas pessoas ganharam dinheiro
comprando apartamentos na planta e revendendo logo após a entrega. Moura diz
que as devoluções feitas por especuladores colocam em risco os empreendimentos.
— Quando você chega ao meio da obra e 15% dos compradores resolvem desistir,
você deixa de ter a entrada desses recursos que financiam a obra e tem que
devolver alguma coisa a eles ainda. Isso também afeta o comprador que permanece
no empreendimento e pode ter o prazo de entrega dilatado. Gera um risco para a
operação. Esse risco vai ser precificado e repassado para os futuros
lançamentos.
Segundo o presidente da Fiabci-Brasil (Federação Internacional
Imobiliária), Rodrigo Luna, essa onda especulativa foi um dos fatores responsáveis
pela supervalorização imobiliária nos grandes centros.
— O mercado imobiliário é para investidores de longo prazo. O verdadeiro
investidor imobiliário é aquele que vive da renda do imóvel, que se dá por um
longo tempo, pelo aluguel. O que aconteceu nos últimos anos não era investidor.
Eram pessoas que queriam comprar na baixa e vender na alta. O mercado
imobiliário não é bolsa de valores.
O diretor da Abrainc explica que as construtoras identificam as
desistências por motivo financeiro ou por especulação.
— Em um produto destinado a uma classe de renda mais baixa, a maior parte
desses distratos pode ser por dificuldades com crédito. Mas se você pega
produtos destinados a investimento, que são apartamentos menores, de bom padrão,
salas comerciais, eu diria que grande parte do que está acontecendo é
desistência por uma expectativa de valorização frustrada.
Ele acrescenta que a última alternativa, no caso de pessoas com
dificuldades para conseguir crédito, será o distrato.
— Quem não consegue pagar, o incorporador tem todo o interesse em manter a
venda, se o comprador tem interesse em ficar com o imóvel. Então, vai buscar
uma solução, dá um pouco mais de prazo, muda para um andar mais baixo, mais
barato, ou pega um apartamento menor. Tudo isso para tentar ajustar e não
acontecer o distrato.
Na prática, o comprador que desiste do negócio recebe uma parte do
dinheiro de volta, o que já está previsto no contrato. Porém, muitos clientes
insatisfeitos decidem entrar na Justiça para reaver um percentual maior. Como
defesa, as incorporadoras querem mostrar aos juízes que o motivo de
determinadas desistências não é a falta de dinheiro ou de crédito.
Secovi fala em "acomodação"
A crise na economia brasileira deve trazer um período de "acomodação" dos
preços de imóveis, segundo executivos do setor. De acordo com o vice-presidente
de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emílio Kallas, 2016 ainda será
um ano de boas oportunidades para quem deseja comprar a casa própria,
especialmente se for à vista.
— Hoje, as construtoras estão vendendo abaixo do preço de tabela. Quem
está capitalizado consegue negociar com muito mais facilidade.
(Portal R7 - Economia - 18/01/2016)
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PERDA MENOR QUE AS AÇOES(KAMIKAZES) DA PETROSSAURO,DEVERIAM ESTA FELIZES DA VIDA EM CONSEGUIR OS 80% DE VOLTA....POIS QUEM INVESTIU UM MILHAO NA PETROBRAS, PERDEU BASICAMENTE TUDO.ISSO E PT=PERDA TOTAL E ISSO E FATO.UM SUICIDIO ECONIMICO.
ResponderExcluirAchei ótima a frase "mercado imobiliário não é bolsa de valores". Isso não redime de culpa as construtoras que vendem os imóveis tendo em torno de 500% de lucro. Se fossem menos gananciosas, o número de distratos seria bem menor mesmo com a especulação dos especuladores.
ResponderExcluirTambém na redime de culpa os compradores de fazerem um negócio tão mal feito. Quem compra imóvel bolhudo é tão culpado quanto quem vende.
500% de lucro? Lucro sobre o valor investido? Kkkkkk
ExcluirVai estudar, camarada...
Beira os 500% de lucro sim nas gaiolas verticais pombais , 500 mil em 20m2= sai a 25 mil o m2... se tiver 300 aptos os valores vao a 150 milhoes de reias, com terreno construçao nao passa de 40 milhoes.
ExcluirQuem comprou para especular tem que perder. É próprio da atividade especulativa. Nada tenho contra especuladores, mas quem especula está sujeito a risco e tem que perder quando a jogada não dá certo. É assim no mercado de ações, nos derivativos, no câmbio - e tem que ser assim no setor imobiliário.
ResponderExcluirO judiciário e as demais instituições brasileiras tem de ter isso bem claro: essa turma forçou a alta (prejudicando muita gente), com o fim de experimentar grandes ganhos financeiros, e agora tem de suportar os efeitos da baixa...
Nao se desesperem com a perda do que veem,tudo passara.coisas efemeras,dinheiro,bens,etc. O pior e perder o que nao se ve.
ResponderExcluirE as promessas de 30% a.a. de valorização, feitas pelos corretores.
ResponderExcluirSIFU.....KKKK... e ainda perderam $$$$$, pra acabar de vez com as esperanças dos corvos.... ja tem imovel mansao no alphaville a 700 mil.... era 1900.000 estao ja descapitalizados e começou a queima da gordura de 2008 ate 2015.LOGO SERA O FIM DA BANANIA....
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