A crise da economia fez despencarem os preços dos imóveis. Construtoras e
incorporadoras, que começaram a levantar prédios quando os valores estavam em
alta, agora acumulam um grande estoque em carteira. Para manter o fluxo de
caixa, a ordem nas empresas é fazer de tudo para negociar as unidades prontas.
Elas oferecem de bônus extraordinários a descontos que chegam a 51% e até carro
na garagem
O assédio dos
vendedores é grande e, muitas vezes, oportunidades vendidas como únicas, ou
imperdíveis, nem sempre correspondem à realidade. É possível que o valor mais
em conta de um imóvel incluído numa promoção, por exemplo, reflita apenas o
realinhamento de preços do mercado. Neste caso, outros ativos, na região, vão
oferecer as mesmas oportunidades. Além disso, antes de bater o martelo da
compra é importante fazer detalhadamente os cálculos de quanto será gasto com
prestações mensais e intermediárias. Adquirir um imóvel é diferente de comprar
um carro. Dependendo das condições na entrega, será preciso ainda desembolsar
pelo menos R$ 10 mil em material e serviços. Aquele modelo pronto para morar
que o cliente visitou é apenas uma referência.
“Leia atentamente o memorial descritivo da obra. Lá estão todas as
informações sobe a construção e em que condições será entregue o imóvel”,
aconselha Lucas Vargas, vice-presidente executivo da Construtora Vila Real. De
acordo com Marcelo Tapai, especialista em direito imobiliário do escritório
Tapai Advogados e presidente do Comitê de Habitação da regional de São Paulo da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP), muitas vezes o cliente é enganado ou
não recebe todas as informações necessárias.
Tapai fez uma simulação para mostrar que, nessas transações, os cálculos
não são tão simples. No exemplo dado por ele, o preço do imóvel é de R$ 300
mil. Como entrada, o comprador paga R$ 20 mil de uma vez e ele terá de arcar
com 36 parcelas mensais de R$ 1 mil (total de R$ 56 mil). Com isso, imagina
que, no final, terá um saldo a financiar de R$ 244 mil. Não é verdade.
O que o cliente não sabe é que há uma correção mensal pelo Índice Nacional
de Custo da Construção (INCC), que não é incluída no início para que o valor
caiba no bolso do comprador. Não são cobrados juros durante a construção.
Porém, com a revisão do INCC, no fim, ele estará devendo mais de R$ 311 mil.
O advogado Tales Pinheiro Lins, da Comissão de Direito Imobiliário da
OAB/DF, ressalta que por isso houve um aumento no volume de ações de revisão
contratual. “O consumidor não aguenta pagar ou acha o preço injusto e acaba
devolvendo o imóvel”, diz.
Como o mercado se ressente dos efeitos da crise econômica, segundo Olivar
Vitale, especialista em direito imobiliário e sócio do Tubino Veloso, Vitale,
Bicalho e Dias Advogados, a previsão é de que os estoques de imóveis só cheguem
ao fim em dois ou três anos. Alexandre Lafer, diretor da Vitacon Incorporadora
e Construtora, considera natural e saudável a desaceleração, depois da euforia
dos últimos anos. “O imóvel é uma moeda forte de proteção. O Brasil tem déficit
de 7 milhões de moradias. Milhares de pessoas estão formando família.
Independentemente da crise, existe demanda”, aponta.
(Portal Uai - Notícia - Economia - 01/01/2016)
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300 mil em um imovel de 30m2= 10 mil o m2= ta muito caro o "BOLHUDO" ,quando chegar a 1,5 mil o m2 me avisem hein....KKKK Pois o povao esta falido.Vender pra quem entao?....ou seja, MICO.
ResponderExcluirFujam de "pombais"....
R$ 10.000 o m2 é o preço de Jurerê Internacional, perto da praia. Se tem pato pagando isso em bairros feios de cidades horrorosas, como SP, nem internação em hospital psiquiátrico resolve...
Excluirquando chegar a 1,5 mil, vendo meu carro e compro 3. MENOS!
ResponderExcluir“O imóvel é uma moeda forte de proteção." Uma moeda que não acompanha a inflação, que deprecia (apartamentos e casas), gera custos (condomínio, IPTU) e não tem liquidez nos próximos 5 anos.
ResponderExcluirConcordo,mas acho que sera por decadas e nao anos,o estrago e monstruoso na economia.
Excluir“O imóvel é uma moeda forte de proteção. O Brasil tem déficit de 7 milhões de moradias. Milhares de pessoas estão formando família. Independentemente da crise, existe demanda”, aponta
.
OBS: ESSE AI ESQUECEU QUE PESSOAS MORREM TAMBEM, ENTAO ESSA DEMANDA TODA E UMA FRAUDE,E QUE ESSA DEMANDA NAO TEM DINHEIRO PRA COMPRAR NEM CASA DE 20 MIL.CONVERSA PRA BOI DORMIR.
Papo furado. Quando baixar na ZN de São Paulo me avisem.
ResponderExcluirEsta cada vez mais difícil sustentar a tese que o mercado imobiliário não será afetado pela crise. "Demanda", "formação de família" ou "papo furado" não são imunes aos sistemas macro-econômicos.
ResponderExcluirIsso tudo é conversa fiada , aqui no RIO DE JANEIRO TIJUCA E ZONA SUL os preços estão congelados .
ResponderExcluirImóvel barato só em Itaboraí RJ
ResponderExcluirOU Mariana-MG
ExcluirEssa conversa de demanda é muito relativa. Nos lugares mais pobres e carentes, a demanda por comida é gigantesca e nem por isto grandes restaurantes se instalam lá. A explicação é obvia : Tem Demanda mas nao tem quem possa pagar.
ResponderExcluirExatamente, não adianta ter demanda se não os preços estão muito acima da capacidade de pagamento.
ExcluirO Brasil não tem deficit de moradia. O Brasil tem deficit é de crédito.
ResponderExcluirEsse mercado imobiliário foi construído a base de muita especulação e mentiras. Em plena crise ainda se ouve que há demanda, pois, utilizam de artifícios com aumento no número de casamentos e divórcios, como se todos os casais comprassem casa e todos os casais separados significassem duas compras de imóveis.kkkk. Não sei em qual país esse pessoal vive. Mas no Brasil que vivo a maioria das pessoas que casam fazem o famoso "puxadinho" e os divorciados voltam a casa dos pais. Espero que os preços caim muito ainda, pois, brasileiro "isperto" tem mais é que se ferrar de verde e amarelo.
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