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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Portal Uai: Preços em queda provocam vale-tudo no mercado imobiliário

A crise da economia fez despencarem os preços dos imóveis. Construtoras e incorporadoras, que começaram a levantar prédios quando os valores estavam em alta, agora acumulam um grande estoque em carteira. Para manter o fluxo de caixa, a ordem nas empresas é fazer de tudo para negociar as unidades prontas. Elas oferecem de bônus extraordinários a descontos que chegam a 51% e até carro na garagem

O assédio dos vendedores é grande e, muitas vezes, oportunidades vendidas como únicas, ou imperdíveis, nem sempre correspondem à realidade. É possível que o valor mais em conta de um imóvel incluído numa promoção, por exemplo, reflita apenas o realinhamento de preços do mercado. Neste caso, outros ativos, na região, vão oferecer as mesmas oportunidades. Além disso, antes de bater o martelo da compra é importante fazer detalhadamente os cálculos de quanto será gasto com prestações mensais e intermediárias. Adquirir um imóvel é diferente de comprar um carro. Dependendo das condições na entrega, será preciso ainda desembolsar pelo menos R$ 10 mil em material e serviços. Aquele modelo pronto para morar que o cliente visitou é apenas uma referência.

“Leia atentamente o memorial descritivo da obra. Lá estão todas as informações sobe a construção e em que condições será entregue o imóvel”, aconselha Lucas Vargas, vice-presidente executivo da Construtora Vila Real. De acordo com Marcelo Tapai, especialista em direito imobiliário do escritório Tapai Advogados e presidente do Comitê de Habitação da regional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP), muitas vezes o cliente é enganado ou não recebe todas as informações necessárias.

Tapai fez uma simulação para mostrar que, nessas transações, os cálculos não são tão simples. No exemplo dado por ele, o preço do imóvel é de R$ 300 mil. Como entrada, o comprador paga R$ 20 mil de uma vez e ele terá de arcar com 36 parcelas mensais de R$ 1 mil (total de R$ 56 mil). Com isso, imagina que, no final, terá um saldo a financiar de R$ 244 mil. Não é verdade.

O que o cliente não sabe é que há uma correção mensal pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que não é incluída no início para que o valor caiba no bolso do comprador. Não são cobrados juros durante a construção. Porém, com a revisão do INCC, no fim, ele estará devendo mais de R$ 311 mil.

O advogado Tales Pinheiro Lins, da Comissão de Direito Imobiliário da OAB/DF, ressalta que por isso houve um aumento no volume de ações de revisão contratual. “O consumidor não aguenta pagar ou acha o preço injusto e acaba devolvendo o imóvel”, diz.

Como o mercado se ressente dos efeitos da crise econômica, segundo Olivar Vitale, especialista em direito imobiliário e sócio do Tubino Veloso, Vitale, Bicalho e Dias Advogados, a previsão é de que os estoques de imóveis só cheguem ao fim em dois ou três anos. Alexandre Lafer, diretor da Vitacon Incorporadora e Construtora, considera natural e saudável a desaceleração, depois da euforia dos últimos anos. “O imóvel é uma moeda forte de proteção. O Brasil tem déficit de 7 milhões de moradias. Milhares de pessoas estão formando família. Independentemente da crise, existe demanda”, aponta.

(Portal Uai - Notícia - Economia - 01/01/2016)

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14 comentários:

  1. 300 mil em um imovel de 30m2= 10 mil o m2= ta muito caro o "BOLHUDO" ,quando chegar a 1,5 mil o m2 me avisem hein....KKKK Pois o povao esta falido.Vender pra quem entao?....ou seja, MICO.
    Fujam de "pombais"....

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    1. R$ 10.000 o m2 é o preço de Jurerê Internacional, perto da praia. Se tem pato pagando isso em bairros feios de cidades horrorosas, como SP, nem internação em hospital psiquiátrico resolve...

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  2. quando chegar a 1,5 mil, vendo meu carro e compro 3. MENOS!

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  3. “O imóvel é uma moeda forte de proteção." Uma moeda que não acompanha a inflação, que deprecia (apartamentos e casas), gera custos (condomínio, IPTU) e não tem liquidez nos próximos 5 anos.

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    1. Concordo,mas acho que sera por decadas e nao anos,o estrago e monstruoso na economia.

      “O imóvel é uma moeda forte de proteção. O Brasil tem déficit de 7 milhões de moradias. Milhares de pessoas estão formando família. Independentemente da crise, existe demanda”, aponta
      .
      OBS: ESSE AI ESQUECEU QUE PESSOAS MORREM TAMBEM, ENTAO ESSA DEMANDA TODA E UMA FRAUDE,E QUE ESSA DEMANDA NAO TEM DINHEIRO PRA COMPRAR NEM CASA DE 20 MIL.CONVERSA PRA BOI DORMIR.

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  4. Papo furado. Quando baixar na ZN de São Paulo me avisem.

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  5. Esta cada vez mais difícil sustentar a tese que o mercado imobiliário não será afetado pela crise. "Demanda", "formação de família" ou "papo furado" não são imunes aos sistemas macro-econômicos.

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  6. Isso tudo é conversa fiada , aqui no RIO DE JANEIRO TIJUCA E ZONA SUL os preços estão congelados .

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  7. Imóvel barato só em Itaboraí RJ

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  8. Essa conversa de demanda é muito relativa. Nos lugares mais pobres e carentes, a demanda por comida é gigantesca e nem por isto grandes restaurantes se instalam lá. A explicação é obvia : Tem Demanda mas nao tem quem possa pagar.

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    1. Exatamente, não adianta ter demanda se não os preços estão muito acima da capacidade de pagamento.

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  9. O Brasil não tem deficit de moradia. O Brasil tem deficit é de crédito.

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  10. Esse mercado imobiliário foi construído a base de muita especulação e mentiras. Em plena crise ainda se ouve que há demanda, pois, utilizam de artifícios com aumento no número de casamentos e divórcios, como se todos os casais comprassem casa e todos os casais separados significassem duas compras de imóveis.kkkk. Não sei em qual país esse pessoal vive. Mas no Brasil que vivo a maioria das pessoas que casam fazem o famoso "puxadinho" e os divorciados voltam a casa dos pais. Espero que os preços caim muito ainda, pois, brasileiro "isperto" tem mais é que se ferrar de verde e amarelo.

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