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terça-feira, 1 de março de 2016

Estadão: Qualquer recuperação do mercado imobiliário só em meados de 2017, avalia Moody's

"A deterioração contínua da atividade da indústria e as incertezas políticas no Brasil têm adicionado estresse no equilíbrio" do setor, postergando qualquer sinal de possível recuperação em 2016, afirmou a Moody's. [...] Apesar de uma redução consistente de lançamentos, a percepção de excesso de oferta no mercado imobiliário continua a ser elevada. As rescisões contratuais e a fraca velocidade de vendas têm aumentado. [...] Além disso, a fraca confiança dos consumidores está pressionando os preços dos imóveis, com uma clara tendência de queda para os valores em 2016

A crise econômica do Brasil deve postergar qualquer recuperação da indústria de imóveis residenciais até, pelo menos, meados de 2017, afirmou a agência de classificação de riscos Moody's. Em relatório, a instituição afirmou que a receita das companhias do setor deve cair em 10% no ano de 2016, frente aos níveis observados em 2015, enquanto a margem bruta deve permanecer estável num intervalo de 24% a 26%.

"A deterioração contínua da atividade da indústria e as incertezas políticas no Brasil têm adicionado estresse no equilíbrio" do setor, postergando qualquer sinal de possível recuperação em 2016, afirmou a Moody's. Esse efeito afeta os ajustes que vinham ocorrendo desde 2012, com uma desaceleração geral em lançamentos, o que seria uma correção natural após um período de acelerado crescimento.

Apesar de uma redução consistente de lançamentos, a percepção de excesso de oferta no mercado imobiliário continua a ser elevada. As rescisões contratuais e a fraca velocidade de vendas têm aumentado, explicou a agência, o que contribuiu para grandes volumes de estoque de unidades concluídas nos balanços das empresas.

Estoque em alta
De acordo com os cálculos da Moody's, as unidades concluídas variam de 10% a 15% dos estoques para a maioria das empresas do setor no Brasil, mas em certos casos se aproximam de 40%. "Como os lançamentos tendem a vender muito mais rápido do que o estoque, o mercado vai exigir um pouco mais de tempo para absorver essas unidades antes de ver a expansão nos lançamentos", explicou.

Além disso, a fraca confiança dos consumidores está pressionando os preços dos imóveis, com uma clara tendência de queda para os valores em 2016. A diminuição de preços também reflete o excesso de oferta, decorrente da entrega de um grande número de novas unidades iniciadas durante o boom da construção. Além disso, a pressão vem do aumento das taxas de juros e redução da oferta de financiamento para aquisição de residências.

Estoques mais elevados de unidades concluídas devem restringir qualquer melhoria de preços e crescimento das receitas, especialmente no segmento de média renda, apontou a agência "Ainda assim, alguns ganhos de eficiência decorrentes da redução dos preços das matérias-primas e custos estáveis de materiais de construção devem ajudar a estabilizar as margens gerais", acrescentou.

Crise imobiliária seguirá, pelo menos, até meados de 2017
O aumento da capacidade ociosa do setor também deve aumentar a oferta de mão de obra qualificada, apesar da inflação alta, o que ajuda a manter as margens operacionais sob controle. No entanto, o setor da construção civil permanecerá estressado pelo menos até meados de 2017, devido a disponibilidade mais rigorosa de financiamento, um grande volume de cancelamentos de vendas e os atrasos na conversão de recebíveis em caixa.

As empresas que trabalham no segmento de média renda devem ser impactadas negativamente em diferentes níveis pela fraca atividade econômica no País e pela disponibilidade restrita de crédito. 

Para os segmentos de baixa renda, a Moody's alerta que as restrições fiscais do governo provavelmente comprometerão o Orçamento para o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Em 2015, a iniciativa atingiu R$ 16,5 bilhões em investimento público. Já o Orçamento de fato para o programa em 2016 ainda é incerto, mas o governo apresentou ao Congresso uma redução de 58%, para cerca de R$ 6,9 bilhões. A Moody's ressaltou que o programa tem dado às empresas incentivos para a construção de habitação de baixa renda e tem sido um condutor de receita importante para o setor.

(Estadão - Notícias - Geral - 16/02/2016)

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9 comentários:

  1. Sei o que vou relatar agora foge um pouco da notícia acima, mas acho que é importante dizer...

    Há dois dias atrás, tive uma boa notícia sobre um amigo que fazia um tempo "sumido". O que descobri foi que o camarada mudou de bairro. Isto é, ele comprou um apto usado.
    O valor pedido pelo proprietário inicialmente era de 320.000,00, a proposta dele foi de 215.000,00. Fechou negócio rápido! E, segundo ele, ainda foi preciso recorrer a financiamento, mas o sinal dado foi de aproximadamente 70%. O cara ainda vai gastar uns 15.000,00 com reformas para deixar o imóvel em melhores condições. Nem precisa falar que ele teve custos com as documentações envolvidas na transação - no mínimo uns 10.000,00, mas o amigo não especificou quanto. Em geral, não achei que o camarada fez um bom negócio, isto é, eu não teria feito. Mas tudo bem. O sujeito estava tão feliz que eu acabei também ficando feliz por ele.

    Moral da história: o amigo conseguiu facilmente 30% de redução de preço! Ou seja, se os interessados quiserem aumentar a possibilidade de negócios fechados, a saída é redução substantiva de preço.

    Abraço e boa dia a todos!

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  2. Coitados dos Corvos, como vão fazer para ganhar seus 6% en cima dos 666 (bestas)?
    Aluguel é o que tem de melhor pessoal não corre o risco de perder o imóvel e ainda faz economia para a compra a vista em tempos de deterioração ou acomodação ou preço justo ou Bolha Imobiliária, como queiram.
    Se mesmo assim, encontrar uma grande oportunidade para compra ninguém precisa de Corretor, digo Corvo, basta contratar um despachante por um salário mínimo que prepara toda a papelada.
    Quem precisa dos Corvos?

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    1. Corvos??? Essa raça podre não existe mais, desapareceu misteriosamente com uma tal de valorização de 30% a.a vai saber kkkkkkkkkkkkkk

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  3. Com esse desemprego e empresas fechando,DUVIDO....kaos a vista.

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  4. Parece que todos perderam a referência do capital, e consequentemente dos valores intrínsecos de um bem...
    Crédito é facilitador, não formador de valor.
    2017 ou 2027?

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  5. No início de 2015, quando ainda acreditava em ajuste fiscal, eu conservava alguma esperança em dias melhores. Atualmente, tenho a certeza de que, enquanto a mulher sapiens mais gênia do planeta estiver no poder, não haverá recuperação da economia ou, tampouco, do mercado imobiliário. Teremos de passar por um período de austeridade fiscal para que isso se viabilize (recuperação).
    Aposto em mais de 15% de queda nominal média no valor dos imoveis, só em 2016, à qual se somará a inflação de mais de 10%.
    Falta liquidez ao mercado. Quem precisa vender vai ter de se adequar à atual conjuntura. Notem que o crédito imobiliário encareceu mais de 20%, no BB e na Caixa, em 2015. Só isso já pressiona os preços para baixo, já que a parte financiavel ficou menor.
    Eu não compraria imóvel antes de junho de 2017. Se a crise não for superada - e nao deve ser superada - os preços tendem a cair ainda mais.
    Agora, se a gênia sapiens cair, aí é provável que as coisas melhorem rapidamente...

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  6. #eutambemqueroumtripex

    Rs

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