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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Estadão: Recursos cada vez mais escassos para o crédito imobiliário

[...] o comportamento dos depósitos de poupança dificultará a retomada do mercado de imóveis, quando as condições forem mais propícias. Ademais, a desova de estoques de imóveis em poder das incorporadoras, ainda muito elevados, pode ser dificultada pela redução de fontes de crédito, num momento de esforço de vendas com leilões e feirões de moradias

Além dos indicadores fracos de produção, vendas e investimentos na construção civil, retratados em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do sindicato da habitação (Secovi-SP) relativas ao primeiro trimestre, persiste a queda rápida dos saldos das cadernetas de poupança. E estas são – ao lado do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – as principais fontes de recursos do crédito imobiliário.

Deduzidas as aplicações, em maio saíram R$ 4,1 bilhões das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que destina a maioria dos recursos para financiar a habitação. O valor é recorde em 21 anos, desde que o Banco Central passou a contabilizá-lo. Os saques líquidos atingiram R$ 31,9 bilhões neste ano, superando os R$ 29 bilhões registrados em igual período de 2015. O saldo final das cadernetas do SBPE, que exclui a poupança verde do Banco do Brasil, diminuiu de R$ 509,2 bilhões em dezembro para R$ 492,9 bilhões em maio.

Com a perda de competitividade das cadernetas em relação a outras modalidades, o comportamento dos depósitos de poupança dificultará a retomada do mercado de imóveis, quando as condições forem mais propícias. Ademais, a desova de estoques de imóveis em poder das incorporadoras, ainda muito elevados, pode ser dificultada pela redução de fontes de crédito, num momento de esforço de vendas com leilões e feirões de moradias.

A construção tem peso expressivo na economia. Segundo o IBGE, o PIB da construção civil caiu 1% entre o último trimestre de 2015 e o primeiro trimestre deste ano, acima da queda média do PIB (0,3%). Comparativamente ao primeiro trimestre de 2015, houve recuo de 6,2%, também acima da média (5,4%), e nos últimos quatro trimestres, comparativamente aos quatro trimestres anteriores, o recuo foi de 7,1%. A construção de residências é uma das principais responsáveis pela queda da taxa de investimento, que diminuiu 17,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2015, chegando a 16,9% do PIB.

A falta de recursos para imóveis não se limita ao SBPE, voltado principalmente para a classe média, alcançando também linhas destinadas à habitação popular, como as do programa Minha Casa.

A escassez de crédito já elevou o custo dos empréstimos – o que é desestimulante para compradores já afetados pelo risco do desemprego, da perda de renda e, agora, por novas pressões inflacionárias.

(Estadão - Opinião - Notícias - Geral - 11/06/2016)

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7 comentários:

  1. A escassez de crédito já elevou o custo dos empréstimos - o que é desestimulante para compradores já afetados pelo risco do desemprego, da perda de renda e, agora pressões inflacionais." É o caos instalados. Esse é apenas o início do trauma que os especuladores viverão daqui pra frente. kkkk

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    1. Ja estao em desespero total.....e as contas chegando todo mes....,provavel muito abandono de obras pelo pais....SEM SAIDA OU TEM A SAIDA VIA CUMBICA.

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  2. As Construtoras poderiam reduzir os preços com promoções para pagamento À vista....mas reduzir o preço com o valor justo, e não com o valor dos especuladores....

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  3. Tem uma conta que nao bate e ninguem fala nisso...

    Hoje imovel SIMPLES é 300k
    Pra financiar é necessario uns 8 a 10k de renda...
    Renda media do brasileiro é 2,5k e pode usar ate 3 pessoas pra financiar.

    Eai? o q está errado? a renda ou o preço do imovel?

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    1. Tá tudo errado. Tem que cair uma bomba atômica e começar do zero.

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    2. Sao os GERSONS da vida aqui na bannania land sem futuro....impostos noruega e povo pobre..
      entao compraR como?...resp: NAO TEM COMO.PAIS FALIDO COM POVO DENTRO...SIMPLES ASSIM....

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  4. Nada agora com Temer aí que as coisas irão ficar pretas!
    Aí, aí, aí!
    Adeus crédito imobiliário!

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