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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Editorial Folha: Casa para quem pode [a derrocada do crédito imobiliário]

Há mais de um motivo, decerto, para tamanha queda. Famílias atormentadas pelas incertezas do presente tornaram-se menos propensas a assumir dívidas de longo prazo; a piora do emprego e da renda minou os depósitos nas cadernetas de poupança, principais fontes do crédito direcionado à classe média

A derrocada do crédito para a compra da casa própria é uma das facetas mais visíveis da atual recessão, tanto quanto a expansão dos financiamentos esteve entre as marcas principais do ufanismo econômico dos governos petistas.

De R$ 12,4 bilhões, em dezembro de 2014, a concessão de empréstimos habitacionais para pessoas físicas havia minguado para R$ 7,2 bilhões em maio deste ano, conforme os dados mais atualizados do Banco Central.

Há mais de um motivo, decerto, para tamanha queda. Famílias atormentadas pelas incertezas do presente tornaram-se menos propensas a assumir dívidas de longo prazo; a piora do emprego e da renda minou os depósitos nas cadernetas de poupança, principais fontes do crédito direcionado à classe média.

Do lado do governo, o encolhimento da arrecadação de impostos forçou cortes bruscos nos subsídios reservados aos programas de casas populares.

Nesse contexto, compreende-se a lógica de mercado na decisão da Caixa Econômica Federal, o maior agente do setor, de privilegiar operações voltadas para o público mais abastado, capaz de adquirir imóveis de até R$ 3 milhões - o novo teto adotado pelo banco estatal, correspondente ao dobro do limite anterior.

Obviamente bem recebida por construtores e corretores, a medida não deixa de ser simbólica do impasse vivido pela política habitacional do país. A imagem da Caixa, afinal, está associada aos financiamentos a pobres e remediados, na faixa de preço até R$ 750 mil que conta com juros e condições especiais definidas na legislação.

A trajetória de redução do deficit nacional de moradias foi interrompida. Estima-se que cerca de 6 milhões de domicílios, 9% do total, proporcionem condições de vida precárias ou por demais onerosas para seus habitantes.

A enorme maioria dos casos, evidentemente, envolve famílias de baixa renda, alvo prioritário do Minha Casa, Minha Vida - que, privado de recursos, praticamente paralisou no ano passado as contratações voltadas a esse estrato.

Será restrito, por anos à frente, o espaço orçamentário para que o programa oficial volte a conceder, em larga escala, subsídios quase integrais a seus beneficiários. À falta do atalho, sobra o longo percurso de diminuição dos juros, do desemprego e do contingente a depender do amparo do Estado.

(Folha de São Paulo - Editorial - Opinião - 21/07/2016)

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22 comentários:

  1. Tudo tem um fim...mercado imobiliario e um deles....dmorou cair a ficha aqui na banania em plena depressao economica.

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    1. Ata acabando
      Acabou pra quem nunca começou.
      Ninguém mais quer um teto pra botar s família dentro

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  2. Acabou a lavagem de dinheiro...
    Caixa Econômica pagando 200.000 em imóveis que não valem 25.000...
    Depois que era feito o pagamento a conta ficava para os brasileiros pagarem...
    Acabou a era PTralha...
    Agora a PF, TCU, Receita federal auditar o por quê de a CEF fazer tantas concessões sem critérios...

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    1. Concordo
      Não valem o que a Caixa pagou ao construtor.
      Se houver inadimplência e retomada;ai quebra a Caixa.

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  3. Classe média não precisa de recursos de Caderneta de poupança meu amigo, quem precisa são os dependentes do MCMV.
    CLASSE MÉDIA TRABALHA
    CLASSE MÉDIA PAGA ALUGUEL
    CLASSE NÃO PAGA CARO
    CLASSE MÉDIA ESTUDA
    CLASSE MÉDIA PAGA IMPOSTOS

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    1. CLASSE MÉDIA BATE PANELAS!
      CLASSE MÉDIA É MASSA DE MANOBRA!
      CLASSE MÉDIA ACHA QUE É RICA!
      CLASSE MÉDIA VIVE NO ROTATIVO DO CARTÃO DE CRÉDITO!
      CLASSE MÉDIA ACHA QUE SABE VOTAR!
      CLASSE MÉDIA TEM CARRO E APERTAMENTO FINANCIADO E ACHA QUE É ALGUMA COISA!

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    2. Quem odeia classe média é PTRALHA kkkkkkkk
      Meu amigo estou falando da classe média de verdade e não a crasse média criada pelo PT.
      Que dormiu rica e acordou pobre kkkkkk

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  4. Imóvel não é investimento, pois a geração atual prefere a praticidade de pagar aluguel e morar próximo ao trabalho.

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  5. Mercado imobiliário com os preços praticados está as moscas.

    Vejam essa conta:
    8 imóveis ==> valor R$ 550K cada = R$ 4,4 Milhões ==> alugado ==> retorno 0,4% a.m. = R$ 17.600,00
    R$ 4,4 Milhões ==> aplicação CDB ==> retorno 0,9% a.m. = R$ 39.600,00 (já livre de impostos)
    R$ 4,4 Milhões ==> aplicação Poupança ==> retorno jun'16 0,71% = R$ 31.240,00,00 (já livre de impostos)

    kkkkkkkkkkkkkkkkk

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    1. 666 É VACINADO CONTRA O RACIOCÍNIO LÓGICO E NUNCA IRÃO ENTENDER ISSO!

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    2. 666: "Eu tenho direito de rasgar dinheiro, me deixaaa! Sou rico, olha meu patrimônio! Quem compra terra não erra!" kkkkkkkkk

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  6. Tambem acho que comprar imovel torna o proprietario imovel tambem...kkkk

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    1. Boa. Compre imóvel e fique imóvel!!!, bem imóvel.

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  7. Eu penso que no momento que estamos vivendo não podemos fazer contar comparando os investimentos bancários com os patrimônios. Olhando dessa forma, obviamente o investimento traz mais retorno, mas e la na frente? Mas até quando podemos contar com os bancos? O Brasil vai envelhecer, as pessoas vão se aposentar. Sabe seu inss, previdência, entre outros? Esta pagando o salário dos aposentados. Mas assim como aconteceu na Europa, o Brasil vai envelhecer, e ai meu amigo, quero ver quem vai pagar a conta! Por isso, eu acho que o investimento em imóveis te assegura de uma possível catastrofe bancária futura. O imóvel é seu, a valorização é menor, mas não sabemos se será mais eficiente num futuro não muito distante.

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    1. Desde quando um monte de tijolos empilhados é investimento?
      Ainda mais pagando-se fortunas por caixas de fósforo, só mesmo um imbecil ou alguém ligado ao mercado imobiliário pra pensar assim.
      Sem contar que as cidades brasileiras estão cada vez piores, com um violência crescente e falta de infraestrutura. O melhor mesmo é guardar seu dinheiro, aproveitar esses juros abusivos e deixar o dinheiro render sem muito esforço. Eu pelo menos não compro nada nesse país metido a rico, com um IDH deplorável.

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    2. CrediPronto investir em imóveis em grandes bairros, bairros de grande movimentação hoje não vale a pena. O retorno é muito pequeno. Vale mais deixar o dinheiro no banco rendendo muito mais como o Unknown mencinou. Você colocar todo o seu dinheiro em um imóvel só, não dá!! Existem regiões, aqui no RJ mesmo, que o "progresso" não chegou. Terrenos baratos, para construção e futuramente alugar. Lojas, quitinetes. A população cresce muito a cada dia. Isso se consegue sem tirar todo o dinheiro do banco.
      Imóvel para o futuro, hoje, seria para aquela família que quer comprar um novo imóvel sem precisar vender o antigo. Aí é consequência da vida, trabalho, melhoria, etc. Mas tirar o dinheiro e comprar um apto de R$ 600.000,00 para alugar, esta conta não está boa.

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    3. CrediPonto, já começou sua fala de forma equivocada. As pessoas confundem muito as coisas. Imóvel não é investimento é patrimônio e moradia. Há uma grande diferença nessas duas palavras.
      Para quem tem muitas posses e possui bastante patrimônio pode se dar ao luxo de ter tanto imóveis quanto investimento em Banco. Principalmente aqueles que usufruem desse patrimônio.
      O que não é certo é financiar 30 anos da vida enchendo o bolso de Bancos e Construtoras.
      Nenhum doido hoje compra um imóvel para deixar alugando. O mercado vai de acordo com a maré, quando não compensar investimento ai compra-se imóveis. Quem tem a mente limitada e não se adapta perde dinheiro.
      A matemática é simples:
      1 - Tem dinheiro suficiente para comprar um imóvel para morar e está no preço justo, então compra;
      2 - Não tem dinheiro para comprar, então junta o dinheiro e mora de aluguel etc;
      3 - Tem dinheiro para comprar, mas compensa muito mais pagar o aluguel e ainda sobrar dinheiro, então continua no aluguel.
      Eu me enquado no 3.

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    4. Acho que vc se esqueceu que pessoas morrem, nao sao eternas nao oh...e so existe o passado e o presente.....portanto....

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    5. Nem sei pra que tantos imoveis se a densidade demografica esta diminuindo,menos filhos e pessoas morrem......

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    6. Eu me divirto com os argumentos dos defensores dos tijolos: "compre porque vai acabar", "comprem antes do aumento generalizado de preços", "só um imóvel te protegerá contra a catástrofe bancária do futuro". Pessoal, o ciclo de aumento de preços que acabamos de ver, fruto de uma combinação inédita de aumento de renda, superciclo de commodities e crédito barato e farto não vai se repetir em décadas. É hora dos imóveis andarem de lado durante muitos e muitos anos. Sobre catástrofe bancária, não é impossível, mas aí ninguém terá dinheiro nem mesmo para o condomínio. Muitos acham que imóvel é uma reserva de valor, desde que exista pra quem vendê-lo! Por fim, tudo no Brasil é caro e ruim, em comparação com outros países. Se posso fazer render bem o meu dinheiro, porque IMOBILIZARIA o mesmo num Imóvel, ainda mais supervalorizados?! Endividar-se então por 35 anos a juros altos é coisa de louco. SE eu comprar um imóvel um dia será tão somente para destravar o FGTS e desde que seja através de uma linha Procotista e com imóvel a preço justo. Até lá, vou poupando feliz da vida.

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  8. Você quer vender um carro?
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    A única liquidez que se enxerga hoje é uma aplicação financeira com a respectiva opção de resgate, sendo boa ou ruim, vc tem cash pra negócio no valor real no tempo presente, sem depender de ninguém.
    Chega de churumelas de imóvel na planta, promessas ilusórias que ninguém pode afirmar de valorização deste pseudo-investimento, chega de não enxergar a verdade da negociação com liquidez, chega de golpes em cima de quem trabalha e é explorado por todos os lados.

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