[...] as dificuldades enfrentadas por proprietários de imóveis estão chegando a um ponto em que eles estão sendo forçados a vender propriedades com grandes descontos
Os investidores internacionais que fizeram grandes apostas no mercado
imobiliário brasileiro não têm nenhuma ilusão de que os Jogos Olímpicos ajudem a encurtar a dura maratona econômica que exaure o
país.
Mas alguns dizem que um aspecto positivo começa a surgir em meio à
recessão prolongada, escândalos de corrupção, fraqueza do real e crise
política: as dificuldades enfrentadas por proprietários de imóveis estão
chegando a um ponto em que eles estão sendo forçados a vender propriedades com
grandes descontos.
O sinal mais recente dessa tendência é o interesse do gigante americano de
private equity Blackstone Group LP em comprar uma participação de 50% em cinco
shoppings da firma imobiliária JHSF Participações. As ações da JHSF têm sido negociadas abaixo de R$ 1, em comparação com
mais de R$ 4 em 2012, e a empresa tem sido pressionada para reduzir sua dívida.
No ano passado, a firma americana de private equity GTIS Partners fechou o
capital da Brazil Hospitality Group, uma das maiores proprietárias de hotéis do
país, em uma oferta avaliada em US$ 400 milhões. A GTIS aproveitou o baixo
preço das ações da empresa e a forte pressão feita por um acionista ativista,
diz Tom Shapiro, um dos fundadores da GTIS.
Agora, a GTIS está procurando fazer negócios com construtoras de imóveis
residenciais que estão sem dinheiro para terminar projetos porque as vendas
despencaram. “Leva tempo para que eles percebam que têm problemas, como todos
sabemos”, diz Shapiro. “Então, demorou para que os preços dos ativos fossem
redefinidos.”
Executivos esperam que demanda continue fraca
Outros grandes investidores internacionais que estão ativos no momento no
Brasil incluem a canadense Brookfield Property Partners LP, a Gazit Global, que
tem sede em Tel Aviv, e as americanas Tishman Speyer Properties e a Equity
International, do megainvestidor Sam Zell. Os executivos dessas empresas dizem
esperar que a demanda por edifícios de escritórios, condomínios, lojas e outras
propriedades se mantenha fraca, o que torna mais difícil para os investidores
estrangeiros no curto prazo produzir os retornos acima de 20% esperados do
mundo de alto risco do mercado imobiliário de países emergentes.
Construir operações nesses países os
coloca em posição de aproveitar as pechinchas que se materializam durante
ciclos de fraqueza econômica, dizem os executivos.
Certamente, alguns investidores estrangeiros não estão satisfeitos com
experiências prévias no Brasil. A Related Cos., por exemplo, enfrentou grandes
atrasos jurídicos em um de seus dois projetos de imóveis residenciais por causa
de divergências entre vários ramos do governo sobre regras e alvarás.
Usando a experiência acumulada em mercados estrangeiros, “primeiro fomos
para a China e depois o Brasil”, diz Stephen Ross, presidente do conselho da
Related em uma conferência de investimento em março. “Tenho que dizer, eles não
deram certo.”
"Há mais risco de queda"
Executivos de empresas de investimento que optaram por não se expandir no
Brasil, entretanto, dizem que não se arrependem de suas decisões. Eles apontam
para o declínio do real, que foi de cerca US$ 0,60 para cerca de US$ 0,30, que
tem sido devastador para quem comprou propriedades no auge econômico, usando
fundos em dólar.
“Há mais risco de queda” em um país que enfrenta “uma recessão prolongada”
e a instabilidade política, que é “a nova norma”, diz Ralph Rosenberg, diretor
global de grupo imobiliário da firma de private equity KKR, em um e-mail. “Como
um investidor global [que compra] em dólares, vemos melhor valor ajustado pelos
riscos em outros mercados.”
A maioria dos investidores que estão ativos no Brasil diz que eles tomaram
medidas para se proteger das crises.
Além disso, os investidores dizem que há sinais de que a economia
brasileira já atingiu o fundo do poço. Por exemplo, a moeda estrangeira se
recuperou, e o real agora vale cerca de US$ 0,30, ante US$ 0,25 no ano passado.
O megainvestidor Zell, que procura por “oportunidades interessantes” no
Brasil, diz que a situação política melhorou desde que a presidente Dilma
Rousseff foi suspensa até que se realize o processo de impeachment.
“Acho que as coisas estão mais estáveis hoje, mas não acho que eu levaria
essa estabilidade para o banco”, disse ele.
(The Wall Street Journal - Artigos - 03/08/2016)
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Para se dissipar os 300% supervalorizados e irreais que o financiamento eterno causou leverá anos, se conformar com a realidade que se reflete em prejuízos, não é simples assim de se aceitar.
ResponderExcluirVai ter que aceitar na marra o preju...isso quem comprou nesses 06 anos passados. Antes nao tem preju... e sao 500% de "bolha nos preços", 300% e pouco.
ExcluirQuando 1 m2 custar 23 mil caso do HEEL de janeiro?...so podia dar nisso mesmo.
Fora as falencias a vista de construtoras e mutuarios desempregados.
Arrumar, so em 2050 e olha la.
Pra quem tem dinheiro na mão (minoria brasileira), há boas oportunidades de negócios.
ResponderExcluirPaciência e perseverança é a chave do negócio. Não comprem o primeiro bolhudo que aparecer.
Ainda é muito cedo para comprar imoveis. Selic alta e financiamentos absurdos com preços bolhudos, vai demorar até o mercado ajustar os preços, apos os balanços das empreitas , quero ver se essa visão não muda em curto prazo (matérias compradas). Quem tem $$ para comprar a vista é só aguardar pq a coisa ainda vai ficar complicada com esse governo que duvido que fique (digo a chapa eleita)e ainda sem emprego e crescimento pífio... Ter paciência e fazer bons negócios e com preço justo.
ResponderExcluirExatamente..como tem imoveis demais e compradores nenhum,dinheiro na mao, e melhor segurar ate o talo.
ExcluirMas tem o lado bom: Ate que seria otimo uma recolonizaçao por um pais de 1ª mundo.
Eles vem .compram tudo aqui, e possivel que vida melhore sim.
Tá devagar a queda. Nada q caiba no meu bolso ainda. Vejo até aumento.
ResponderExcluirAumento de desemprego e falencias, vc quer dizer neh..?Mais um que pensa como corvo...mas ja tomamos a vacina viu....vacina anti-corvos now.....kkkkkk
ExcluirKkkkk sentimos cheiro de Corvo de longe.
ResponderExcluirSe depender desse Blog, vão ter que varrer rua, virar concreto, fazer capina. Se não quiser morrer de fome. Kkkkkkkkk
Nada Termer tem a solução!😂
ResponderExcluirTodo PTralha, sem exceção é Corvo.
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