Total de acessos

Teste

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Artigo: Queda de preço dos imóveis no brasil é destaque internacional

[...] as dificuldades enfrentadas por proprietários de imóveis estão chegando a um ponto em que eles estão sendo forçados a vender propriedades com grandes descontos

Os investidores internacionais que fizeram grandes apostas no mercado imobiliário brasileiro não têm nenhuma ilusão de que os Jogos Olímpicos ajudem a encurtar a dura maratona econômica que exaure o país.

Mas alguns dizem que um aspecto positivo começa a surgir em meio à recessão prolongada, escândalos de corrupção, fraqueza do real e crise política: as dificuldades enfrentadas por proprietários de imóveis estão chegando a um ponto em que eles estão sendo forçados a vender propriedades com grandes descontos.

O sinal mais recente dessa tendência é o interesse do gigante americano de private equity Blackstone Group LP em comprar uma participação de 50% em cinco shoppings da firma imobiliária JHSF Participações. As ações da JHSF têm sido negociadas abaixo de R$ 1, em comparação com mais de R$ 4 em 2012, e a empresa tem sido pressionada para reduzir sua dívida.

No ano passado, a firma americana de private equity GTIS Partners fechou o capital da Brazil Hospitality Group, uma das maiores proprietárias de hotéis do país, em uma oferta avaliada em US$ 400 milhões. A GTIS aproveitou o baixo preço das ações da empresa e a forte pressão feita por um acionista ativista, diz Tom Shapiro, um dos fundadores da GTIS.

Agora, a GTIS está procurando fazer negócios com construtoras de imóveis residenciais que estão sem dinheiro para terminar projetos porque as vendas despencaram. “Leva tempo para que eles percebam que têm problemas, como todos sabemos”, diz Shapiro. “Então, demorou para que os preços dos ativos fossem redefinidos.”

Executivos esperam que demanda continue fraca
Outros grandes investidores internacionais que estão ativos no momento no Brasil incluem a canadense Brookfield Property Partners LP, a Gazit Global, que tem sede em Tel Aviv, e as americanas Tishman Speyer Properties e a Equity International, do megainvestidor Sam Zell. Os executivos dessas empresas dizem esperar que a demanda por edifícios de escritórios, condomínios, lojas e outras propriedades se mantenha fraca, o que torna mais difícil para os investidores estrangeiros no curto prazo produzir os retornos acima de 20% esperados do mundo de alto risco do mercado imobiliário de países emergentes.

Construir operações nesses países os coloca em posição de aproveitar as pechinchas que se materializam durante ciclos de fraqueza econômica, dizem os executivos.

Certamente, alguns investidores estrangeiros não estão satisfeitos com experiências prévias no Brasil. A Related Cos., por exemplo, enfrentou grandes atrasos jurídicos em um de seus dois projetos de imóveis residenciais por causa de divergências entre vários ramos do governo sobre regras e alvarás.

Usando a experiência acumulada em mercados estrangeiros, “primeiro fomos para a China e depois o Brasil”, diz Stephen Ross, presidente do conselho da Related em uma conferência de investimento em março. “Tenho que dizer, eles não deram certo.”

"Há mais risco de queda"
Executivos de empresas de investimento que optaram por não se expandir no Brasil, entretanto, dizem que não se arrependem de suas decisões. Eles apontam para o declínio do real, que foi de cerca US$ 0,60 para cerca de US$ 0,30, que tem sido devastador para quem comprou propriedades no auge econômico, usando fundos em dólar.

“Há mais risco de queda” em um país que enfrenta “uma recessão prolongada” e a instabilidade política, que é “a nova norma”, diz Ralph Rosenberg, diretor global de grupo imobiliário da firma de private equity KKR, em um e-mail. “Como um investidor global [que compra] em dólares, vemos melhor valor ajustado pelos riscos em outros mercados.”

A maioria dos investidores que estão ativos no Brasil diz que eles tomaram medidas para se proteger das crises. 

Além disso, os investidores dizem que há sinais de que a economia brasileira já atingiu o fundo do poço. Por exemplo, a moeda estrangeira se recuperou, e o real agora vale cerca de US$ 0,30, ante US$ 0,25 no ano passado.

O megainvestidor Zell, que procura por “oportunidades interessantes” no Brasil, diz que a situação política melhorou desde que a presidente Dilma Rousseff foi suspensa até que se realize o processo de impeachment.

“Acho que as coisas estão mais estáveis hoje, mas não acho que eu levaria essa estabilidade para o banco”, disse ele.

(The Wall Street Journal - Artigos - 03/08/2016)

VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK

10 comentários:

  1. Para se dissipar os 300% supervalorizados e irreais que o financiamento eterno causou leverá anos, se conformar com a realidade que se reflete em prejuízos, não é simples assim de se aceitar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vai ter que aceitar na marra o preju...isso quem comprou nesses 06 anos passados. Antes nao tem preju... e sao 500% de "bolha nos preços", 300% e pouco.
      Quando 1 m2 custar 23 mil caso do HEEL de janeiro?...so podia dar nisso mesmo.
      Fora as falencias a vista de construtoras e mutuarios desempregados.
      Arrumar, so em 2050 e olha la.

      Excluir
  2. Pra quem tem dinheiro na mão (minoria brasileira), há boas oportunidades de negócios.
    Paciência e perseverança é a chave do negócio. Não comprem o primeiro bolhudo que aparecer.

    ResponderExcluir
  3. Ainda é muito cedo para comprar imoveis. Selic alta e financiamentos absurdos com preços bolhudos, vai demorar até o mercado ajustar os preços, apos os balanços das empreitas , quero ver se essa visão não muda em curto prazo (matérias compradas). Quem tem $$ para comprar a vista é só aguardar pq a coisa ainda vai ficar complicada com esse governo que duvido que fique (digo a chapa eleita)e ainda sem emprego e crescimento pífio... Ter paciência e fazer bons negócios e com preço justo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exatamente..como tem imoveis demais e compradores nenhum,dinheiro na mao, e melhor segurar ate o talo.
      Mas tem o lado bom: Ate que seria otimo uma recolonizaçao por um pais de 1ª mundo.
      Eles vem .compram tudo aqui, e possivel que vida melhore sim.

      Excluir
  4. Tá devagar a queda. Nada q caiba no meu bolso ainda. Vejo até aumento.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aumento de desemprego e falencias, vc quer dizer neh..?Mais um que pensa como corvo...mas ja tomamos a vacina viu....vacina anti-corvos now.....kkkkkk

      Excluir
  5. Kkkkk sentimos cheiro de Corvo de longe.
    Se depender desse Blog, vão ter que varrer rua, virar concreto, fazer capina. Se não quiser morrer de fome. Kkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  6. Nada Termer tem a solução!😂

    ResponderExcluir
  7. Todo PTralha, sem exceção é Corvo.

    ResponderExcluir