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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Valor: Projetos imobiliários impulsionados pelos Jogos frustram investidores

Sete anos depois, essa estratégia está se desintegrando em meio a escândalos de corrupção e turbulências políticas e econômicas que derrubaram a demanda por todo tipo de imóvel no Rio de Janeiro. [...] "Temos uma perspectiva negativa para o mercado imobiliário do Brasil", diz Cristiane Spercel, analista da Moody's Investors Services

A economia brasileira estava a todo vapor em 2009, quando o país ganhou o direito de sediar a Olimpíada de 2016. Esse impulso ajudou os organizadores do evento a vender uma nova ideia: usar as oportunidades de projetos imobiliários para financiar, com capital privado, grande parte dos mais de US$ 12 bilhões que o país gastaria na preparação dos Jogos.

Sete anos depois, essa estratégia está se desintegrando em meio a escândalos de corrupção e turbulências políticas e econômicas que derrubaram a demanda por todo tipo de imóvel no Rio de Janeiro.

Às vésperas da abertura dos Jogos, na sexta­-feira, analistas afirmaram que vai levar muito mais tempo que o previsto para os empreendimentos do setor privado decolarem, o que cria mais riscos para um projeto já às voltas com muitos problemas.

"Temos uma perspectiva negativa para o mercado imobiliário do Brasil", diz Cristiane Spercel, analista da Moody's Investors Services. "E provavelmente vai levar pelo menos mais dois anos para haver sinais de uma perspectiva positiva."

A ideia era que empresas privadas arcariam com grande parte dos custos iniciais da infraestrutura, estádios e outros projetos necessários ­ ganhando, em troca, dezenas de hectares de área nobre para empreendimentos residenciais e comerciais, que seriam muito valorizados pelas obras ligadas à Olimpíada.

Mas algumas empresas envolvidas nos projetos olímpicos acabaram enredadas nos escândalos de corrupção deflagrados pelas investigações da Lava­Jato.

Situação 'anêmica' e queda dos preços
Até agora, as vendas estão abaixo do esperado, num reflexo da situação anêmica do setor de imóveis residenciais, dizem analistas. Os preços dos 3.600 apartamentos variam entre R$ 750 mil e R$ 3 milhões. "Não são baratos para brasileiros no meio de uma recessão", diz Randall Loker, diretor­gerente da corretora Paldin Realty Firm LLC, acrescentando que está difícil vender os que custam mais de R$ 1 milhão.

Antes da Olimpíada, as incorporadoras colocaram 600 dos 2.600 apartamentos no mercado. Cerca de 40% dessas 600 unidades foram vendidas, segundo comunicado da Ilha Pura. "Como planejado desde a concepção da Ilha Pura, a expectativa é que todas as unidades sejam vendidas no período de até oito anos após os Jogos", afirmou a empresa.

Pode ser necessário baixar os preços para atingir essa meta. Segundo a Moody's, houve uma queda de 9% nos preços cobrados nos últimos 12 meses, enquanto os preços de venda na conclusão da transação caíram até 20% em relação a um ano atrás.

Autoridades envolvidas nas obras da Olimpíada reconhecem que as vendas estão fracas e que é pouco provável que haja novos projetos tão cedo. Mas preveem que os projetos terão sucesso no longo prazo. "Os apartamentos são bem localizados e têm uma infraestrutura muito boa", diz Marcelo Pedroso, presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), que coordena a atuação dos órgãos públicos nos Jogos.

Os organizadores há muito sonhavam que a Olimpíada seria um evento transformador para uma cidade tão famosa por suas belezas naturais. As autoridades municipais do Rio mencionam com frequência os Jogos de Barcelona, em 1992, como a centelha de um grande crescimento no turismo e outras melhorias econômicas na cidade espanhola.

As ambições do Rio vão além da Barra da Tijuca, a região onde o Parque Olímpico está localizado. Um investimento enorme foi feito em projetos de transporte público na cidade toda e na revitalização da área portuária, com o projeto Porto Maravilha.

Outros tempos
Mas muitos desses outros projetos também tinham um grande componente privado e, portanto, era vital que o mercado imobiliário continuasse aquecido. "Nos tempos do boom, nós teríamos vendido de 50% a 100% no primeiro mês após o lançamento", diz Loker, da corretora Paldin. "Já não é mais assim."

Devido à piora do cenário, as incorporadoras não levaram adiante muitos dos projetos residenciais e comerciais previstos. Um exemplo é a Tishman Speyer, uma grande incorporadora global, que está esperando a economia melhorar para construir em dois terrenos que possui na região do Porto Maravilha.

A área "será o futuro da cidade", diz Rob Speyer, diretor­presidente da Tishman. "Vamos monitorar o mercado e tomar decisões quando houver uma recuperação."

Os organizadores envolvidos na Olimpíada do Rio apontam o bairro londrino de Stratford, que sediou os Jogos de 2012, como outra história de sucesso. Esse desfecho não estava garantido quando o bairro começou a ser desenvolvido, durante os dias sombrios da crise financeira de 2008, dizem eles.

Ao mesmo tempo, o enorme investimento que o setor privado já fez nos projetos da Olimpíada aumentam as chances de que haja mais projetos no futuro, dizem alguns organizadores.

"Se isso fosse inteiramente um projeto do setor público, não creio que teria sido desenvolvido nos próximos 20 anos", diz Bill Hanway, líder global de esportes da Aecom, empresa internacional de construção e projetos que elaborou o plano mestre para o Parque Olímpico. "É melhor ter uma parceria público­privada, onde o setor privado tem que tentar recuperar seu dinheiro."

(Valor Online - Impresso - The Wall Street Journal - 03/08/2016)

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23 comentários:

  1. 750 mil... 1 milho gigante... fichinha.
    Vamos comprá meu povo a Carxa Erconomica financia proceis, não interessa se depois vai para o leilão por 100k pois o importante é pagar a construtora, depois é depois uai!
    POLÍCIA FEDERAL E RECEITA FEDERAL NELES!!!!

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  2. " A idéia " ...
    " Situação anêmica "
    Quem foi é que teve está idéia, e desde quando a situação não era moderada e anêmica por aqui?
    Aqui não é Europa, tentaram estimular a ambição de quem financia tudo e não sabe fazer contas e a verdade é essa aí, não existiam tantos incautos para este segmento.

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    1. Exatamente..Brazuka burlou aula de matematica...queria o que neh...pensou que cabia no bolso e que era crasse merdia petheba "na base do credito fiado pra pagar dividas em 35 anos ...kkkk".
      E os especuladores issspertos se ferraram todos tambemmm kkkk...PERDEU TUDO....MESSSSSMO.

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  3. E quem disse que imovel e investimento? Imovel era pra especular,igual carros na decada de 70, açao manipulada para o baixo conhecimento da populaçao em matematica,onde pegava credito fiado a juros altissimos, pra pagar dividas ate 35 anos, nao cola mais...imovel e posse e deixa o dono imovel...
    Investimentos hoje e sempre: Aplicaçoes financeiros ou produçao de itens com valor agregado.
    Quem comprou um monte de imoveis simplesmente SIFU...nao vende,nao aluga...sobrou:abandonar,dar.doar.leiloar.etc... corvos de plantao depenados com a palavra.
    Isso serve tambem a essas industrias(galpoes) elefantes brancos que serao abandonadas em breve do brasil e ficando um monte de gente sem trabalho,como ja esta ocorrendo...mas ainda nao e o fim...e o começo do fim...senao sermos novamente recolonizados por outro pais mais serio.

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  4. "NOS TEMPOS DE BOOM, NÓS TERÍAMOS VENDIDOS DE 50% A 100% NO PRIMEIRO MÊS APÓS O LANÇAMENTO". Coitado desse mercado, vai padecer por muitos e muitos anos. Veremos brevemente corvo vendendo bala no sinal, corvo cobrador de ônibus, corvo limpador de para-brisa, corvo vendedor de amendoim, corvo segurando faixa de concessionária nas vias, corvo repositor, corvo entregador de gás, corvo motoboy, corvo porteiro de prostíbulo, corvo motorista de ônibus urbano, corvo gari. Em tempo gostaria de fazer uma correção: para desempenhar essas atividades é necessária conduta ilibada, não dá pra eles. Então, morrerão de fome. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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    1. Vao comer tijolo ate umas horas .. e perderao "anus".. de vendas....kkkkkkkkkkkkk...

      Os corvos estao em extinçao..o negocio e empalha-los...kkkkkkkkkkkkkkk

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  5. Fizeram os alojamentos no padrão minha casa minha vida e faço idéia de quão bolhudo não custaram.
    O paisinho esse hein. Corrupção e ganância. Se o lucro não for de 500% não aceitam.

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    1. Os caras são mestres do ilusionismo, olha só: custo de produção de apartamento (contando terreno, material, mão-de-obra, etc) em bairro de padrão médio no RJ-> 1.200-2.400 por m2. Valor do m2 a venda de unidades novas em bairros de padrão médio -> 5.000-10.000 por m2. Dizem q já se alcançou o patamar de preço mínimo possível, q pra menos não cai. Será que só eu vejo que tem alguma coisa de errado?!

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  6. Tô só esperando a coisa começar a melhorar no Brasil em todos os setores, incluindo o imobiliário.
    Espero também que o blog continue. Inquilinada geral não vai mais comentar aqui...OU, os coments ficarão ainda mais raivosos!

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    1. Vish ,,tava vendo imoveis em leiloes...me espantei com a quantidade de "Pombais dormitorios"sem qualidade de vida, sendo leiloados...Teve um em SBC 59m2, onde o preço avaliado era 320 mil e no leilao o lance inicial 125 mil...E nao teve lance kkkkk...
      Sera um sonho?..Nao..nao e um sonho... E VERRRRDADE....kkkk

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    2. Ate melhorar nao tera mais fubazinho hein...trata de ir capinar senao...Corvo detected....kkkk
      Acho que pecisamos do reforço da vacina anti-corvo...now...kkkk

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    3. Ei Corvo, filho de Satã! Vc vai falir pois ninguém vai comprar seus imóveis e o aluguel está caindo, caindo, caindo kkkkkkkkkkkkkkkk
      Vc está com mi mi mi porque não vendeu na alta e vê o bem desvalorizar cada dia kkkkkkkkkkkkkkkk
      A hora é vez dos inquilinos chegou kkkkkkkkkkk

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    4. 16:04, sugiro uma cama box ao invés de uma cadeira para que não prejudique a coluna na sua espera.

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    5. 16:04, Coisa melhorar? Cê é doido?! Nesse ritmo, perdendo o pouco da indústria q temos a nível acelerando, com nossas commodities valendo nada e ainda com estatais sendo mal operadas, o q v espera? Estamos mais perto de sermos a próxima Grécia, veja bem, juros da dívida altíssimo, PIB caindo rápido, sem indústria, sem nenhuma estatal indo bem pra aliviar as contas... Leia um pouco de história e tire suas conclusões, pare de ficar torcendo, economia não é uma pelada, comece a ser mais realista, vlw meu parça!

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    6. Existem 2 tipos de inquilinos!!

      Tipo 1 - Os que são realistas e moram de aluguel por algum tipo de situação e que desejam ter sua casa própria com o esforço de seu trabalho. Este tipo(1), quase sempre alcança suas metas e não perdem tempo com os comentários bizarros expostos aqui, como: corvo, milho, cvr, bolhudo e outras baboseiradas!!

      Tipo 2:
      Os inquilinos que comentam neste espaço:
      Invejosos que perdem seu tempo invejando a vida alheia, não pensam em si próprios e sim no que os outros tem, compram, alem de desejar coisas ruins para o próximo. Típico comportamento de invejoso avarento!!
      Para esses, não tenho dúvida: nunca irão progredir... Conforme o tempo vai passando, vão se mudando para lugares cada vez piores e com valor de aluguel maior!!
      Milho é coisa de feira!!! Bolhudo deve ser um dedo com bolha!!
      Parem de invejar o próximo e se preocupem com seus umbigos!!!

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    7. 18:30, sem querer ser deselegante contigo, mas já sendo, será q vc e td mundo q vc conhece tem tanta grana assim pra achar um apezinho de 100 m2 vendido por 1 milhão barato? Será q alguém aqui inveja a situação de uma PDG da vida, de uma pessoa q gastou suas poupanças e ainda se individou e está vendo seu patrimônio se depreciando, percebendo q fez mal negócio, q poderia comprar melhor hj e ainda sem se enrolar com banco? Acho q não né... Na vdd, vc parte de pressupostos falsos. Uma pessoa com renda média nunca q irá adquirir o imóvel q merece com esses preços absurdos. Veja, as pessoas q vinham se informando, juntaram uns trocados e estão rindo a toa com os juros q recebem dos compradores desenfreados, enquanto pagam alugueis irrisórios, podendo escolher o imóvel em muitos casos, e ainda vendo o seu capital se valorizar em até 20% ao ano em cima do valor dos anúncios para venda. Acho q está invertendo os papeis de quem sente inveja, não acha mesmo? Bom, agora chega, vou levar minha família pra Campos do Jordão, com o dinheiro dos meus rendimentos. Vlw, boa sorte na vida!

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    8. Ei corvão vá voar em outro milharal. Aqui no blogue somos contra os altos e bizarros preços dos imóveis e quem começou o insulto e humilhação aos inquilinos foi você.
      Se você está feliz explorando o seu próximo, parabéns!
      Se você está irritado com suas perdas pois não consegue vender nem comprar, problema é seu.
      Eu moro de aluguel por que sinto feliz por ver os juros crescendo, crescendo... Os inquilinos não tem culpa de sua falência.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  7. O público alvo eram americanos, europeus, etc.
    Queriam vender em moeda forte, aproveitando as olimpíadas, o plano parecia perfeito, mas...
    Quem investiria em um bem imóvel em um país com a economia em frangalhos, renda percapta média/baixa, corrupção como regra, instabilidade política, etc...
    Que idéia inconsequente e altamente aventureira...

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    1. Isso sem tirar o péssimo padrão e superfaturamento dos imóveis construídos.

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    2. Nem imagino como devem estar os corretores que diziam, lá em 2014, que gringos comprariam muitos imóveis aqui e blablabl, metro quadrado vai pra 30mil, pré-sal, Brasil grande, moeda forte(sic) hahaha E olha que, naquela época, comprar no Rio ou em Paris, dependendo do lugar, estava bem seis ou meia-dúzia, ou seja, aconteceu o previsível. Muita palhaçada e vontade de humilhar os outros dá nisso! Chorem proprietários, chorem corvos, paguem meus juros, paguem 1k de condomínio!

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  8. As coisas mudaram???
    Sim, e como mudaram...
    Em julho de 94 o plano real foi implantado no Brasil e a economia andou em patamares constantes e estáveis, com índices de inflação baixos, até 2009.
    Quem financiou imóvel nesse período (A correção da TR era ínfima,por quase "não existir" inflação) curtiu ver as prestações decrescerem e pagou seus débitos em média de 15 anos feliz e saltitante...essa foi a impressão que ficou para a grande maioria.
    Hoje dobrou o prazo, disparou os juros e temos uma inflação insistente além de 2 dígitos.
    Tem muita gente hoje que não enxerga os efeitos e causas dessa mudança, é muito preocupante...

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  9. Os efeitos são:
    Pagar um ano, dois, três, quatro...
    Aí vai olhar o saldo devedor e percebe que diminuiu muito pouco, pois foi corrido pela nossa amada TR, isso pela tabela price.
    Se for sac, sobe mensalmente...

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    1. Correção pela TR é atualização do montante devedor.
      Não tem nada a ver com os juros que foram contratados quando faz o financiamento.
      Fica uma dívida desorientada e fatal.

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