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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Valor: Com crise, mais incorporadoras podem pedir recuperação judicial

A percepção é que há três grupos mais sensíveis a esse cenário. O primeiro é formado por companhias listadas em bolsa que têm enfrentado dificuldades financeiras e são recorrentes no setor citações a PDG Realty e Rossi Residencial. [...] O segundo grupo de empresas potencialmente mais afetadas pela crise compreende incorporadoras vinculadas a construtoras envolvidas na Operação Lava­-Jato. E o terceiro grupo é formado pelas incorporadoras regionais, de médio e pequeno porte

O pedido de recuperação judicial da construtora Viver pode ter aberto caminho para outras empresas de incorporação imobiliária recorrerem ao mesmo expediente com vistas a garantir sua continuidade operacional. A crise econômica do país e seu forte impacto nas vendas de imóveis, o aumento dos distratos e o encarecimento do crédito comprometem a estrutura de capital de empresas, que já vinham lutando para se manter em dia com os compromissos financeiros, na avaliação de profissionais do setor e da área jurídica.

Além de incitar especulações sobre potenciais candidatas à recuperação judicial, a iniciativa da Viver, apurou o Valor, instaurou um clima de apreensão nos bancos que estão expostos a esse setor. Ao fim do segundo trimestre, o passivo total das incorporadoras listadas em bolsa superava R$ 45 bilhões, uma parte referente a recursos tomados junto aos bancos como dívida corporativa e para a produção de imóveis. "É possível que novos pedidos sejam feitos nos próximos meses", diz o advogado Eduardo Takemi Kataoka, do escritório Galdino, Coelho, Mendes Advogados, que está à frente do processo da Viver.

A mesma leitura é compartilhada pela consultoria Alvarez & Marsal, que é especializada na recuperação de empresas e desde fevereiro trabalha na reestruturação da Viver. "Essa deve ser a primeira de algumas empresas, mas não temos claramente a visão de quais seriam as outras", afirma o diretor­geral da A&M na América Latina, Luis de Lucio. Uma combinação de fatores macroeconômicos e o fato de o mercado imobiliário não reagir tão rapidamente em momentos de recuperação contribuem para o cenário desafiador, conforme De Lucio.

Desde 2012
A crise na indústria, comenta o executivo, remete a 2012 e a situação continuou se deteriorando até 2016. Nesse intervalo, a taxa de desemprego passou de 4,6% (em dezembro daquele ano) para 11,3% em junho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a taxa de juros saiu de 7,25% para 14,25% ao ano.

Ao mesmo tempo, o número de imóveis vendidos praticamente caiu à metade e os distratos (devoluções por compradores de imóveis às incorporadoras) atingiram a marca de 45% em junho deste ano, segundo dado da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) ­ em outras palavras, para cada dois imóveis vendidos, praticamente um retorna às empresas e vão novamente à venda. Os estoques, por sua vez, seguem em volumes constantes desde 2012, mas, com a queda na procura a velocidade de vendas caiu para cerca de 30% (para zerar os estoques, seriam necessários quase três anos).

Próximas da lista
A percepção é que há três grupos mais sensíveis a esse cenário. O primeiro é formado por companhias listadas em bolsa que têm enfrentado dificuldades financeiras e são recorrentes no setor citações a PDG Realty e Rossi Residencial. A PDG anunciou no início de agosto a reestruturação de R$ 4 bilhões em dívidas com seus principais credores, passo considerado fundamental para retomada de obras paradas e entrega de projetos em curso. Para um analista, que preferiu não se identificar, isso protege a companhia ao menos no curto prazo. Procurada, a PDG informou que não comentaria o assunto.

A Rossi, por sua vez, iniciou em agosto do ano passado uma profunda reestruturação operacional e financeira, o que resultou em redução de cerca de 45% de suas operações. No fim de março, informou a conclusão parcial do processo de reestruturação de 90% de dívida corporativa com os principais credores, Bradesco e Banco do Brasil, com extensão do prazo de pagamento e redução dos custos financeiros. "Os principais credores estão suportando integralmente a nossa operação", diz o diretor financeiro e de relações com investidores da Rossi, Fernando Miziara. "Falar em recuperação judicial da Rossi é leviano. Não existe e nunca existiu".

O segundo grupo de empresas potencialmente mais afetadas pela crise compreende incorporadoras vinculadas a construtoras envolvidas na Operação Lava­-Jato. E o terceiro grupo é formado pelas incorporadoras regionais, de médio e pequeno porte, que podem estar enfrentando dificuldades para acessar recursos junto aos bancos seja para rolar dívidas, seja para financiar a operação e também têm sido afetadas pela suspensão de obras.

De acordo com a M&A, há outro fator que tem tirado o sono de gestores de incorporadoras: o elevado volume de ações movidas por clientes após atrasos em obras, entrega com qualidade duvidosa e não entregas. A estimativa é de que as empresas no setor estejam enfrentando, neste momento, "milhares" de ações dessa natureza.

(Valor Online - Empresas - 28/09/2016)

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7 comentários:

  1. Eu não sou corretor. To ate pesquisando algo pra comprar mas esses preços não ajudam e esse desemprego também ... bom esses dias eu passei em Pinheiros e vi de longe um estande de vendas de um predio de alto padrão. Pra minha surpresa estava cheio de pessoas lá. Com isso eu concluí que nesse país tem muita gente que compra esses imóveis caros em áreas nobres. Essa crise é pra quem não tem dinheiro.

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    1. Estavam de preto?,Entao eram corvos...Puro teatro..eram todos contratados pra efeitar o pavao...provavel somente "corvos depenados" nesse evento pra "filar boia"...kkkk tipo fuba com couve ,"intende....deveria ter ido ate la pra nos contar,ou trazido um "kit corvo".

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    2. É igual loja de roupa. Se todo mundo que entrasse comprasse.........

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  2. http://www.dgabc.com.br/Noticia/188016/desindustrializacao-se-intensifica-no-grande-abc

    Estava lendo hoje essa reportagem do Diario grande abc e de repente saiu do site.Acho que proibiram a reportagem,pois nao ficou 02 minutos no site.
    Por que sera hein...? Sera que e pra nao causar panico no povo do abcdmr?Devido a desindustrializaçao e falencia de empresas,onde irao todos serao demitidos?
    Como irao vender os "espigoes-pombais" de 40m2 a 500mil...kkkkkk. Dos quais, tem um monte com contruçoes paradas, em estoque,distratados,leiloes, etc.....

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  3. Na minha opinião, o problema, no mercado imobiliário, está concentrado nas grandes capitais e suas regiões metropolitanas (SP, RJ é MG), além do DF. As grandes construtoras dessas localidades erraram muito (Rossi e PDG são os exemplos mais evidentes) e agora correm até o risco de desaparecer (essas duas, na minha opinião, já estão virtualmente falidas).
    Nas demais praças, temos os reflexos de uma gortesca e fortíssima crise econômica (digo grotesca porque provocada pelo mau governo do PT) que está arrasando o país (e o setor mais atingido, como sempre ocorre, é o de bens duráveis e imóveis).

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    1. Mercado intermo é caro e esta saturado,e nao tem mercado externo para exportaçao, porque devido altos impostos,sindicatos,etc..nao compensa fabricar mais nada aqui,pois nao consegue competividade la fora.Brasil caminha pra ser um imenso deposito/lojas de produtos de outros paises...Ware House Brasil.

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  4. Temer tem à solução!😂😂😂😂😂

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