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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Valor: Distratos e rescisões por atraso nas obras agravam a crise imobiliária

A MRV tem 22.894 processos cíveis, que incluem a discussão de temas como distratos e atraso na entrega de obras. [...] A PDG tem R$ 479,6 milhões apartados para ações cíveis cuja perda a empresa considera provável. O volume, equivalente a 64% das vendas brutas da companhia no primeiro semestre deste ano, é 30,75% superior às reservas que existiam no fim do ano passado

Um velho problema para as incorporadoras imobiliárias, as desistências da compra de imóveis na planta ­- os chamados distratos ­- ganharam contornos ainda mais preocupantes para as empresas do setor. Uma avalanche de processos judiciais movidos por consumidores que buscam ressarcimentos acima do previsto em contratos tem agravado a situação financeira ­ já frágil ­ das companhias.

"Os resultados das empresas estão sendo muito machucados por decisões relacionadas a ações de consumidores", diz ,Maria Fernanda Menin T. de Souza Maia, diretora jurídica da MRV Engenharia. "As incorporadoras têm dificuldade de tratar contingências por causa da imprevisibilidade."

Pelos cálculos do setor, para cada dois imóveis vendidos pelas incorporadoras, praticamente um foi devolvido em junho. Um ano atrás, o índice ia de 30% a 35%. A escalada tem dois motivos. Um deles é o aprofundamento da crise econômica no bolso do consumidor, que opta pela devolução e, muitas vezes, pela via judicial. Esses imóveis também foram comprados em um período de crédito abundante, quando as vendas das incorporadoras estavam em alta. Agora é que essas obras estão sendo entregues.

Não existem números precisos sobre essas ações, mas alguns dados ilustram o tamanho do problema. A MRV tem 22.894 processos cíveis, que incluem a discussão de temas como distratos e atraso na entrega de obras. Se cada ação corresponder a um imóvel vendido, esse volume é 38% superior ao número de apartamentos vendidos no primeiro semestre deste ano. Desse total, a empresa considera que pode perder 5.018 processos, para os quais já reservou em seu balanço R$ 64,5 milhões.

Para fazer frente às ações que se avolumam, as companhias têm separado mais recursos. A PDG tem R$ 479,6 milhões apartados para ações cíveis cuja perda a empresa considera provável. O volume, equivalente a 64% das vendas brutas da companhia no primeiro semestre deste ano, é 30,75% superior às reservas que existiam no fim do ano passado. Rossi e Viver também fizeram reforços de 20,8% e 40%, respectivamente.

"As ações dos consumidores têm peso para todo o mercado, porque cortam receita de forma importante e geram um passivo enorme", afirma o advogado Eduardo Takemi Kataoka, sócio do escritório Galdino, Coelho, Mendes Advogados, que está à frente da recuperação judicial da Viver.

Quando adquire um imóvel, o comprador assina um contrato que já traz a previsão de reembolso em caso de devolução do apartamento à incorporadora. Descontentes, porém, com o valor do ressarcimento, muitos consumidores optam pela via judicial, na tentativa de engordar a cifra devolvida.

Guerra judicial
Segundo Marcelo Tapai, advogado que se especializou no direito imobiliário do consumidor, os valores de reembolso variam muito, com retenções por parte das incorporadoras que vão de 20% a 50% do valor pago. "As cláusulas são abusivas. O que pedimos é uma retenção de, no máximo, 10% a 15%." Em seu escritório, Tapai cuida de 4.000 ações em São Paulo. Aberto em 2015, o escritório do Rio tem outros 350 casos.

Para fisgar o comprador que quer devolver o imóvel, a Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa) criou em seu site um vídeo que explica didaticamente o que ele pedir na Justiça.

Como é de se esperar, a atuação dessas firmas especializadas nas causas de consumidores recebe críticas das incorporadoras. Estas, por sua vez, também consideram os contratos abusivos. Conforme relatos ouvidos pelo Valor, os advogados têm ido buscar potenciais clientes em visitas a condomínios e canteiros de obra. Tapai e Amspa negaram esse tipo de ação.

O argumento das incorporadoras contra as decisões judiciais que mudam os contratos é que as penalizações financeiras servem para que os valores retidos façam frente às despesas com a obra.

Nos últimos dois anos, diz Maria Fernanda, da MRV, houve crescimento no número de ações de duas naturezas: distratos e por atrasos da obra. Em determinado momento, o setor como um todo sofreu com problemas de escassez de mão de obra e de insumos por causa do excesso de projetos em execução, o que levou ao não cumprimento dos cronogramas previstos em diferentes projetos.

Distrato entrou no cardápio do investidor
No caso dos distratos, explica o diretor­-geral da Alvarez & Marsal, Luis de Lucio, há o efeito da crise no bolso do consumidor, que deixa de ter liquidez para honrar o compromisso assumido. Mas a figura do investidor também está presente nos números relatados pelas incorporadoras. No passado, comprar imóveis na planta para vendê-­los depois da entrega podia gerar ganhos expressivos. Com a mudança de cenário econômico, a opção pelo distrato entrou no cardápio do investidor.

Há outros fatores que têm pressionado o caixa das incorporadoras. A venda de ativos para cobrir passivos financeiros em geral tem ocorrido a preços que não são adequados. O presidente de uma incorporadora de grande porte afirmou ao Valor que tem vendido imóveis a preço de custo para fazer frente às dívidas financeiras. Além disso, empresas que já estão em situação delicada e buscam renegociar sua dívida não têm conseguido estabelecer bons termos com os bancos.

Para De Lucio, a rescisão deve seguir em alta. "Hoje, o distrato é o que mais incomoda, mas ele é mais uma consequência da crise."

(Valor Online - Empresas - 05/10/2016)

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18 comentários:

  1. Imovel na planta causa "prato"..=O FIM DO BRASIL esta proximo.Coisa de pais falido ja.
    http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/edicoes/2016/10/10.html

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  2. http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/10/paraguai-e-nova-china-para-industria-brasileira-entenda.html

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  3. Nesses distratos os Corvos devolvem o dinheiro???????? Claro que não! Cada centavo está sendo disputado a bico, quero dizer, a tapa.
    Distratos... queda nas vendas... desemprego... teto de gastos... Sei não! Cada dia mais o mingau de couve está ficando mais difícil para os corvos.
    Por isso que eu digo: O Senhor resiste aos Soberbos.
    Me lembro quando eu tentei alugar e depois comprar um apartamento... péssimo atendimento... ganância total... mentirada... maldade pura... uma atendente da imobiliária (das) tratando com arrogância... pondo obstáculos em tudo... tentei fiador... ai resolvi pagar fiança... sacanagem... então paguei o titulo de capitalização... o Corvo me cobrou muito acima do valor do título... mas eu estava em situação de fragilidade... precisava alugar...
    RECEBAM O PRÊMIO!!!!!!!!!!
    RECEBAM O JUSTO JUÍZO!!!!!!!!!!!!!!!

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  4. Corrigindo a última frase: distratos são consequência da crise e da GANÂNCIA. Investidores são tão corvos quanto os corretores e são um dos principais responsáveis pela crise imobiliária atual. Investidores e corretores são o reflexo do chamado "jeitinho brasileiro de ser" resumindo: tentar se dar bem em cima dos outros o máximo que conseguir.

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  5. O Judiciário não deveria intervir em favor dos "investidores" (especuladores). Uma coisa é preservar a poupanca de quem comprou para morar, mas não consegui financiamento (por estar desempregado ou não possuir mais renda suficiente), outra, bem distinta, é respaldar que especulou (e contribuiu para o desequilíbrio do mercado).
    Quem especula tem de perder quando erra. Não há justiça se essa regra elementar não é respeitada.
    Os especuladores contribuíram para o aumento dos preços dos imóveis (criaram uma demanda falsa) ambicionando grandes ganhos na revenda. Tem de perder a quantia prevista em contrato, se desistirem da compra. Isso é do jogo... Se ficarem impunes, voltarão a especular, logo que haja uma recuperação do mercado imobiliário.

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    1. Perfeito o seu comentário. Especular sem ter risco de perder é fácil.

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    2. Na boa... todos são culpados de vcs ñ terem grana para comprar o pombal de vcs ??!!! Construtoras... corretores... investidores que vcs chamam de especuladores... PT...o pedreiro... o papa... o diabo... chega de mimimi...e vão trabalhar para juntar grana e comprar o imóvel próprio.... vcs desse blog ñ tem dinheiro para comprar... não querem comprar e estão torcendo para que os valores baixem para quê????!!!!!
      Seus hipócritas!!!!!
      O único culpado da grande maioria daqui não ter dinheiro para comprar ñ é do 'mundo' ñ...mas sim de cada favelado daqui.... mimimimimimimimimim... idiotas e hipócritas!!!!!!

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    3. Olha o corvo detect!
      Graças a Deus que todos do blog são vacinados contra os corvos.
      Seu favelado! Hipócrita é você socialista parasita!
      Juntar 500.000 para comprar um imóvel que valha 200.000?
      Deixa de ser tonto seu desconexo, tergiverso, fora de contexto.
      Vai estudar economia para entender o que se passa no seu país.
      Mas vc só pensa nos 6% corvo maldito. Vá voar em outro milharal para defender o mingau de couve para seus corvinhos e a gasolina do seu Uninho pé duro.

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    4. Simplesmente perfeito o comentário! Especular é isso: quando ganha na bonança, vai curtir e se vangloriar, ok. Só que quando perde, tem que segurar o tranco. Nada de pena, esse povo tem que aprender a ser sério!

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    5. 19:02, seu comentário nem merece resposta, acho até legal que deixem aqui pra todo mundo ver no que dá insistir na ignorância e alienação geral...

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    6. Kkk. Tá desesperado ? Dinheiro eu tenho idiota. Ocorre que não é vantajoso ainda comprar imóveis.

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    7. Um beijinho Rodrigo Andrade.

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    8. Tá nervosa a boneca !

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  6. OS CORVOS VÃO PASSAR FOME, EU VOU DAR UMAS MIGALHAS PARA ELES COMEREM.

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  7. Fim do Brasil....so isso.

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  8. Vamos aproveitar que os imóveis já baixaram 8% e comprar .

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  9. Agravam nada, não temam Temer tem à solução!😂😂😂😂

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  10. mimimimimimimiimimimi nao consigo comprar um imovel mimimimimi hahhahahahaahahah

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