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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Correio do Estado: Editorial destaca crise no setor imobiliário e faz alerta

Os imóveis devolvidos ou retomados aumentam ainda mais o estoque de casas e apartamentos prontos, “encalhados” à espera de um comprador. Por consequência, o mercado imobiliário, sofre mais um baque: a baixa demanda e a grande oferta, que insiste em forçar uma desvalorização de algumas propriedades

Como se já não bastasse a estagnação no setor da construção civil, que reduziu as vagas de trabalho, e também a quantidade de lançamentos de empreendimentos, levantamento da Associação Brasileira do Mutuário da Habitação (ABMH) revela cenário ainda mais preocupante: quem comprou imóvel nos anos anteriores à crise, época de crescimento e muito otimismo, está devolvendo sua casa ou apartamento, ou pior ainda, perdendo a propriedade por causa da inadimplência com os agentes financiadores.

Dados revelados por reportagem publicada nesta edição apresenta cenário desafiador para os gestores públicos, bancos e empresários deste segmento, dentre outros grandes atores da economia. Quando a crise chega ao ponto de aumentar distratos no setor imobiliário, é uma contundente demonstração de que os danos causados pela recessão são gravíssimos, e que levarão longo período para serem reparados.

Do sonho ao pesadelo
A perspectiva do cidadão que perde ou devolve o imóvel que financiou é uma das mais desanimadoras e ao mesmo tempo, desafiadoras. É a constatação de que a pessoa ficou sem nenhuma outra alternativa para se sustentar ou pagar dívidas. Ao se desfazer da casa ou apartamento, o mutuário certamente voltará a pagar aluguel: comprometendo ainda mais sua renda mensal (se é que em alguns casos ela ainda existe, por causa do aumento no desemprego), e deixará de investir mensalmente em algo que era muito mais que uma dívida, era a concretização da aquisição de um patrimônio.  Sonho a ser realizado por boa parte dos brasileiros.

Para bancos e incorporadoras o problema também é sério. Os imóveis devolvidos ou retomados aumentam ainda mais o estoque de casas e apartamentos prontos, “encalhados” à espera de um comprador. Por consequência, o mercado imobiliário, sofre mais um baque: a baixa demanda e a grande oferta, que insiste em forçar uma desvalorização de algumas propriedades.

O trabalhador que perde o emprego, ou que vê sua renda familiar ser reduzida durante a crise, certamente cortará gastos com lazer, vestuário, e bens móveis antes de sacrificar a própria moradia. A perda do imóvel indica não restar praticamente nada a ser feito para tentar reverter a situação.

A retomada em massa de casas a partir de 2006, nos Estados Unidos, foi o maior sintoma de que a crise de 2008 estava por vir. O aumento das devoluções de imóveis no Brasil ainda não ocorre em níveis como os verificados na maior economia do planeta na década passada, porém, é necessário que nossas autoridades tomem medidas para frear os efeitos da crise no mercado imobiliário. Este segmento da economia, diga-se de passagem, é fundamental para retomar o crescimento.

(Correio do Estado - Opinião -  21/11/2016)

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6 comentários:

  1. Desculpe, mas a desvalorização não é de alguns imóveis e sim generakizada. O nivel de devoluções não chegou ao nivel dos EUA, ultrapassou na verdade. Deve ser por baixo uns 50%. É só se informar direito.

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  2. Exatamente... os preços dos imóveis subiram demais na onda do emprego em alta e crédito farto (NA REALIDADE O QUE VIVEMOS NOS ÚLTIMOS 12 ANOS FOI UM CONTO DE FADAS COLETIVO). O preço desta ilusão agora está aí...não há o que negar...

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  3. Para desovar é simples: abaixem 50% do valor atual.

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  4. Simples resultado da bolha somada aos mutuotários. Veremos se só assim esse povo desinformado aprende o valor de guardar o dinherinho suado e que financiamento de 30 anos é algo só aqui nessa banânia.

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  5. Nada e mais facil quebrar tudo e fazer de novo!
    tai a lei de falencia que na me deixa mentir.
    Brasil pais dos ricos!

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