“É um caso emblemático do setor. A empresa já foi uma estrela do segmento e essa decisão pode ter repercussão sobre outras companhias que estão em situação financeira delicada” [...] De janeiro a setembro, a construtora teve prejuízo de R$ 2,89 bilhões, alta de 259% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia reportou dívida bruta de R$ 5,4 bilhões no período
A incorporadora PDG vai entrar com pedido de recuperação judicial em
janeiro, apurou o ‘Estado’ com duas fontes a par do assunto. Com dívida total
estimada em cerca de R$ 7,5 bilhões, a necessidade do pedido de proteção da
Justiça contra credores ficou mais evidente depois de a companhia informar ao
mercado, na noite de terça-feira, que não vai pagar juros relativos a
debêntures (títulos de dívida) emitidas.
“É um caso emblemático do setor. A empresa já foi uma estrela do segmento
e essa decisão pode ter repercussão sobre outras companhias que estão em
situação financeira delicada”, disse uma fonte ao Estado. Embora a empresa não
seja a primeira construtora a pedir proteção judicial – essa distinção é da
Viver –, seu porte e influência no segmento são bem menores do que os da PDG.
De janeiro a setembro, a construtora teve prejuízo de R$ 2,89 bilhões,
alta de 259% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia reportou
dívida bruta de R$ 5,4 bilhões no período. A PDG encerrou o terceiro trimestre com
R$ 250 milhões em caixa e R$ 490 milhões de dívidas corporativas que vencem em
2017, segundo documento divulgado em setembro.
Do auge à decadência
A PDG emergiu como potência imobiliária na década passada, após fazer
importantes aquisições. A companhia abriu o capital em 2007. Três anos depois,
deu seu maior passo – a compra da Agra, então comandada pelo investidor
espanhol Enrique Bañuelos, garantindo a liderança do setor.
Em 2012, no entanto, o negócio já enfrentava dificuldades. Apesar disso,
atraiu investimento da Vinci Partners, que fez uma capitalização no negócio de
R$ 483 milhões, em 2015. As mudanças de estratégia e os novos investimentos, no
entanto, não surtiram o efeito esperado. A PDG vem se esforçando para vender
seus estoques e fez cortes profundos na operação – só em 2015, o total de
funcionários foi reduzido em 60%, para 1.175.
Nos últimos meses, a companhia passou a estudar várias alternativas para
sair da crise. Em novembro, a PDG anunciou a contratação da assessoria de
reestruturação financeira RK Partners, de Ricardo Knoepfelmacher, conhecido
como Ricardo K. Também mudou de comando: o executivo Vladimir Ranevsky assumiu
a empresa, após ter liderar a OSX, de Eike Batista, durante o processo de
recuperação judicial.
Procurados, PDG e RK Partners não retornaram os pedidos de entrevistas.
(Estadão - Notícias - Economia & Negócios - 22/12/2016)
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Na Chom, eu quero Na Chom
ResponderExcluir2017 é abaixo da chom...
ResponderExcluirChegou a hora, 2009 voltou...
Parabéns aos ponderados, sensatos e inteligentes...
Provavelmente outras construtoras estão na mesma situação. Quem pagará esse prejuízo? será que o governo irá socorrer essas empresas com o dinheiro público (nosso dinheiro). Não me lembro de ter recebido um centavo das construtoras quando elas estavam ganhando muito. Agora que estão endividadas será que o nosso dinheiro será utilizado para socorre-las?
ResponderExcluirComo ficarão aqueles que se aventuraram a adquirir imóvel na planta?
ResponderExcluirAqueles imóveis que estão inacabados ficarão como os inacabados da ENCOL?
ResponderExcluirMuitos perderão. No passado conheci uma família que vendeu o apartamento em que moravam e deram como entrada para adquirir um apartamento que estava sendo construído pela ENCOL, até hoje o esqueleto do prédio está abandonado, a família mora em um pequeno apertamento e não recebeu nada até hoje. Ainda assim existem pessoas que adquirem imóveis na planta.
ResponderExcluirTodos sabem que a PDG está quebrada desde 2014.
ResponderExcluirMesmo assim existem pessoas comprando imóveis inacabados da PDG. não sei se burrice ou inocência, precisam cair na realidade.
ExcluirO certo é deixar quebrar, nada de querer usar o dinheiro público para salvar essas construtoras lixosas, que agiram de má fé, com tamanha ganância e avareza. E sempre dizendo que o mercado é livre e paga quem quer. Pois então que a lei de mercado seja respeitada, nada do estado ajudar, deixar quebrar, pagar pelas próprias escolhas que fez, eu quero ver é quebrado!!!
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