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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Estadão: Com dívida bilionária, PDG vai pedir recuperação judicial em 2017


“É um caso emblemático do setor. A empresa já foi uma estrela do segmento e essa decisão pode ter repercussão sobre outras companhias que estão em situação financeira delicada” [...] De janeiro a setembro, a construtora teve prejuízo de R$ 2,89 bilhões, alta de 259% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia reportou dívida bruta de R$ 5,4 bilhões no período

A incorporadora PDG vai entrar com pedido de recuperação judicial em janeiro, apurou o ‘Estado’ com duas fontes a par do assunto. Com dívida total estimada em cerca de R$ 7,5 bilhões, a necessidade do pedido de proteção da Justiça contra credores ficou mais evidente depois de a companhia informar ao mercado, na noite de terça-feira, que não vai pagar juros relativos a debêntures (títulos de dívida) emitidas.

“É um caso emblemático do setor. A empresa já foi uma estrela do segmento e essa decisão pode ter repercussão sobre outras companhias que estão em situação financeira delicada”, disse uma fonte ao Estado. Embora a empresa não seja a primeira construtora a pedir proteção judicial – essa distinção é da Viver –, seu porte e influência no segmento são bem menores do que os da PDG.

De janeiro a setembro, a construtora teve prejuízo de R$ 2,89 bilhões, alta de 259% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia reportou dívida bruta de R$ 5,4 bilhões no período. A PDG encerrou o terceiro trimestre com R$ 250 milhões em caixa e R$ 490 milhões de dívidas corporativas que vencem em 2017, segundo documento divulgado em setembro.

Do auge à decadência
A PDG emergiu como potência imobiliária na década passada, após fazer importantes aquisições. A companhia abriu o capital em 2007. Três anos depois, deu seu maior passo – a compra da Agra, então comandada pelo investidor espanhol Enrique Bañuelos, garantindo a liderança do setor.

Em 2012, no entanto, o negócio já enfrentava dificuldades. Apesar disso, atraiu investimento da Vinci Partners, que fez uma capitalização no negócio de R$ 483 milhões, em 2015. As mudanças de estratégia e os novos investimentos, no entanto, não surtiram o efeito esperado. A PDG vem se esforçando para vender seus estoques e fez cortes profundos na operação – só em 2015, o total de funcionários foi reduzido em 60%, para 1.175.

Nos últimos meses, a companhia passou a estudar várias alternativas para sair da crise. Em novembro, a PDG anunciou a contratação da assessoria de reestruturação financeira RK Partners, de Ricardo Knoepfelmacher, conhecido como Ricardo K. Também mudou de comando: o executivo Vladimir Ranevsky assumiu a empresa, após ter liderar a OSX, de Eike Batista, durante o processo de recuperação judicial.

Procurados, PDG e RK Partners não retornaram os pedidos de entrevistas.

(Estadão - Notícias - Economia & Negócios - 22/12/2016)

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9 comentários:

  1. Na Chom, eu quero Na Chom

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  2. 2017 é abaixo da chom...
    Chegou a hora, 2009 voltou...
    Parabéns aos ponderados, sensatos e inteligentes...

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  3. Provavelmente outras construtoras estão na mesma situação. Quem pagará esse prejuízo? será que o governo irá socorrer essas empresas com o dinheiro público (nosso dinheiro). Não me lembro de ter recebido um centavo das construtoras quando elas estavam ganhando muito. Agora que estão endividadas será que o nosso dinheiro será utilizado para socorre-las?

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  4. Como ficarão aqueles que se aventuraram a adquirir imóvel na planta?

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  5. Aqueles imóveis que estão inacabados ficarão como os inacabados da ENCOL?

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  6. Muitos perderão. No passado conheci uma família que vendeu o apartamento em que moravam e deram como entrada para adquirir um apartamento que estava sendo construído pela ENCOL, até hoje o esqueleto do prédio está abandonado, a família mora em um pequeno apertamento e não recebeu nada até hoje. Ainda assim existem pessoas que adquirem imóveis na planta.

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  7. Todos sabem que a PDG está quebrada desde 2014.

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    1. Mesmo assim existem pessoas comprando imóveis inacabados da PDG. não sei se burrice ou inocência, precisam cair na realidade.

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  8. O certo é deixar quebrar, nada de querer usar o dinheiro público para salvar essas construtoras lixosas, que agiram de má fé, com tamanha ganância e avareza. E sempre dizendo que o mercado é livre e paga quem quer. Pois então que a lei de mercado seja respeitada, nada do estado ajudar, deixar quebrar, pagar pelas próprias escolhas que fez, eu quero ver é quebrado!!!

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