Desde 2012, o total de imóveis retomados por inadimplência pela Caixa cresce. Os dados mais recentes mostram que, entre 2014 e o ano passado, a recuperação de propriedades aumentou 53,8%. [...] “Grande parte dos mutuários aderiu ao financiamento imobiliário aproveitando o momento de facilidade de crédito no período pré-crise. Só que os contratos são longos, podem durar 35 anos, e a recessão pegou todos de surpresa no meio do caminho. A retomada de imóveis pode crescer mais, pois o cenário que nos levou a isso não foi dissipado.”
O veterinário M., de 35 anos, acaba de se mudar pela segunda vez na vida.
Arrumou as roupas no armário, terminou de embalar os móveis novos, para serem
vendidos, e montou a cama de casal em seu antigo quarto, na casa dos pais, na
zona sul de São Paulo. Foi para lá que ele voltou após perder o emprego e ter o
apartamento leiloado pelo banco, em agosto. “Da outra vez, choramos de saudade.
Agora, de decepção.”
A busca pela moradia própria se transformou em pesadelo para milhares de
brasileiros em 2016. Até o início de dezembro, a Caixa colocou à venda – por
meio de leilões, concorrências públicas ou venda direta – 8.626 imóveis
retomados por falta de pagamento do financiamento, 16% a mais que no ano
passado.
O aumento no número de unidades ofertadas pelo banco, que detém quase 70%
de todo o financiamento imobiliário do País e 4,35 milhões de contratos ativos,
não é por acaso. Desde 2012, o total de imóveis retomados por inadimplência
pela Caixa cresce. Os dados mais recentes mostram que, entre 2014 e o ano
passado, a recuperação de propriedades aumentou 53,8%.
Reação em cadeia
É uma reação em cadeia, explica Miguel Ribeiro de Oliveira,
vice-presidente da Anefac, que reúne executivos de finanças. Crise e desemprego
minaram o potencial de renda do brasileiro e reduziram sua capacidade de manter
as contas em dia. Sem recursos, ele começa a atrasar as parcelas da casa por
um, dois, três meses, até não poder mais negociar com o banco.
“Grande parte dos mutuários aderiu ao financiamento imobiliário
aproveitando o momento de facilidade de crédito no período pré-crise. Só que os
contratos são longos, podem durar 35 anos, e a recessão pegou todos de surpresa
no meio do caminho. A retomada de imóveis pode crescer mais, pois o cenário que
nos levou a isso não foi dissipado.”
“Para o banco, a retomada é uma dor de cabeça. Ele tem de arcar com custos
como condomínio e IPTU e manter uma estrutura interna para lidar com esses
imóveis. O importante é entender que a compra do imóvel não é para todo mundo.
Embora dentro do limite de 30% da renda, a prestação fica muito mais alta do
que se pagava de aluguel”, diz Marcelo Prata, do Canal do Crédito, que compara
produtos financeiros.
Quando detectada a incapacidade de pagamento, o morador pode tentar vender
o imóvel, negociando com o banco a transferência da dívida, ainda que abaixo do
preço de mercado, para evitar problemas maiores.
Moradia de risco
Ainda que seja a moradia da família, o imóvel financiado
pode ser retomado e vendido pelo banco. Na maioria dos casos, o banco notifica
o mutuário após o primeiro mês sem pagamento, e o processo de retomada do
imóvel ocorre quando o atraso passa de 90 dias.
Nesse intervalo, o mutuário pode tentar diluir as parcelas em atraso
aumentando as próximas mensalidades, ou estender o tempo de financiamento, caso
o contrato não seja no prazo máximo permitido pelo banco.
“Em muitos casos, o banco aceita negociar com o inadimplente uma vez, mas
fecha as portas de negociação caso ele fique em atraso de novo”, afirma
Tathiana Cromwell, da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências
(Amspa).
A lei diz que o mutuário pode receber a diferença entre o valor de
retomada e o preço de venda do imóvel a terceiros. Se o morador deve R$ 100 mil
ao banco e o bem foi leiloado por R$ 200 mil, ele quita a dívida e recebe os R$
100 mil restantes.
“Quem entra na espiral de negociação, negativas e possibilidade de perder
a casa vive o pior dos mundos. Tenta entrar na Justiça para rever valores, fica
na expectativa de ter a casa leiloada e, quando o banco não tem um interessado
no primeiro leilão, em que o imóvel é vendido pelo preço avaliado, tem de fazer
um segundo, e o valor só cobre a dívida, na maioria dos casos”, lembra
Tathiana.
Leilões em alta
Profissionais ouvidos pelo Estado estimam que o número de leilões aumentou
30% desde o ano passado. O agravamento da crise ajudou a atrair um outro perfil
de interessados.
Há alguns anos, a maioria dos compradores de imóveis retomados pelos
bancos era formada por investidores experientes, que buscavam oportunidades de
arrematar propriedades com até 50% de desconto, para revender no futuro.
Com o desaquecimento do mercado imobiliário, porém, esse comprador tem
cedido espaço a quem procura um imóvel para morar.
(Estadão - Economia - Notícias - Geral - 01/01/2017)
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Será que assim os preços vão baixar, porque na situação desastrosa que passa o nosso país, fica difícil alugar uma kitnet, imagina comprar um quadrado de tijolos.
ResponderExcluirNo ano novo, desejo boas vendas aos corvos. Só isso.
ResponderExcluirInvistam na Na Chon Na Chon
ResponderExcluirComprar pra investir??? Kkk vender meus TD a 16 por cento ao ano para ganhar aluguel a 3 por cento? Piada...
ResponderExcluirFui alugar uma kitnet no bairro Santa Efigênia, centro de SP. o buraco tinha 27m2, aluguel de R$900,00 e condomínio de R$250,00. Esse povo é retardado, além do bairro ter a cracolândia, sujo e violente, ainda tenho que pegar isso tudo, que morram com suas kit cheia de ratos e baratas.
ResponderExcluirPensei que fosse valorização de 30% a.a. Agora os corvos vão passar muita fome, ou baixam ou caiem de podres
ResponderExcluirPaís falido, corrupto, violento, feio, falta de tudo, povo mal educado ao extremo, pessoas feias, tudo de ruim acontecendo nesse tupiniquimmmmmmmmmmm... e o preço dos pombais moldado a ouro continuam nas alturas, piada kkkkkkkkkk
ResponderExcluirIsso não vai melhorar nunca, Brazillllllll terra sem lei, pode soltar uma bomba que é a melhor coisa que pode acontecer
ResponderExcluirComo dizia Renato Russo: Terceiro mundo se for, piada no exterior, mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão.
ResponderExcluirO único Brasil que funciona é o das novelas da Grobo.
O resto é fedorento, violento, um povo sem direito a entretenimento...
Povo mentiroso, 171, até nas igrejas tentam enganar Deus com suas mentiras.
Não se pode esperar muito dos Corvos e de Construtoras.
Noossaaa que moça revoltaadaaaa...kkkkkkkkk
ResponderExcluirNão é nada. Sou muito homem para entender o que está acontecendo no Brasil.
ExcluirAs bibas petralhas e seus movimentos sociais regados com dinheiro público não estão preocupadas.
Bolsonaro 2018!!!!
Existem corvos ainda persistindo na valorização dos imóveis. Pior são alguns "especialistas/investirores", que insistem em nos enganar com suas mentiras desvaladas
ResponderExcluirEu tenho R$70.000,00 na poupança, será que consigo dá de entrada num apartamento de R$230.000,00 e financiar o restante, ou aplico esse dinheiro em algum CDB, ou será melhor esperar mais um ano pra ver se o preço dos imóveis baixam mais, o que vocês me sugerem, não sei o que fazer
ResponderExcluirEsquece financiamento, fica no aluguel que está mais favorável, porque o seu dinheiro vai continuar rendendo e não vai ficar descapitalizado. O cuidado é não travar todo o dinheiro, não aplique tudo em um único produto, faça seu planejamento financeiro para saber o quanto é o seu fundo de reserva, algo que ficará na poupança/tesouroSelic/fundosDI, a outra parte você pode aplicar em algo de horizonte de curto/médio prazo.
ExcluirSugiro o seguinte, já q tem um bom "pé de meia": abre uma conta corrente e põe metade do dinheiro, daí procure comprar títulos públicos (tem vários tutoriais na internet, é bem simples). Com a outra metade, aplique em LCI, por exemplo, q assim vc obtém rendimentos mas pode ter acesso ao dinheiro em caso de necessidade.
ExcluirOutra opção a se considerar seria usar todo o dinheiro na segunda aplicação (como o LCI).
Enfim, opções não faltam. Tenha em mente q, com esse dinheiro aplicado corretamente, vc confortavelmente poderia pagar um aluguel de até uns 500 reais. Recomendo ainda q procure poupar no mínimo 10% da renda, pra passar pela crise sem grandes problemas. Boa sorte!
Eu tinha um apertamento de 40 metros quadrados que estava alugado por 600 reais. O inquilino mudou e eu fiquei pagando condomínio de 150.00 mais IPTU dentre outros gastos.
ResponderExcluirUm amigo me ofereceu 160.000 mas juro que fiquei com pena dele e dei 10.000 de desconto (sem pagar nada para os corvos).
De imediato apliquei 150.000 em LCI há pouco mais de um ano.
Hoje tenho 170.000 sem fazer nada.
Pergunto para os colegas Corvolinos:
Eu fiz um bom negócio?
Haja vista que com 80.000 eu compro no mesmo pombal.
Estou em dúvida, pois os números podem mentir rsrs
Ano novo, mesmas notícias que não falam a principal causa da crise. A questão do financiamento é uma das causas dos distratos. Tem muitas outras!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuem comprou entre 2013 e 2015 está no prejuizo. Sem mimimi. Se quiser vender agora vai ter que baixar. Se não baixar não vende e ainda fica com os custos mensais do imóvel. A exatamente 10 meses encontrei o imóvel que queria, para morar. Ofereci 20% menos do valor pedido. A esposa do dono riu na minha cara. Disse que eles não venderiam por um valor menor do comprado. Falei que, conforme o mercado, eles não venderiam pelo valor pedido. Que infelizmente os "negócios" que foram fechados de compra e venda nos últimos anos foram totalmente fora da realidade.
ResponderExcluirEncontrei o mesmo casal no mercado na semana do natal. Ainda não venderam e a esposa já baixou muito a bola. Estão querendo conversar. Kkkkkkk
2017 vai ser uma m....
Deixa sangrar hahaha
ExcluirTomara que continuem sem vender e implorem para você comprar.
ExcluirDaí você dá aquela gargalhada de resposta e pede mais 50% de desconto.
Pensei a mesma coisa!! Kkkkkkkk
ExcluirUma vez fui ver um apê bonzinho, com preço alto pro q oferecia. Eu tinha grana pra pagar à vista, então fiquei até animado. Isso era em 2015. Ofereci 10% a menos q o pedido (não ia comprar sem desconto né) e o proprietário achou até ofensivo, ficou chateado. Disse q não venderia abaixo do preço q fixou (na cabeça dele), pq é aquilo q o bem dele vale. O cara ainda me colocou como um pé-rapado q estava visitando o imóvel de curiosidade, amadoramente. Basicamente, me disse na frente de todos: "Se não tem dinheiro pra pagar o valor que ta lá, não era nem pra ter visitado."
ResponderExcluirO tempo passou, e ontem recebi uma ligação do corvo me dizendo q o apartamento estava pra alugar, e q eu teria preferência. E se eu quisesse fazer nova proposta de venda, q o proprietário estava disposto a conversar. Só de sacanagem respondi "ehnn, não to mt afim não. Aquela localidade não é mt ideal, meio favelinha né." hahaha De fato, hj estou morando bem melhor, graças aos juros q esse bando de otário q se acha ixxperto me paga todo dia. Como é bom!
Maldito momento que o PT INVENTOU esse MCMV (#construtorasCaixaDois) para lavar dinheiro e inflacionar os imóveis.
ResponderExcluirÉ isso aí pessoal!! Tudo ilusão! Sabemos que que o m2 não vai chegar a 1000,00, até eu gostaria, mas aumentar mais de 100% em 5 anos?!! Não mesmo!!
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