Total de acessos

Teste

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O Globo: Devolução de imóveis faz preço do metro quadrado despencar

Como tudo o que se vendia aqui era comprado rápido, com empreendimento novo colocando tarja de “100% vendido” com um mês de vendas, criou-se uma bolha, com preços fora da realidade. Houve uma supervalorização. Agora os preços estão mais realistas. Vilhena conta ainda que a atual realidade fez com que sua equipe de corretores enviasse para todos os proprietários e-mails alertando para necessidade de se praticar preços mais baixos e de se flexibilizar as formas de pagamento

Em meio à crise, num cenário de tantas incertezas, há uma verdade irrevogável: o mercado imobiliário atingiu o seu menor patamar na cotação do metro quadrado nos últimos anos — hoje o preço equivale ao registrado em 2014 — e agora oferece facilidades que, na época das vacas gordas, incorporadoras e construtoras sequer cogitavam, como permuta de imóveis, parcelamento do valor de entrada e prazo mais longo de pagamento.

Em Jacarepaguá, uma das regiões com o maior número de lançamentos recentes de imóveis, o mercado contabiliza muitas unidades disponíveis, fenômeno impulsionado pelos distratos, isso é, contratos de intenção de compra que acabaram desfeitos por via amigável ou com embate na Justiça devido à queda do poder de compra dos envolvidos. Em outras palavras, pessoas que tiveram de devolver os imóveis que ainda estavam pagando às empresas porque não tinham mais como honrar o compromisso firmado, seja por desemprego, achatamento dos salários ou outros fatores. Segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), o mercado estima que hoje cerca de 30% a 35% dos imóveis comprados voltam ao vendedor. Com isso, o número de propriedades disponíveis em toda Jacarepaguá é de 3.561 imóveis — há quatro anos era de 2.715, uma diferença superior a 31%.

Surfou na onda do boom imobiliário
— A região surfou na onda do boom imobiliário com os grandes eventos. Jacarepaguá ofereceu grande vantagem às construtoras porque é um local com espaço, com oferta de amplos terrenos e próxima à Barra. Era a oportunidade perfeita de compra para quem não tinha dinheiro para morar na Barra, mas queria condomínios com toda a infraestrutura oferecida por lá — avalia o vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi-Rio), Leonardo Schneider.

Com isso, lembra Schneider, até 2013, todo lançamento na região virava sinônimo de sucesso de vendas, esgotando-se rapidamente. Mas a partir do ano seguinte, com o agravamento das crises política e econômica, a parcela dos financiamentos passou a não caber mais no bolso de muita gente. Em alguns casos, os imóveis vendidos na planta se desvalorizaram antes mesmo de ficarem prontos e acabaram voltando, em forma de dor de cabeça, e das grandes, às imobiliárias, às construtoras e às incorporadoras.

— Todo estoque é um grande problema, porque estoque pronto gera custo com o condomínio, certidões e tantos outros gastos. Por isso, a estratégia agora de quem quer vender é ser agressivo no preço e na forma de pagamento — complementa o presidente da Ademi-RJ, Claudio Hermolin.

Descontos
Profissionais do setor dizem que, em média, os descontos na compra de imóveis chegam a 15%, mas que eles podem ser ainda maiores se o comprador fizer a transação à vista ou abater uma parte grande do valor. Como a oferta de imóveis é alta e a demanda vai no sentido inverso, o comprador com dinheiro na mão tem poder de barganha; mesmo os preços já estando abaixo da tabela, dizem os especialistas. Exemplo disso é o empreendimento Vernissage, na Rua Retiro dos Artistas 855, um dos endereços mais nobres do Pechincha,em que o apartamento de quatro quartos e 109 metros quadrados, que antes sairia por R$ 621 mil, pode ser comprado por R$ 570 mil — e ainda pode baixar, afirmam os profissionais. Além do preço mais em conta no condomínio-clube que tem um bosque de seis mil metros quadrados, as formas de pagamento são flexíveis.

Freio nos lançamentos 
Mario Amorim, diretor-geral da Brasil Brokers no Rio de Janeiro, chama a atenção ainda para uma particularidade da região de Jacarepaguá. Após liquidar o estoque disponível, dificilmente o mercado deverá voltar a oferecer imóveis do mesmo padrão pelos preços praticados hoje. Isso porque o número de lançamentos reduziu drasticamente, e, na Freguesia, considerado o sub-bairro mais nobre de Jacarepaguá, o gabarito autorizado pela prefeitura mudou. Como a lei da oferta e da procura não falha, avalia ele, o preço, inclusive de unidades menos requintadas, deve subir.

De 2009 a 2017, foram lançadas 27 mil unidades na região. Um ritmo de investimento que fez Jacarepaguá liderar o número de lançamentos na cidade em 2015, representando 20,6% da fatia de mercado com 1.421 unidades residenciais. Já no ano passado, a região recebeu apenas 7,2 % dos lançamentos do Rio, inaugurando 456 unidades.

Presidente de imobiliária fala em bolha
Roberto Vilhena, presidente da imobiliária Vilhena, com origem em Jacarepaguá, ainda chama a atenção para outro fator que contribuiu para a atual baixa dos preços:

— Como tudo o que se vendia aqui era comprado rápido, com empreendimento novo colocando tarja de “100% vendido” com um mês de vendas, criou-se uma bolha, com preços fora da realidade. Houve uma supervalorização. Agora os preços estão mais realistas.

Vilhena conta ainda que a atual realidade fez com que sua equipe de corretores enviasse para todos os proprietários e-mails alertando para necessidade de se praticar preços mais baixos e de se flexibilizar as formas de pagamento. Apesar de encontrar alguns donos de imóveis resistentes a perspectiva de receberem menos do que gostariam, Vilhena conta que boa parte entendeu que preço em desconformidade com o poder de compra dos interessados no negócio significaria imóvel parado, gerando custos.

Gustavo Araújo, gerente de vendas da Apsa, ressalta ainda que a necessidade fez o mercado trazer novamente para a mesa de negociação práticas deixadas em segundo plano.

— Hoje as condições de pagamento estão mais flexíveis, se você tem um imóvel de menor valor, pode incluir no negócio e só pagar a diferença. Essa modalidade de permuta já estava quase extinta e agora voltou. Incluir carro no pagamento também não é incomum, assim como parcelar a entrada — lista ele.

Andrea Castex, diretora operacional da área de avulsos da Julio Bogoricin, é taxativa:

— É um momento excelente para o comprador, que agora tem poder de escolha, de barganha. Jacarepaguá oferece imóveis com uma qualidade superior, a exemplo de outras regiões nobres do Rio, com preço mais em conta.

(O Globo - Rio - Bairros - 01/05/2016)

VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK

30 comentários:

  1. Não adianta flexibilizar valor. A população não tem recursos

    Quase oito em cada 10 trabalhadores que tinham direito a sacar recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) já compareceram às agências da Caixa Econômica Federal. No total, eles sacaram R$ 15,1 bilhões (83,2%) dos R$ 18,1 bilhões liberados.
    Muitos dos que sacaram o dinheiro liberado usaram os recursos para pagar dívidas.

    Resumo, nada foi reaplicado no mercado imobiliário, o FGTS esta sem recursos para financiamentos habitacionais do MCMV. desemprego aumentando, Construtoras pedalando com vendas na planta, simulando demanda inexistente.
    Aguardem 2018 e até os poucos que podem poupem

    ResponderExcluir
  2. Agora os preços voltaram a realidade.....
    O cara é um fanfarão, um comedia, a realidade são preços próximos ao valor de construção e poder de compra dos brasileiros.

    Em Fayetteville nos EUA existem terrenos em bairros muito melhores que os TOP da maioria das cidades brasileiras a partir de R$ 5000 dólares, sim… terremos de 1000 m2 ou mais por US$ 5000 (cerca de 12 mil reais) … em rua asfaltada, com energia elétrica, luz, escolas sem criminalidade e tudo mais na volta… deem uma olhada no link:

    http://www.trulia.com/for_sale/Fayetteville

    “sobrado” de 177 m2, 3 quartos, 2 banheiros e um lavabo
    Preço da construção: US$ 97.990 (R$ 235.000) ou R$ 1328 o m2

    As casas ficam pronta em pouco tempo (às vezes até 1 mês) então… você não tem o lindo hábito brasileiro de sofrer durante anos construindo.

    Isto e Brasil amigos

    ResponderExcluir
  3. enquanto isto 5700 m2 aqui e pechincha kkkkkkkk

    ResponderExcluir
  4. Estou aguardando o Profeta, vidente Sr Balaão, que se vendeu para as construtoras profetizar mentiras se manifestar...

    Quando os meios de comunicação (que recebem dinheiro de propaganda) publicando esses artigos que não agrada o setor... é por que a coisa realmente está feia...

    Ainda mais a Globo... ou então está faltando dinheiro para injetar nas mídias para não fazer essas publicações.

    ResponderExcluir
  5. Certamente os distratos aumentarào e os preços irão ainda continuarão a cait

    ResponderExcluir
  6. Onde está o Visão dos Acontecimentos????? PLOC PLOC PLOC

    ResponderExcluir
  7. ...Retiro dos Artistas 855, um dos endereços mais nobres do Pechincha,em que o apartamento de quatro quartos e 109 metros quadrados, que antes sairia por R$ 621 mil, pode ser comprado por R$ 570 mil...

    Putz...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Kkk, pensei a mesma coisa...
      Que ótimo negócio, não!?

      Excluir
    2. No final da rua retiro dos artista a tal rua nobre do bairro vai sair na favela da cidade de Deus

      Excluir
  8. A dica é não construir até 2025....pq insistem? Existe sobra de imóveis em todas as cidades do país...querem construir para quem comprar? Se contentem em vender o estoque e revender os distratos... talvez sem construir até 2025 a gente possa parar de ouvir essa palavra...acordem... acabou

    ResponderExcluir
  9. Inundação de crédito imobiliário até o meio do ano!!!!

    Fonte:http://mobile.valor.com.br/financas/4955194/nova-letra-imobiliaria-pode-financiar-ate-r-357-bilhoes-diz-cbic

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E vão pagar com o quê?
      Essa política o PT fez muito bem e quebrou o país.
      Mais uma informação que será combatida com contra inteligência.
      AQUI NÃO CORVO.

      Excluir
  10. O parecer da reforma da previdência foi aprovado, ninguém mais vai conseguir aposentar, se o cara não tiver casa própria na velhice, duvido que vai conseguir pagar aluguel, plano médico, remédios e ainda comer.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. se não comprar imóvel, certamente poderá pagar o aluguel, remédios e ainda viver bem, pois terá economizado 35 anos sem pagar juros pra banco.
      Quanto à publicação do visão dos acontecimentos ( corretor de imoveis) no meio do ano vai ter inundação de crédito! Kkk
      Se a caixa acabou de divulgar que acabou a verba pro pró cotista! Vai inundar de onde? Corretor fanfarrão esse aí!

      Excluir
    2. Nem salário e renda para comprar, logo, os preços vão cair e quem fez economias e soube esperar, fará bons negócios.
      Mas, sinceramente, não acho que valha a pena pois imóvel te deixa imobilizado.

      Excluir
    3. Eita desespero! O mercado imobiliário vai ficar parado por muiiiiito tempo. Vá fazer outra coisa por uns anos Sr. Corretor.

      Excluir
  11. Amigo, quem poupa vive de jurosssssss, quanto mais inundam de credito mais vocês pagam meus jurossssssss, ou você além de vidente é magico e tira dinheiro da cartola,
    Acorda, quanto mais credito mais devedores pagando meus juros.

    ResponderExcluir
  12. Casa própria para você é pagar durante 35 anos financiamento corrigido pela TR
    você é uma piada
    Sem aposentadoria como vai pagar a prestação do SFH, alimentar
    Vai comer TIJOLOOOOOOO KKKKKKKK

    ResponderExcluir
  13. Vidente, pesquisa mais antes de anunciar suas previsões apocalípticas, segundo estudos os jovens estão casando mais tarde e não querem ter filhos, querem aproveitar a vida, com certeza este jovens herdaram imoveis dos pais , então não precisaram comprar. Investidores em inoveis não terão para quem alugar seus imoveis e muito menos vender. A população brasileira esta envelhecendo rapidamente e estamos com decréscimo demográfico. ACABOU amigo aquela ideia retrograda sua que imóvel é segurança e investimento, não estamos mais nos anos 50.

    ResponderExcluir
  14. Pedido de recuperação da PDG, que chegou a ser líder do setor imobiliário no País. A empresa pediu proteção judicial ao somar uma dívida de R$ 7,8 bilhões, sendo R$ 6,2 bilhões incluídos na recuperação judicial. Das 30 obras ainda em curso pela incorporadora, 17 estão paradas, gerando preocupações entre os consumidores

    ResponderExcluir
  15. Na verdade esta matéria tem a função de te enganar ....

    É um momento excelente para o comprador, que agora tem poder de escolha, de barganha. Jacarepaguá oferece imóveis com uma qualidade superior, a exemplo de outras regiões nobres do Rio, com preço mais em conta.

    Pagar mais de meio milhão para morar pertinho da Cidade de Deus, em uma rua deserta e perigosa, afastado de quase tudo.
    Ótimo Negócio

    ResponderExcluir
  16. Acham mesmo que alguém vai deixar de aplicar em TD, LCA ou LCI com garantia do FGC - fundo garantidor de credito, para aplicar em LGI com garantia em imoveis... kkkkkkk
    Oh LOKO

    ResponderExcluir
  17. Quer dizer que você compra a letra LGI, se o Banco quebrar ele te da um imovel, ou parte dele, KKKKKKK
    que negócio da China
    Vai bombar de investidores kkkkkkk

    ResponderExcluir
  18. CDB

    CDB é um Certificado de Depósito Bancário. Na prática, quem investe em CDB empresta dinheiro a um banco em troca de uma determinada taxa de juros. Saiba mais aqui


    Todos
    Só os com liquidez diária
    Rende mais que a poupança
    Fibra 1440 dias 12/04/2021 118 % CDI R$ 5.000 72% mais
    BMG 1440 dias 12/04/2021 118 % CDI R$ 5.000 72% mais
    BMG 1080 dias 17/04/2020 117,5 % CDI R$ 5.000 71% mais
    Fibra 1080 dias 17/04/2020 117 % CDI R$ 5.000 71% mais

    ResponderExcluir
  19. O CDI em abril foi de 0,79%, o CDI é um percentual da Selic, que está em queda. Taxa de administração de 1% do valor aplicado.
    Como tem sardinha no mercado!!!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Globo News@-quem comprou imóveis sofre perdas de até 30%.
      Imóveis em queda livre.

      Excluir
    2. CDI de abril foi menor jumento porque é calculado sobre numero de dias uteis, como houveram muitos feriados, Outra ha corretoras que não tem comprar nenhuma taxa, XP é uma.
      Se informa corvo

      Excluir
    3. 0,79 X 1,18 ( BMG CDB) = 0,9322 para você é pouco?
      se você aplica 500k teria 4661,00 jurossssssssssssss
      e seu imovel desvalorizou quanto ?, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Excluir
  20. Estamos longe do fundo do poço!!! Ainda cai bem mais...

    ResponderExcluir