"Você pode estar chegando ao fundo do poço, mas não tem muita perspectiva de crescimento até 2018". [...] No primeiro caso, ele aponta a existência de um grande número de imóveis, tanto residenciais quanto comerciais, vazios como freios naturais a uma retomada do ímpeto das construtoras
Aos 63 anos, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(Cbic), José Carlos Martins, não tem dúvida ao afirmar que o setor vive "o
momento mais difícil" de que ele tem conhecimento. Principal consumidor de
produtos siderúrgicos do Brasil, de acordo com as estatísticas do Instituto Aço
Brasil, o setor vive dificuldades tanto no segmento predial quanto no da construção
pesada. E este último ainda fortemente abalado pelos efeitos da Operação
Lava-Jato.
"Você pode estar chegando ao fundo do poço, mas não tem muita
perspectiva de crescimento até 2018", analisa o economista Francisco
Pessoa, da LCA Consultores. Parar de cair seria a melhor alternativa imediata
para um setor que em 2016 amargou uma retração de 11,8%, de acordo com dados do
IBGE, resultado só igualado, entre os grandes consumidores de aço, pelo segmento
de bens de capital.
Pessoa avalia que as dificuldades para a recuperação mais acelerada do
setor da construção estão distribuídas igualmente entre os seus dois segmentos,
o de construção civil propriamente dita (edificações e instalações) e o da
construção pesada, representado principalmente pelas obras de infraestrutura e
montagem. No primeiro caso, ele aponta a existência de um grande número de
imóveis, tanto residenciais quanto comerciais, vazios como freios naturais a
uma retomada do ímpeto das construtoras. E no segmento de infraestrutura, o
economista aponta a "crise fiscal absurda" como o grande limitador.
"Tudo que pode fazer melhorar a construção está ruim."
Desemprego na construção
As estatísticas de emprego na construção refletem as dificuldades. De
acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério
do Trabalho e Emprego (Caged) fornecidos pelo Sindicato Nacional da Indústria
da Construção Pesada (Sinicon), de junho de 2014 para junho de 2017 o total de
empregados formais na construção caiu 32,3%, passando de 3,190 milhões para
2,159 milhões. No mesmo período, o total de empregos formais no país caiu 5,5%.
Os dados, elaborados pela LCA, mostram que a queda na construção pesada, setor
mais atingido pelos efeitos da Lava-Jato, foi maior. O total de empregos se
reduziu em 37% no segmento, contra 29,9% da construção de prédios e
instalações.
Nas estatísticas da produção de aço o principal reflexo do mau desempenho
da construção civil aparece na produção de aços longos - vergalhões, barras,
fio máquina e outros. De acordo com o Instituto Aço Brasil, até junho, enquanto
a produção de aços planos, usados principalmente em setores como o
automobilístico, o de eletrodomésticos, máquinas e equipamentos e outros,
cresceu 17%, a de longos caiu 5,3%. Em junho a produção de planos aumentou
13,5% e a de longos caiu 11,3%.
Nos 12 meses até junho a produção de aços longos representou 38,8% do
total de laminados produzido pelas usinas siderúrgicas brasileiras, contra
61,2% dos planos. Nos 12 meses encerrados em junho de 2016 eles representavam
42,4% do total produzido.
O economista Luiz Fernando Mendes, da Cbic, explica que é muito difícil
definir o quanto de aço é consumido pela construção porque ele cresce ou
diminui segundo as características da obra, sendo maior naquelas que utilizam
mais estruturas metálicas na edificação, como os shoppings centers e os galpões
industriais. De janeiro a junho as vendas internas de aços longos alcançaram
3,18 milhões de toneladas, representando 40,2% do total de laminados vendidos
internamente.
Apesar dos indicadores ruins, o presidente da Cbic tem uma avaliação
otimista quanto ao futuro, baseando sua análise nos fatos positivos como a
queda da taxa de juros básica (Selic).
(Valor Online - Empresas - 23/08/2017)
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Liga não senhores pois ainda tem muiiiiiita gordura para queimar.
ResponderExcluirAliás, vcs ganharam muito dinheiro na abastança petralha, agora é queimar reservas pq o inverno será rigoroso.
A solução é simples. Metro quadrado a 500.00 de norte a sul e teremos a retomada, lenta, desse setor.
Olha a Brazuela aqui geeeeeennnnteeee...FIM do BANANISTÃO CHEGOUUUUUUUUUU....
ResponderExcluirO negócio e alugar/arrendar o brasil para os "chineses"... já era joça de terra....do nunca.
ResponderExcluirBrasil se tornou terra das oportunidades.
ResponderExcluirSe tiver a oportunidade de vender tudo, pra cair fora daqui...kkkk..